Depois do sucesso da série "Delírio" de Lauren Oliver, Editora Verus publicará "Desaparecidas" da mesma autora, e está previsto para setembro dessa ano! Confira a capa e sinopse: 


Sinopse: As irmãs Dara e Nick eram inseparáveis, mas isso foi antes — antes de Dara beijar Parker, antes de Nick perdê-lo como melhor amigo, antes do acidente que deixou cicatrizes no belo rosto de Dara. Agora as duas, que eram tão próximas, não estão mais se falando. Em um instante Nick perdeu tudo, e está determinada a usar o verão para conseguir sua vida de volta. Só que Dara tem outros planos. Quando ela desaparece, no dia de seu aniversário, Nick acha que a irmã está se divertindo por aí. Mas outra garota também sumiu — Madeline Snow, de nove anos — e, conforme Nick procura pela irmã, fica cada vez mais convencida de que os dois desaparecimentos podem estar conectados.


Livro: Segredos de Uma Noite de Verão 
Título Original: Secrets of a Summer Night 
Autor (a): Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
ISBN: 9788580414271
Sinopse: Apesar de sua beleza e de seus modos encantadores, Annabelle Peyton nunca foi tirada para dançar nos eventos da sociedade londrina. Como qualquer moça de sua idade, ela mantém as esperanças de encontrar alguém, mas, sem um dote para oferecer e vendo a família em situação difícil, amor é um luxo ao qual não pode se dar. Certa noite, em um dos bailes da temporada, conhece outras três moças também cansadas de ver o tempo passar sem ninguém para dividir sua vida. Juntas, as quatro dão início a um plano: usar todo o seu charme e sua astúcia feminina para encontrar um marido para cada, começando por Annabelle. No entanto, o admirador mais intrigante e persistente de Annabelle, o rico e poderoso Simon Hunt, não parece ter interesse em levá-la ao altar – apenas a prazeres irresistíveis em seu quarto. A jovem está decidida a rejeitar essa proposta, só que é cada vez mais difícil resistir à sedução do rapaz. As amigas se esforçam para encontrar um pretendente mais apropriado para ela. Mas a tarefa se complica depois que, numa noite de verão, Annabelle se entrega aos beijos tentadores de Simon... e descobre que o amor é um jogo perigoso. No primeiro livro da série As Quatro Estações do Amor, Annabelle sai em busca de um marido, mas encontra amizades verdadeiras e desejos intensos que ela jamais poderia imaginar.


SÉRIE "AS QUATRO ESTAÇÕES DO AMOR"
    1.  Segredos de Uma Noite de Verão
    2.  Era Uma vez no outono (sem previsão de lançamento)
    3.  Pecados no Inverno (sem previsão de lançamento)
    4.  Escândalos na Primavera (sem previsão de lançamento)

   Annabelle Peyton é uma jovem encantadora, linda e proveniente de uma boa família — ainda sim, nada disso parece ser suficiente para fazer um dos solteiros da alta sociedade inglesa a quererem como esposa. Mesmo sendo uma bela mulher com modos encantadores, as dificuldades financeiras dos Peyton são cada vez mais gritantes após o falecimento de seu pai, e, sem o dinheiro para um dote razoável, parece ainda mais difícil casar-se com um bom partido: sua única esperança para aliviar a situação da família. 
    Mas, tendo passado de seus vinte anos, Annabelle já é considerada uma solteirona pelos nobres frequentadores da temporada — a época do ano do auge das festas, nas quais as moças solteiras da alta sociedade procuram por um marido —, e toma chá de cadeira em qualquer um desses eventos. É em uma dessas festas em que, sentada a espera de um possível pretende, ela começa a conversar com Lillian, Daisy e Evie; moças que tem muito pouco em comum, exceto pelo fato de que elas, como Annabelle, não conseguem encontrar um marido. 
   É desse modo que as quatro fazem um acordo inusitado: elas juntarão toda sua astúcia, para, como um time, conseguirem casar cada uma delas, começando por Annabelle, a mais velha. O plano das jovens entra em ação, com a dedicação completa de todas... mas nenhuma delas esperava encontrar um poderoso obstáculo: Simon Hunt, o diabo em pessoa. 
    Imponente e poderoso, ele não é bem aceito pela alta sociedade por ter trabalhado por seu dinheiro, e não o herdado como a aristocracia, mas sua imensurável fortuna o faz importante demais para ser ignorado. Hunt sempre teve uma inevitável atração por Annabelle, e nunca foi discreto sobre isso — mas seu desejo, sendo ele um sedutor nato, consiste em fazer dela sua amante, e não sua esposa. Annabelle não tem interesse no que ele tem para oferecer, mas é quando se entrega — ainda que brevemente —, à atração que crepita entre os dois, que a moça descobre que o amor e a sedução podem ser perigosos... e que estão muito além de seu controle.
 
   É um fato certo que os romances estão entre minhas leituras favoritas: mas os romances históricos, devo confessar, possuem um lugar especial no meu coração de leitora inveterada. Comecei a leitura do gênero de modo despretensioso, e, ainda que sabia o que procurar, não pude deixar de ficar encantada por esse gênero apaixonante. Há alguns meses, comecei a acompanhar a série Os Bridgertons, também da editora Arqueiro, e tal série só me tornou mais fã do gênero — assim, quando fiz a solicitação dessa nova série, não esperava tanto dos livros... e, é claro, apenas acabei, mais uma vez, surpreendida.
    Nunca havia lido nada de Lisa Kleypas, assim, fiquei deveras impressionada com o talento natural da autora para estruturar e desenvolver uma história. Utilizando-se de uma linguagem culta e em acordo com a época vivida, mas ainda perfeitamente acessível ao leitor moderno, uma ótima descrição dos detalhes e cenários, e com uma quantidade válida e verdadeira de detalhes históricos, creio que foi a escrita perfeita para tal obra.
    A narração se passa em terceira pessoa, com foco ora em Annabelle, ora em Simon, sendo que os dois lados do par romântico são muito bem esclarecidos. Sempre adoro as narrações que utilizam terceira pessoa, mas não tenho como negar que a habilidade e o ritmo de Kleypas foram fatores essenciais da obra — ela se utiliza de uma escrita tão fluída, mestre em prender o leitor, que li o livro em questão de horas, e, quando me dei conta, o havia finalizado. Sempre deve-se admirar o autor que consegue, com eficácia plena, transportar o seu leitor ao mundo criado, e isso é algo que no qual Kleypas foi muito bem sucedida.


   Em adição a isso, outro ponto que me chamou atenção em Segredos de Uma Noite de Verão foi o pleno desenvolvimento aqui encontrado: tanto dos fatos, quanto dos relacionamentos dos personagens. O que acontece é que, em livros que seguem o gênero "romance de época", é deveras comum que todo o plot — com os sentimentos de cada personagem, o romance e o ápice do livro incluídos — tende a se desenvolver muito rápido. Apesar de proporcionarem uma leitura prazerosa e estimulante, o gênero é famoso por dois pontos: seguir os clichês românticos e, ao fazer o primeiro, fazê-lo de uma maneira rápida, ao estilo do amor à primeira vista. 
    Ainda que o livro de Kleypas não fuja do primeiro ponto, ele consegue inovar com o restante. Sim, é possível saber, ainda que de uma maneira muito "por cima", qual será o rumo final da história; contudo, o enredo não toma o caminho do amor inexplicável, à primeira vista, da conexão instantânea desde a primeira interação entre o par romântico. E isso me deixa tão feliz que mal posso por em palavras. Mesmo usando os tão conhecidos clichês, foi notável aqui o desenvolvimento e a construção dos fatos; nada aconteceu de uma hora para outra, mas sim tomou um rumo extremamente real e coerente.
   No que concerne aos personagens, também se trata de um ponto para o qual só tenho elogios a serem tecidos. A começar por Annabelle, com quem simpatizei muito: ela é uma moça decidida, altruísta, forte e muito corajosa, e, ainda que no início preocupada demais com a opinião alheia e as convenções sociais, achei impossível não gostar dela. Acho que, justamente, é esse crescimento que Lisa Kleypas decidiu apontar, conseguindo realizar o feito com sucesso — Annabelle muda e amadurece muito com o decorrer da história, sendo nos reveladas facetas surpreendentes dela.



   E o mesmo acontece com Simon, de maneira, ouso dizer, ainda melhor. Eu explico: Simon é, do início até o fim, exatamente a pessoa que ele diz ser. Ele é um homem difícil, teimoso e meio rude, que fala o que pensa e não se preocupa se seu interlocutor deseja ou não ouvir a verdade — e, mesmo depois de se apaixonar por Annabelle, continua fiel a si. É claro, isso também é notado, de certa maneira, na moça, mas acredito que, pela mentalidade machista da sociedade da época, ela, infelizmente, acaba cedendo muito mais do que ele. Com as devidas limitações consideradas, assim, creio que ambos tiveram espaço para crescer, algo que foi incrível de acompanhar.


Olá, leitores! A Editora Arqueiro, parceira do blog, acaba de divulgar a capa oficial da edição nacional de A Irmandade Perdida, de Anne Fortier, a tão aclamada autora de Julieta. A previsão de lançamento é para o dia 03 de setembro desse ano! Confira a capa e sinopse abaixo!

A Irmandade Perdida
No mundo acadêmico, a fixação de Diana pelas amazonas é motivo de piada, porém ela acaba recebendo uma oferta irrecusável de uma misteriosa instituição. Financiada pela Fundação Skolsky, a pesquisadora viaja para o norte da África, onde conhece Nick Barrán, um homem enigmático que a guia até um templo recém-encontrado, encoberto há 3 mil anos pela areia do deserto. Com a ajuda de um caderno deixado pela avó, Diana começa a decifrar as estranhas inscrições registradas no templo e logo encontra o nome de Mirina, a primeira rainha amazona. Na Idade do Bronze, ela atravessou o Mediterrâneo em uma tentativa heroica de libertar suas irmãs, sequestradas por piratas gregos.  Seguindo os rastros dessas guerreiras, Diana e Nick se lançam em uma jornada em busca da verdade por trás do mito – algo capaz de mudar suas vidas, mas também de despertar a ganância de colecionadores de arte dispostos a tudo para pôr as mãos no lendário Tesouro das Amazonas. Entrelaçando passado e presente e percorrendo Inglaterra, Argélia, Grécia e as ruínas de Troia, A irmandade perdida é uma aventura apaixonante sobre duas mulheres separadas por milênios, mas com uma luta em comum: manter vivas as amazonas e preservar seu legado para a humanidade.




Livro: Half Wild
Título Original: Half Wild
Autor (a): Sally Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 332
ISBN: 9788580577464

Sinopse: Na Inglaterra, onde duas facções rivais de bruxos dividem espaço com os humanos, Nathan é considerado uma abominação. Além de ser um mestiço — filho de uma bruxa da Luz com um bruxo das Sombras —, seu pai, Marcus, é o bruxo mais cruel e poderoso que já existiu. Nesse mundo dividido entre mocinhos e vilões, não ter um lado é pecado. E Nathan não pode confiar em ninguém. Em Half Wild, após descobrir seu dom mágico, mesmo sem ainda conseguir controlá-lo, Nathan se une aos rebeldes da Luz e das Sombras de toda a Europa para derrubar Soul, líder tirânico do Conselho, e os caçadores, cujo domínio se espalhou para além da Inglaterra. O Conselho de bruxos da Luz continua em sua cola e não vai parar até ele ser capturado e obrigado a matar o próprio pai, cumprindo a profecia. Nathan vai precisar encontrar um modo de conviver com seu lado selvagem, descobrir quem são seus verdadeiros aliados e — principalmente — quem é seu verdadeiro amor.

TRILOGIA "HALF LIFE"
    1.  Half Bad
    2.  Half Wild 
    3.  Sem título divulgado (Sem previsão de lançamento)


Half Wild é a continuação do sucesso "Half Bad", escrito por Sally Green. Publicado no Brasil no segundo semestre de 2015 pela editora Intrínseca, a série Half Life já teve seus direitos cinematográficos vendidos para a Fox 2000, confira a resenha abaixo: 

     Nathan é fruto da relação entre o mais perigoso bruxos das Sombras —  Marcus —  com uma Bruxa da Luz, fazendo dele um meio-código desprezado, uma possível ameaça para a sociedade de bruxos da luz, e uma possível arma que Marcus poderia, um dia, se utilizar. Por esse motivo, Nathan foi torturado e discriminado a vida inteira, até que conseguiu fugir da sua prisão e completar, com a ajuda de seu pai, a cerimônia dos três presentes, para receber seu poder em sua totalidade e se tornar um bruxo completo. 
     Agora, Nathan tem que lidar com seu diferente e pouco conhecido poder e decidir o que fazer com sua amada Annalise, que está  fora de suas vistas, em perigo. Para piorar, desde a ultima vez que foi caçado à pedido do Conselho, nunca mais viu seu fiel amigo Gabriel. O que ocorrera de fato naquela noite? Onde estava seu pai nesse momento tão difícil?
     Nesse momento de reflexão, Nathan descobre algumas mudanças no quadro dos caçadores: esta prática que era, antes, típica somente do Reino Unido, agora estava tomando a Europa, reforçando o preconceito racial e o domínio total dos Bruxos da Luz. 
     É nesse contexto que nosso protagonista, com o objetivo de derrubar o líder do Conselho que o persegue, acaba se unindo aos rebeldes da Luz e das Sombras de toda a Europa. Será que Nathan conseguirá fugir e acabar com essa intensa perseguição?


     Gosto muito do modo diferente como Sally cria sua narração. Assim como em Half Bad, encontrei nessa sequencia, uma liberdade de escrita muito grande. É como se a autora não seguisse os modelos tradicionais de escrita — que seguem sempre os mesmo passos e apresentam sempre um mesmo resultado — ; parece que Sally fica à vontade em escrever o que lhe vem na mente. As frases são mais quebradas, impactantes, dando um clima de suspense e enfatizam as ideias principais.
     Outra característica que essa narração, em primeira pessoa, auxilia é na construção do seu protagonista, pois, muito de seus pensamentos e sentimentos são expostos com mais intensidade e facilidade. Mas encontrei dois ponto mais frágeis nesse volume: as onomatopeias e repetição de ideias. As onomatopeias são um artificio de escrita muito interessante, mas não agrada muita gente. Talvez, porque desde que somos crianças fomos ensinados a interligar essa figura de linguagem à enredos infantis; e foi essa impressão que tive quando Sally usou a onomatopeia em sua trama. Era para encarnar mais o leitor no cenário, contudo, teve um resultado diferente do pretendido.
     A repetição da ideias foi algo mais justificável, já que nosso protagonista se encontrava desesperado nesse primeiro momento do livro. Mas Nathan repetir toda hora o que ele precisava fazer — principalmente, salvar Annalise — foi angustiante e exagerado. Acredito que a escritora poderia ter suavizado mais sua narração.
     Porém, ainda amo o modo que Nathan encontrou para se acalmar, descobrir onde está sem abrir os olhos — só ouvindo o som do que está à sua volta, e usando a lógica — e como analisa os acontecimentos. É algo bem peculiar ao personagem, que deixa a trama mais envolvente e concreta, afinal, temos muita fantasia nessa trama.
     Outro ponto positivo em Half Wild é o personagem Gabriel, mas que acabou me incomodando pelo fato de Sally construir uma "expectativa de triângulo amoroso" entre Nathan, Gabriel e Annalise, onde o protagonista é completamente apaixonado pela menina e onde ele nunca demonstrou ter características desse "gênero". Realmente não compreendi onde ela quis chegar soltando essa "possibilidade" de romance gay no ar. Já Annalise é uma personagem esquisita; que não nutro nenhuma simpatia ou antipatia. Não encontrei nenhuma qualidade que Nathan afirmava ela ter; não vi nada demais nessa "mocinha". Contudo, acredito que depois do protagonista, o personagem mais especial e peculiar dessa trama ainda seja Marcus, seu pai. Ele ainda me inspira muitas duvidas em relação a sua personalidade, e simplesmente não consegui compreendê-lo em sua totalidade.

   
      Sally se perdeu no temporalidade em Half Wild. No volume anterior, estava bem claro quando o protagonista voltava à suas memórias, e, nesse enredo, houve momentos de confusões. Ela esqueceu de usar elementos marcantes para que fosse possível essa diferenciação imediata. Acredito, também, que muitas de suas remanescias foram desnecessárias e muito cansativas.
     É claro que Nathan e o próprio enredo cheio de ação e reviravoltas conseguiu cobrir muitas falhas da autora, tornando Half Wild uma leitura agradável. Principalmente porque traz um significado por cima de tudo: fala sobre descriminalização, preconceito, perseguição racial e tirania
     A capa é aveludada, com letras alto-relevo e prata. A capa frontal é negra, enquanto a traseira é semelhante, porém, branca. A Editora Intrínseca acertou muito — e caprichou muito — na diagramação e na revisão de Half Wild! Além disso, a fonte da letra e a cor amarelada da página contribuirão muito para uma leitura satisfatória e sem interrupções.



Livro: A Lista
Título original: One hundred names
Autor (a): Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Páginas: 384
ISBN: 9788581636832

Sinopse: A Lista - Kitty Logan tem 32 anos e aos poucos está perdendo tudo o que conquistou: sua carreira está arruinada; seu namorado a deixou sem um motivo aparente; seu melhor amigo está decepcionado com ela; e o principal: sua confidente e mentora está gravemente doente. Antes de morrer, Constance deixa um mistério nas mãos de Kitty que pode ser a chave para sua mudança de vida: uma relação de nomes de pessoas desconhecidas. É com base neles que Kitty deverá escrever a melhor matéria de sua carreira. Quando começa a ouvir o que aquelas pessoas têm a dizer, Kitty aos poucos descobre as conexões entre suas histórias de vida e compreende por que foi escolhida para dar voz a elas.


   Conhecida no Brasil principalmente por seu livro "PS: Eu te amo", Cecelia é uma jovem autora Irlandesa, cujo magnum opus foi publicado quando a autora tinha apenas 21 anos, e a obra permaneceu entre a lista dos mais vendidos na Irlanda por muitas semanas. Ela é formada em jornalismo, porém, para a nossa felicidade, decidiu dedicar-se à literatura, escrevendo obras como "A vez da minha vida", "O livro do amanhã" e "Simplesmente acontece".

   Kitty é uma jornalista televisiva, que, em um impulso, pensando em sua carreira, acusou um pai de familia de estupro, ao vivo, em um programa nacional. Foi um equívoco de Kitty, e causou consequências terríveis, tanto para a família do acusado, quanto para ela mesma. Demitida e ostracizada, ela viu sua vida decaindo cada vez mais. Além disso, Constance, uma grande amiga, está perdendo a batalha numa luta contra o cancêr. É Constance, que nos últimos dias de vida, dá uma idéia e uma esperança para Kitty, algo que pode mudar sua vida para sempre.
   Constance — que além de grande amiga, é dona da revista na qual Kitty começou a trabalhar após ser demitida da emissora de televisão —, deixa para a amiga uma lista com cem nomes, porém acaba falecendo antes de poder explicar a lista para Kitty. Após a perda, a revista decide fazer uma homenagem para Constance, e Kitty tem apenas duas semanas para desvendar a lista, entender o que essas cem pessoas tem em comum e porque aquilo era tão importante para Constance.
   Conheci Cecelia primeiramente assistindo um filme que foi baseado em sua obra mais expressiva, "PS: Eu te amo", me interessei muito pela história e decidi ler o livro. Na época foi uma leitura que me agradou, mas não consegui contemplar tanto sua obra. Quando tive a oportunidade de ler "A Lista", fiquei muito feliz pela possibilidade de ter contato novamente com um trabalho da Cecelia. Esperava uma obra com certa carga emocional, porém, algo leve. E foi um pouco diferente do que imaginei.
   Li apenas um livro da Cecelia, e, apesar de ter sido há muitos anos ainda me lembro de ter sentido uma narração bastante focada no desenvolvimento dos personagens, e senti o mesmo neste livro. Os personagens são o ponto mais trabalhado do livro - suas histórias são apresentadas aos poucos, e isso nos faz sentir uma grande proximidade. Eu, particularmente, gosto muito desse estilo narrativo, mas não é algo que agradará a todos, pois isso torna a leitura menos ágil, e um pouco mais pesada.


   Sou fã de um bom drama, e esse foi um drama que me trouxe uma angústia muito grande. Kitty, por causa do trabalho, se deixou levar e acabou cometendo uma grande injustiça, uma pessoa inocente foi prejudicada. Nesse período tão difícil, Kitty é presenteada com uma lista - uma missão cujo propósito ela mesma desconhece. Isso me prendeu de tal forma ao livro, que até sonhava com a lista, e tentava entender o significado dela para Constance e o que isso acarretaria na vida de Kitty.
   O narrador onisciente nos permitiu uma proximidade grande com Kitty, a protagonista. Ela é uma personagem bastante esférica ao longo do livro, passando por profundas mudanças ao longo da lista e das consequências que encontrar as pessoas da lista tem em sua vida. Ela passa por momentos muito difíceis e seu sofrimento é palpável, de uma forma muito dolorosa.


Livro: Playlist de Hayden
Título Original: Playlist for the Dead
Autor (a): Michelle Falkoff
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
ISBN: 9788581637044

Sinopse: Depois da morte de seu amigo, Sam parece um fantasma vagando pelos corredores da escola, o que não é muito diferente de antes. Ele sabe que tem que aceitar o que Hayden fez, mas se culpa pelo que aconteceu e não consegue mudar o que sente. Enquanto ouve música por música da lista deixada por Hayden, Sam tenta descobrir o que exatamente aconteceu naquela noite. E, quanto mais ele ouve e reflete sobre o passado, mais segredos descobre sobre seu amigo e sobre a vida que ele levava. A PLAYLIST DE HAYDEN é uma história inquietante sobre perda, raiva, superação e bullying. Acima de tudo, sobre encontrar esperança quando essa parte parece ser a mais difícil.

Playlist de Hayden é livro de estreia de Michelle Falkoff, que é, atualmente, Diretora de Comunicação e Lógica Jurídica da Northwestern University School of Law. Publicado pela Editora Novo Conceito em 2015, Playlist de Hayden pareceu surpreender os leitores brasileiros. 

     Hayden era o melhor amigo de Sam. Com ele, Sam compartilhava músicas, jogos e sentimentos. Contudo, Sam jamais imaginaria que, um dia, o encontraria morto, com sinais de suicídio. As únicas pistas que Sam tinha era que houvera uma briga naquela noite e que Hayden esperava que seu melhor amigo o encontrasse, já que um pendrive com músicas fora deixado propositalmente para Sam, acompanhado do bilhete "Para Sam. Ouça, você vai entender". 
     Neste contexto, nosso protagonista inicia sua investigação, escutando todas as músicas que seu melhor amigo escolheu minunciosamente, com a finalidade de compreender a razão que o levou àquele ato. É nesse jogo que Sam descobre muito sobre a vida de Hayden, segredos nunca contados, e conhece Astrid. Quais respostas Sam encontraria? Ele estaria preparadas para elas? Sam precisará percorrer um caminho perturbador e terá que decidir, finalmente, se ficaria ou não com a culpa da morte do seu melhor amigo. 


     Playlist de Hayden foi um livro inteiramente surpreendente para mim. Primeiramente, por ter uma capa muito semelhante as dos romances mais novos que encontramos facilmente no mercado  — como Zack e Mia, Eleanor e Park, Amy e Matthew — e ter me induzido a criar uma expectativa diferente para o livro; imaginei que seria algo leve e mais voltado para o público YA. Depois, por eu ter percebido que esta obra não era superficial e pouco marcante. Pelo contrário, esse livro trabalhou com temas extremamente fortes e profundos, que me deixaram com raiva, com compaixão, muito pesar e tristeza. 
     Trata-se de um livro inteiramente misterioso, onde o leitor se vê envolvido e instigado a continuar com trama, com a finalidade de compreender o porquê de Hayden ter se suicidado. E, é nesse contexto que Michelle Falkoff trouxe o cotidiano contemporâneo para o livro, e os problemas que o acompanha. A autora retratou de uma forma bem forte o bullying, a opressão e a culpa. 
     Foi um surpresa e tanto lidar com personagens bem peculiares e tão leais à realidade, com qualidades e defeitos. Sam traz mais características de um jovem perfeito demais, a ponto de ser o inverso, enquanto Hayden era um garoto tímido e misterioso. Gostei muito de ter caminhado por todo esse mistério através da visão de Sam, pela narração em primeira pessoa, e, mesmo assim, ainda me senti mais próxima de Hayden conforme o enredo progredia, mesmo ele estando morto. 
     Acredito que isso é o que mais odeio nesse tipo de história: nos apegarmos a personagens que estão mortos e que não vão voltar, mesmo depois da solução do mistério. Depois do clímax e o do desfecho sempre nos perguntamos "e agora?". E agora é isso, o personagem continua morto e não há como voltar atrás. Senti muito isso em "Eu Estive Aqui" e "Reconstruindo Amelia".


A Editora Intrínseca publicará em Outubro desse ano (simultaneamente aos EUA) um livro da série "Magnus Chase e os Deuses de Asgard" que seguirá um enredo baseado na mitologia nórdica. O primeiro livro dessa nova série foi intitulado de "A Espada do Verão" e já despertou o interesse de muitos fãs do autor Rick Riordan. Confira a capa e a sinopse:


Sinopse: Magnus Chase sempre foi uma criança problema. Desde a morte misteriosa de sua mãe, ele vive sozinho nas ruas de Boston, sobrevivendo com sua inteligência, sempre um passo a frente da policia. Um dia, ele encontra um tio que nunca teve a chance de conhecer — um homem que sua mãe dizia ser perigoso. Seu tio diz a ele um segredo impossível: Magnus é filho de um deus Nórdico. As lendas vikings são reais. Os deuses de Asgard estão se preparando para uma guerra. Trolls, gigantes e monstros ainda piores estão se agitando para o dia do juízo final. Para impedir o Ragnarok, Magnus deve buscar os Nove Mundos de uma arma que está perdida há milhares de anos. Quando um ataque de gigantes de fogo força-o a escolher entre sua segurança e a de centenas de inocentes, Magnus faz uma decisão fatal. Algumas vezes, o único jeito de começar uma nova vida é morrer…

O que acharam da capa e da sinopse? Quem aí é fã do Rick Riordan e está ansioso para esse lançamento? Conte-nos suas expectativas! 


Livro: Inverso
Título Original: Inverso
Autor (a): Karen Alvares
Editora: Draco
Páginas: 136
ISBN: 978-85-8243-145-0
Sinopse: Lá no fundo, Megan não quer ser quem é e nem viver essa vida triste, exatamente o inverso daquela que sempre sonhou para si. Tudo começa com a morte de sua mãe. A sensação terrível de que algo nunca mais vai ser como antes. E não será mesmo. O seu único alento é o carinho da irmã, que a vê como o que gostaria de ser quando crescer. Mas há um novo mundo do outro lado dos espelhos. Um mundo igual ao seu, só que ao contrário. Um mundo perfeito onde as pessoas que morreram estão vivas e Megan é exatamente a garota que deveria ser. Entrando nessa realidade pelo avesso, Megan começa uma perigosa busca por si mesma onde o reflexo de tudo que há de ruim tentará detê-la. Enquanto segue em frente ela deverá garantir a segurança das pessoas que mais ama. Inverso é um romance cheio de suspense de Karen Alvares, autora de Alameda dos Pesadelos. Em um labirinto de escolhas sem poder sequer distinguir a própria imagem, Megan deverá lidar com a perda enquanto descobre quem é a garota que a encara no espelho.

SÉRIE "INVERSO"
    1.  Inverso
    2.  Reverso

   Inverso é um livro nacional, escrito por Karen Alvares, uma autora que conta histórias no papel a tanto tempo que nem se lembra quando começou. Autora do romance Alameda dos Pesadelos (2014) e organizadora de Piratas (2015), foi também publicada em revistas e antologias de contos. Karen já foi premiada em concursos literários nacionais e vem sendo cada dia mais aclamada. Atualmente a escritora mora em Santos/SP com o marido e cria histórias enquanto pedala sua bicicleta pela cidade.

   Megan, adolescente de 14 anos, está prestes a se mudar, com seu pai e sua irmã, para um novo lugar. O pai, Renato, leva Megan e sua irmã, Mina, para conhecerem o novo apartamento, para onde eles irão se mudar muito em breve. Megan, lá no fundo, não quer realmente se mudar, mas sabe que isso é uma forma da família seguir em frente e abandonar os fantasmas do passado, que tanto os atormentam.
   Dentre esse vários "fantasmas" há o principal, o que lhe tira o sono e lhe traz a tristeza: a morte de sua mãe. Megan e Mina perderam sua mãe, há algum tempo, para o câncer e agora pensam numa maneira de seguir sem ela, mesmo com a sensação de que tudo nunca será como antes. Renato se esforça para ser um bom pai e Mina tenta ser carinhosa com a irmã, no intuito de vê-la mais feliz, mas isso não muda a personalidade de Megan, a menina é uma adolescente típica, de fortes atitudes, cabelos coloridos e roupas largas, exatamente o inverso daquilo que ela sempre sonhou para si.
   Megan tem como único amigo Daniel, um garoto de sua sala, que mantém com ela uma amizade forte e sincera, além de ser uma pessoa que ela sempre pode contar. Sabendo que Megan vai se mudar, Daniel se oferece para ajudá-la a encaixotar as coisas de sua casa, mas a garota acaba por não aceitar a ajuda, pois acredita que isso deve ser um trabalho em família, algo seu, de seu pai e Mina. Renato pede a Megan que comecem pelo quarto de sua mãe, no horário em que Mina estiver na escola, para que não sofra ao ver as coisas de sua mãe sendo encaixotadas. 
   Mas algo inusitado, inesperado e estranho acontece quando ela vê seu reflexo no grande espelho do quarto de seus pais, aliado a esta estranheza está o fato dela achar o diário de sua mãe, no quarto, onde havia as seguintes palavras: NÃO LEIA ESSAS PÁGINAS. Agora Megan se vê entrando nessa realidade pelo avesso, onde há um novo mundo do outro lado dos espelhos, algo igual ao seu, só que ao contrário, onde a adolescente começará uma perigosa busca por si mesma, onde o reflexo de tudo que há de ruim tentará detê-la. Basta saber se Megan conseguirá se encontrar, salvar aqueles que ama e derrotar quem a encara do outro lado do espelho. 

   Conheci Inverso quando a Editora Draco divulgou seus YA (Young Adult) e criei grandes expectativas desde o começo, por ser um gênero que eu gosto muito e por ter uma ideia bastante inovadora, com acréscimo de elementos que nós não esperamos para o gênero, mas que tornam a trama mais apaixonante, empolgante e perturbadora — no bom sentido. Nunca havia lido algo da Karen, porém, o gênero não é novidade para mim e confesso que as expectativas que criei para o livro mantiveram-se satisfatórias.
   A trama é narrado em terceira pessoa, fato que, na minha opinião, não acrescentou um ponto positivo no livro, mas que, de certa forma, foi bastante real por conseguir manter um bom dinamismo, tornando a leitura irresistível e aumentando a vontade de avançar na trama. Karen Alvares tem uma escrita realmente boa, daquelas que, além de conseguir transmitir claramente o que pensa, passa e sente a protagonista, faz com que nos apeguemos a história, usando de fatos incompletos e instigantes que tornam a leitura rápida e satisfatória.  


   O livro é bastante interessante, principalmente por fugir dos "típicos YA", apresentando novidades e aliando fatos ao sobrenatural, a fantasia e ao suspense. Outro ponto bem satisfatório, e que acrescenta muito ao livro, é o fato de possuir uma linguagem simples e gostosa, ainda que eu tenha sentido falta de um pouco mais de minuciosidade, visto que os fatos acontecem rápidos demais, mas nada que chegue a incomodar. É como eu disse: Inverso é um livro leve, diferente, mas não ruim. O modo como a autora aborda a adolescência é realmente incrível e podemos tomar isso como uma lição de vida. Apesar de muitos dizerem que Inverso é despretensioso, eu afirmo que ele só parece, pois na verdade é claro o que a autora queria passar com o livro, é muito mais que entretenimento, é algo melhor: conhecimento. Como ela fez isso? Com uma trama bem idealizada e com personagens muito bem construídos. 
   Apesar da narração em terceira pessoa, a trama é inteiramente focada em Megan e em suas desventuras. A adolescente brasileira é bem típica, e, por muitas vezes, nós, adolescentes, acabamos, em alguns pontos, por nos identificarmos com ela, principalmente no que diz respeito a sua forte personalidade. Renato, seu pai, é como todo pai que realmente se importa com seus filhos, principalmente com a ausência de uma mãe. É atencioso, preocupado, faz de tudo para agradar suas filhas e  — acredito — guarda segredos, no intuito de proteger suas meninas. 
   Mina, irmã de Megan, é uma garotinha doce e que se preocupa constantemente com sua irmã e com seu pai. Não é muito presente na trama, mas faz parte de pontos importantes do livro. Daniel, melhor amigo de Megan, é outro personagem muito bem construído e que tem uma parte fundamental na trama. Com seu jeito de "excluído", "atrapalhado", acabou por conquistar um pouco mais que a amizade de Megan, e acredito que possamos esperar um "romancezinho" para o segundo livro. 
   No que diz respeito aos personagens, acredito que Karen soube fazer uma construção não tão minuciosa, mas satisfatória o suficiente para a compreensão do leitor, então, nesse quesito, ela está de parabéns. Seus personagens são todos realmente muito legais, com um desenvolvimento rápido, fluido e um envolvimento num cenário único e com aspecto bem realista. Acredito ser impossível criarmos alguma aversão pelos personagens descritos em Inverso


   Inverso, apesar de todas as qualidades, é um livro que apresentou alguns poucos pontos negativos, que chegaram muitas vezes a empatar com os positivos; mas isso é algo muito comum e é presente em todo e qualquer livro. A trama acontece de forma muito rápida, um ponto negativo, pois você percebe que a autora tem competência pra fazer melhor e o que está em 136 páginas poderia estar em 200 ou 300, com mais detalhes, com uma visão mais ampla e diversificada. Apesar da história ser rápida, contudo, ela consegue abranger bastante e é bem focada, então acredito - e espero - que os fatos que não foram abordados, serão trabalhados no próximo livro da duologia.
   Outro ponto que merece discussão é a narração. Como escritor e leitor, acredito que a narração em terceira pessoa deve ser usada quando se quer ter uma visão ampla, geralmente com mais detalhes, com mais personagens. Mas como em Inverso tudo é, inteiramente, focado em Megan, se a narrativa fosse em primeira pessoa iria agradar muito mais do que já agrada; não que em terceira pessoa tenha sido ruim, mas, se fosse em primeira pessoa, teria sido ainda melhor, pois iriamos nos sentir mais próximos dos personagens.
   A edição da Editora Draco ficou muito linda, a capa é bem coerente com os fatos descritos no livro e tem uma lombada perfeitamente retangular. A revisão está de parabéns também, já que não encontrei nenhum erro. A diagramação ficou perfeita, com um design interno bem bacana, principalmente no início dos capítulos. A folha foi algo inovador e novo pra mim, pois ainda não conhecia o papel pólen bold, que acredito ser uma versão mais dura e grossa do pólen soft, geralmente o bold é usado para dar volume aos livros. Ficou show o papel!
  Inverso é um YA com suspense, fantasia, assuntos reais, surpreendente e muito bem elaborado. Apesar de não ser daqueles livros "maravilhosos", apresenta uma trama real, brasileira e instigante. É um passatempo bem divertido e emocionante. Em 136 páginas, temos mais que a história de Megan e o relato de suas desventuras, temos uma narração sobre reflexão, sobre, principalmente, a vida, como nós podemos melhorá-la e se estamos dispostos a isso. Eu recomendo!

Primeiro parágrafo do livro: "Megan não queria realmente se mudar, mas também não queria magoar o pai."
Melhor quote: "Ser adolescente é injusto."
   


Livro: Gelo Negro
Título original: Black Ice
Autor (a): Becca Fitzpatrick
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
ISBN: 9788580577228
Sinopse: "Britt Pfeiffer passou meses se preparando para uma trilha na Cordilheira Teton, um lugar cheio de mistérios. Antes mesmo de chegar à cabana nas montanhas, ela e a melhor amiga, Korbie, enfrentam uma nevasca avassaladora e são obrigadas a abandonar o carro e procurar ajuda. As duas acabam sendo acolhidas por dois homens atraentes e imaginam que estão em segurança. Os homens, porém, são criminosos foragidos e as fazem reféns. Para sobreviver, Britt precisará enfrentar o frio e a neve para guiar os sequestradores para fora das montanhas. Durante a arriscada jornada em meio à natureza selvagem, um homem se mostra mais um aliado do que um inimigo, e Britt acaba se deixando envolver. Será que ela pode confiar nele? Sua vida dependerá dessa resposta. "


   Britt Pteiffer acaba de terminar o ensino médio, e, planejou algo diferente da maioria dos estudantes, que costuma ir à praia ou viajar para um lugar luxuoso: ela convenceu sua melhor amiga, Korbie Versteeg, a fazer uma trilha pelas montanhas. A viagem era, originalmente, um tipo de desculpa para passar mais tempo com seu namorado — o irmão mais velho de Korbie, que parece ter sucesso em todos os aspectos da vida e adora as montanhas, por quem Britt sempre teve uma queda. O namoro de vários meses dos dois, contudo, foi por água abaixo quando Calvin inesperadamente terminou tudo com a garota. 
   Agora, Britt está decidida a provar a todos e a si mesma que pode se virar sem ajuda dos outros, já que sempre foi, e ainda é, extremamente dependente dos homens da sua vida — seu pai, seu irmão mais velho, Ian, e depois Calvin. Ela se preparou um ano para as trilhas, e está certa de que consegue: mas a inesperada notícia de que Calvin irá junto com elas fazer as trilhas abala suas convicções, e Britt se vê torcendo para que essa viagem sirva, na realidade, como uma aproximação para ela e Calvin. 
   Os fatos, contudo, não ocorrem como planejado desde o início. Britt e Korbie são pegas de surpresa por uma nevasca na subida da montanha, e ficam presas na estrada, sem nenhum meio de contatar ajuda. Depois de passar horas no frio e com medo de ninguém as encontrar, elas vagam pela neve, e acabam encontrando uma única cabana, uma esperança em meio a inóspita paisagem. Lá, elas conhecem Shaun e Mason, e, exaustas e famintas, aceitam a ajuda deles. Entretanto, nem tudo é o que parece ser... elas não fazem ideia de que acabaram de se entrar em uma grande enrascada, e, lá dentro da cabana quente e aconchegante, podem estar em um perigo muito maior do que se encontravam antes, na sozinhas na neve. 

   Becca Fitzpatrick é uma das minhas escritoras favoritas. As pessoas ficam um tanto surpresas quando digo isso, por ela ser conhecida, majoritariamente, apenas por seu trabalho com Hush, Hush, uma série sobrenatural e voltada ao público jovem, mas o que eu canso de explicar a todos apenas foi comprovado com Gelo Negro: com a escrita, o dom e a inteligência da autora, ela apenas afirmou que pode ser genial, em seja qual for o gênero que resolver escrever. 
   Já estava de olho em Black Ice desde que foi lançado nos Estados Unidos, e esperava que o livro viesse para cá há um tempo. Quando descobri que a Editora Intrínseca o lançaria, não poderia ter ficado mais feliz: logo solicitei a obra, e minhas expectativas eram altas, justamente por adorar a autora. Mais uma vez, assim, Fitzpatrick não me decepcionou, ainda que, como com os livros da série Hush Hush, tenha me enganado e causado sentimentos controversos durante toda a leitura. O sentimento final, contudo, foi o mesmo: o de puro amor pela história. 
    Gelo Negro é narrado por Britt, em primeira pessoa, o que, ao mesmo tempo que é extremamente interessante, pois faz o leitor sentir cada uma de suas emoções confusas e seu medo sobre a situação inesperada que ela e Korbie entraram, nos limita muito a apenas um lado da história. Ainda sim, acredito que essa foi a exata intenção da autora: ela consegue descrever perfeitamente toda a apreensão e angústia sentidas quando Britt percebe que sua vida e a vida de sua amiga — que parece nunca entender os verdadeiros riscos — estão em perigo, e que cabe a ela as tirar dessa situação, já que Korbie não consegue enxergar um palmo além do próprio umbigo. É impossível não mergulhar de cabeça na história, e ficar ansiosa, nervosa e preocupada com os personagens como se tudo fosse real. 
   A linguagem utilizada é inteligente e muito bem pensada, ainda que não seja rebuscada, conseguindo envolver o leitor perfeitamente, acompanhada de metáforas interessantes e, especialmente, uma história muito bem estruturada.  Sempre fico abismada com a perspicácia da autora em organizar os fatos de uma maneira a deixar pequenas pistas, "rastros" da verdade e dos mistérios do livro, que são apenas amarrados e concluídos no final, deixando o leitor perplexo, coisa que, ao menos no meu caso, ocorre todas as vezes que leio os livros dela, algo que admiro muito.


    Também devo fazer um adendo especial a descrição dos cenários e a pesquisa que com certeza foi desenvolvida para a escrita dessa obra. As descrições são muito bem estruturadas, e foi fácil para mim — que nunca experienciei uma tempestade de neve, quem dirá estar acampada em meio a uma delas! — imaginar como os fatos se passavam. Também há, durante as situações pelas quais os personagens passam no decorrer da história, diversas informações interessantes, e truques usados nos quais eu nunca teria sequer considerado. Foi notável a extensa pesquisa e o conhecimento do assunto que Fitzpatrick precisou possuir para escrever Gelo Negro, e não posso deixar de admirar e congratular isso. 
   Em relação aos personagens, são poucos os que participam da história — afinal, eles estão presos em uma montanha! —, mas cada um deles é extensamente bem desenvolvido e possui traços muito reais. A história possui um foco especial no crescimento da personalidade e no amadurecimento de cada um deles, a seu modo, mas especialmente na pessoa de Britt, algo que é apenas notável quando o livro está terminando. Becca Fitzpatrick teve isso, creio eu, como seu principal ponto do livro, e minha relação inicial de ódio, que depois se transformou em extremo amor por ambos os protagonistas, Britt e Mason, seu sequestrador, apenas comprova isso, o que explicarei no próximo parágrafo. 


Não, você não está lendo isso errado! Foi divulgado, há alguns dias, aqui no blog, a capa nacional da Editora Verus para o livro Bela Redenção, que conta a história de mais um irmão Maddox. A capa era realmente linda... mas os fãs da série comentaram com a editora sobre como a capa retratava muito mais o casal Abby e Travis do que o que deveria, Thomas e Liis. Por isso, atendendo aos pedidos dos fãs, a Verus divulgou uma nova capa, que será a definitiva. Confira abaixo! 

Bela Redenção, de Jamie McGuire – @Verus_Editora
Liis Lindy é uma agente do FBI decidida a se casar apenas com o trabalho. Ela adora sua mesa, está em um relacionamento sério com seu laptop e sonha em ser cumprimentada pelo diretor depois de solucionar um caso difícil. O agente especial Thomas Maddox é arrogante e implacável, um dos melhores que o FBI tem a oferecer — e chefe de Liis.  Quando Liis e Thomas são encarregados de uma missão em que precisam fingir ser um casal, a atração entre eles chega ao limite — e os leva a questionar quanto realmente estavam fingindo. Bela redenção é o segundo volume da série que narra a excitante, romântica e por vezes volátil jornada dos Maddox rumo ao amor. Chegou a hora de conhecer o mundo misterioso do esquivo Thomas e descobrir como a paixão pode ser intensa quando você não é a primeira, e sim a última. Além, é claro, de rever os outros irmãos da família Maddox.

Achei incrível essa iniciativa da editora, de atender aos fãs, que são, afinal, para quem os livros foram feitos. Fico muito feliz que a capa tenha mudado, já que particularmente gostei muito mais dessa, rs (não viu a antiga? Clique aqui!). Com certeza, espero ansiosa pelo lançamento! E quanto a vocês, o que acharam?  


Livro: Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo
Título original: Naomi and Ely's No Kiss List
Autores (as): David Levithan e Rachel Cohn
Editora: Galera
Páginas: 256
ISBN: 9788501103123
Sinopse: "Sinopse - Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo - David Levithan - A quintessência menina-gosta-de-menino-que-gosta-de-meninos. Uma análise bem-humorada sobre relacionamentos. Naomi e Ely são amigos inseparáveis desde pequenos. Naomi ama Ely e está apaixonada por ele. Já o garoto, ama a amiga, mas prefere estar apaixonado, bem, por garotos. Para preservar a amizade, criam a lista do não beijo — a relação de caras que nenhum dos dois pode beijar em hipótese alguma. A lista do não beijo protege a amizade e assegura que nada vá abalar as estruturas da fundação Naomi & Ely. Até que... Ely beija o namorado de Naomi. E quando há amor, amizade e traição envolvidos, a reconciliação pode ser dolorosa e, claro, muito dramática."

   Naomi&Ely, Ely&Naomi. Desde crianças, nenhum dos dois foi reconhecido por apenas o seu nome separado; Naomi e Ely sempre foram um conjunto, o tipo de pacote "pegue um, leve dois". Melhores amigos desde crianças, a relação dos dois é tão profunda que eles fazem tudo juntos, contam tudo um para o outro e conhecem cada pequena mania do seu melhor amigo. Cada pequeno segredo, exceto um: Naomi é apaixonada por Ely. Mas Ely é apaixonado por garotos. 
   Sendo que os dois parecem ter o mesmo gosto para tudo — e tudo inclui falarmos de acessórios, roupas e garotos! — eles criam a Lista do Não-Beijo, uma relação que, por um consenso, é feita pelos dois com os nomes dos homens que nenhum deles pode beijar em hipótese alguma. Essa lista foi feita com o intuito de preservar a amizade entre os dois, já que ambos se envolverem com o mesmo cara parece perigoso demais, e se tem algo que a amizade dos dois não pode, em hipótese alguma, sofrer, são riscos. E a lista funcionou muito bem... até que Ely beija o namorado de Naomi. 

   Apesar de nunca ter lido nenhum livro de David Levithan, antes de iniciar a leitura de Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo, sempre estive ciente da ótima fama que o autor carregava consigo. Por isso, ao ver o lançamento da Galera, não pude deixar de solicitá-lo: eu tinha, afinal, grandes expectativas. Há um grande problema em quando queremos muito ler algo, contudo, e acho que todos sabem os resultados se o livro não for tão perfeito como se espera dele. É com tristeza, por isso, que digo que o livro foi menos do que eu havia inicialmente idealizado; mas, não se engane, isso não faz de Naomi & Ely e A Lista do Não-Beijo um livro ruim, nem de perto. Eu explico!
   Assim como já havia dito, a história detém de um "fator x" que, honestamente, não consigo traduzir para palavras. Como explicar uma história que, ao mesmo tempo que te interessou... lhe deixou cansada?! O que posso afirmar é que, com toda a certeza, David Levithan e Rachel Cohn souberam perfeitamente como envolver o leitor, como despertar seu interesse, ainda que, na realidade, nada estivesse acontecendo. É essa pode ser a causa da minha decepção parcial com o livro: ao mesmo tempo em que os autores acertaram nos artifícios que despertam o interesse e a fidelidade do leitor... eles pecaram ao desenvolver sua história. E isso, em minha opinião, não pode ser ignorado.
    O livro é narrado em terceira pessoa, e contém uma linguagem bem informal e de modo que incentiva a rápida leitura, com a exceção de um fato que descreverei no parágrafo seguinte. O que ocorre é que ele foi muito bem empregado, desenvolvido e, acima de tudo, a linguagem dinâmica combinou perfeitamente com a história. Cada capítulo é uma novidade por alternar os narradores, sendo que, algo que eu nunca antes tinha experienciado, os narradores são tanto os protagonistas da história, como os personagens menos importantes – sim, você leu isso certo!
   Desse modo, sempre há um ponto de vista completamente diferente, que vai adicionado fatos e completando o “quebra-cabeça” que o livro se torna. É claro, tudo isso foi ótimo. O único problema, e um dos maiores do livro, devo dizer, é o seguinte: os autores resolveram substituir palavras por símbolos. Isso é tida como uma mania de Naomi e Ely, então, diversas vezes por parágrafo, em sua maioria, palavras como "amor" são substituídas por "♥": e esse é um caso óbvio, mas nem todos são dessa forma. Assim, esse fator "inovador" não funcionou comigo, que achei a leitura muitas vezes irritante e ficava um tanto impaciente, tentando decifrar os símbolos ou simplesmente passava por eles sem paciência.




   E, apesar da história "legalzinha" e de diversas passagens engraçadas, não foi apenas esse um fator que me deixou incomodada, mas sim, vários. Outra exemplo muito forte a ser citado é a amizade entre os dois protagonistas. O livro, inteiro, tem como temática isso: a amizade. Então, alguém me diga o porquê de ninguém ter explicado a Naomi e Ely o que isso significa?! Claro, quero deixar bem claro aqui que não estou querendo dar uma fórmula exata para uma amizade, nem que eu não respeite o conceito que cada um acredita que isso implica... mas, gente, o que era o total desrespeito que acontecia entre os dois? 
    A verdade é simples: a maior parte do livro está cheia dos pensamentos egoístas, invejosos e maldosos que os personagens tem um sobre o outro, e eu — repito, eu, isso não quer dizer que seja uma regra absoluta! — não conseguia entender como uma amizade pode ser mantida sobre essas bases, assim como o amor fraternal que eles afirmavam ter pelo outro. A atitude de Ely depois de beijar o namorado de Naomi, por exemplo, (e isso não é um spoiler, já que a história parte daí) foi absurda: nunca passou pela cabeça dele que isso fosse errado, ou que magoaria sua amiga, mesmo depois de ela afirmar claramente que sim. Essa dinâmica deles, de agir de maneira egoísta atrás de maneira mesquinha me deixou com vontade de até, confesso, desistir da leitura algumas vezes.
    Então, por mais que eu tenha críticas relevantes acerca do desenrolar da história e das táticas que os autores utilizaram, preciso afirmar uma coisa: eu possuo, pelo livro, um imenso carinho. Não pela história, em si, mas sim pela temática que ele traz: abordar a homossexualidade é contribuir para que ela deixe de ser uma tabu, algo vergonhoso e, acima de tudo, é uma vitória ao encerrar o ciclo odioso da literatura voltada aos mais jovens, que muitas vezes finge que ela não existe. Fico extremamente feliz ao ver o trabalho de autores como Levithan, que trazem isso a tona e demonstram que a orientação sexual de uma pessoa não é e não deve ser um problema.


Mais um notícia boa para os fãs de "A Seleção"! A Editora Seguinte, selo jovem da editora Companhia das Letras, irá publicar no Brasil o livro "Felizes Para Sempre", escrito por Kiera Cass. A estreia está prevista para outubro deste ano! Confira:


"Felizes para sempre" é um volume especial que reunirá os 4 contos de A Seleção (O príncipe, O guarda, A rainha e A favorita), 3 cenas contadas do ponto de vista de Celeste, uma cena contada pela Lucy, o epílogo extra de "A Escolha", um extra sobre o que aconteceu com algumas das outras selecionadas, ilustrações e mais.

O que acharam da novidade? Gosto muito da série e espero adquirir o livro em breve! Mais uma vez, eles arrasaram na capa! 



Livro: Jackaby
Título Original: Jackaby
Autor (a) William Ritter
Editora: Única
Páginas: 256
ISBN:  9788567028668

Sinopse: Eu sou um homem de razão e da ciência. Acredito no que vejo e posso provar, e o que vejo geralmente é difícil para os outros compreenderem. Até onde eu descobri, tenho um dom ímpar. Isso me permite ver a verdade quando os outros só enxergam ilusão. E há muitas ilusões, muitas máscaras e fachadas. Como dizem, o mundo todo é um palco e parece que eu tenho a única poltrona da casa, com vista para os bastidores.” Abigail Rook deixou sua família na Inglaterra para encontrar uma vida mais empolgante além dos limites de seu lar. Entre caminhos e descaminhos, no gelado janeiro de 1892 ela desembarca na cidade de New Fiddleham. Tudo o que precisa é de um emprego de verdade, então, sua busca a leva diretamente para Jackaby, o estranho detetive que afirma ser capaz de identificar o sobrenatural. Contratada como assistente, em seu primeiro dia de trabalho Abigail se vê no meio de um caso emocionante: um serial killer está à solta na cidade. A polícia está convencida de que se trata de um vilão comum, contudo, para Jackaby, o assassino com certeza não é uma criatura humana. Será que Abigail conseguirá acompanhar os passos desse homem tão excêntrico? Ela finalmente encontrou a aventura com a qual tanto sonhara. Prepare-se para desvendar este mistério! Um livro destinado aos fãs de Sherlock Holmes e Doctor Who. Eleito o melhor livro jovem 2014 pela Kirkus Review e um dos 40 melhores YA da estação pela CNN e vencedor do prêmio Pacific Northwest 2015.

SÉRIE "JACKABY"
    1.  Jackaby
    2.  Beastly Bones

Escrito pelo iniciante William Ritter, Jackaby foi publicado no Brasil pela Editora Única no segundo semestre de 2015. O livro tem como continuação Beastly Bones, que parece ter entrado para os próximos lançamentos da editora. Confira a resenha!

     Ambientado no século XIX, conhecemos Abigail Rook, uma moça inteiramente corajosa e aventureira que tenta, a qualquer custo, se afastar das tradições impostas às mulheres daquela época. Abigail ansiava seguir a profissão de seu pai, se tornar uma arqueóloga, e, para isso, decide fugir de casa atrás de uma promessa incerta em outro continente. 
     Mas sua aventura acabou dando errado, o que levou nossa protagonista a uma viagem sem rumo, em busca de outro trabalho e de outras oportunidades, agora que estava sozinha. Nesse contexto, Abigail desembarca em New Fiddleham e conhece Jackaby, um sujeito misterioso que pareceu ser extremamente astuto e esperto, e que ela descobriu, mais tarde, ser um investigador da região.
É nesse grande desespero por um emprego que Abigail decide pedir o cargo de "auxiliar" ao detetive, mesmo depois de vários moradores da cidade avisarem dos perigos dessa função. 
     Jackaby não parece ser um detetive qualquer: seus olhos conseguem enxergar detalhes que passam despercebidos às outras pessoas, e parece ter um poder paranormal, quem sabe, uma ajuda espiritual. É dessa forma que essa dupla inovadora irá tentar desvendar um difícil caso de assassinato. Será que Abigail sobreviverá à essa função tão perigosa?

Até onde eu descobri, tenho um dom ímpar. Isso me permite ver a verdade quando os outros só enxergam ilusão. E há muitas ilusões, muitas máscaras e fachadas.
       Jackaby traz muito do estilo de Sherlock Holmes para os leitores que apreciam mistério, suspense e algo mais novo: uma pitada de fantasia. Primeiramente, apaixonei-me por essa história justamente por apreciar enredos enigmáticos e antigos. Simplesmente adorei iniciar essa história assim que notei objetos — bem enfatizados  — do passado.
       Claro que criar uma história mergulhada em outro tempo exigi muita pesquisa por parte do autor(a) e isso não foi diferente para William Ritter, que apresentou com maestria todo o cenário e costumes. Através da narrativa em primeira pessoa — na visão de Abigail — encontramos um fenômeno pouco conhecido: parecia, na maioria das vezes, que o livro estava sendo narrado em terceira pessoa, pois Abigail acompanhava Jackaby e detalhava seu trabalho como se estivesse externa àquilo. Uma experiencia bem interessante para aqueles que estão cansados da narrativa em primeira pessoa tradicional. 
       Os personagens de William Ritter me agradaram bastante em todos os aspectos. Abigail se mostrou diferente da sociedade da época desde as primeiras páginas, onde apresentou para o leitor seus anseios, suas angústias, coragem e perseverança. Gostei muito de caminhar nessa leitura ao lado dela, lidando muito, também, com Jackaby, um personagem extremamente peculiar e instigante. O mais interessante vou contemplar a relação entre Jackaby e a nossa protagonista! Eles sempre estavam na mesma sintonia, o que fazia extrema diferença para seu trabalho. Todos os personagens foram marcantes, concretos e palpáveis, inclusive os secundários.


Olá, pessoal! É com muita ansiosidade que apresento à vocês a capa e a sinopse de "Bela Redenção" o segundo livro da série Irmãos Maddox escrita por Jamie McGuire! Sendo a continuação independente de "Bela Distração", a obra está prevista para estrear em Setembro pela editora Verus, selo do Grupo Record! Confira.

UPDATE (14/08/2015): A Editora Verus atendeu aos pedidos dos fãs e mudou a capa! Clique aqui e conheça a capa que será agora lançada.



Sinopse: Liis Lindy é uma agente do FBI decidida a se casar apenas com o trabalho. Ela adora sua mesa, está em um relacionamento sério com seu laptop e sonha em ser cumprimentada pelo diretor depois de solucionar um caso difícil.  O agente especial Thomas Maddox é arrogante e implacável, um dos melhores que o FBI tem a oferecer — e chefe de Liis. Quando Liis e Thomas são encarregados de uma missão em que precisam fingir ser um casal, a atração entre eles chega ao limite — e os leva a questionar quanto realmente estavam fingindo. Bela redenção é o segundo volume da série que narra a excitante, romântica e por vezes volátil jornada dos Maddox rumo ao amor. Chegou a hora de conhecer o mundo misterioso do esquivo Thomas e descobrir como a paixão pode ser intensa quando você não é a primeira, e sim a última. Além, é claro, de rever os outros irmãos da família Maddox.

Quem aí estava ansiosa(o) para esse lançamento? Eu gostei da capa, e achei a sinopse bem empolgante, e vocês? Conte-nos!


Livro:  Em Busca de Cinderela
Título original: Finding Cinderella
Autor (a): Colleen Hoover
Editora: Galera
Páginas: 160
Sinopse: "Neste conto da bem-sucedida e adorada série Hopeless, o leitor conhecerá melhor dois personagens secundários de "Um caso perdido". Daniel está no breu do armário de vassouras da escola – o perfeito esconderijo para quem quer fugir do mundo real –, quando uma garota literalmente cai em cima dele. Às cegas, os dois vivem um curto romance, mesmo sem acreditar muito no amor. No fim a garota foge, como se realmente fosse a Cinderela e tivesse uma carruagem prestes a virar abóbora. Um ano depois, Daniel e sua princesa se reencontram, e percebem que é possível nutrir um amor de conto de fadas por alguém completamente real. Juntos, os dois irão perceber que fora do faz de conta, ficar juntos é bem mais difícil e os problemas de um casal são muito reais."

 SÉRIE "HOPELESS"
    1.  Um Caso Perdido
    2.  Sem Esperanças
     2.5.  Em Busca de Cinderela


    Quem leu Um Caso Perdido e Sem Esperança, da Colleen Hoover, se envolveu e apaixonou pela história de Sky e Holder; isso não é nenhuma novidade. Em algumas cenas desses dois livros, e especialmente do segundo, contudo, nos foram apresentados dois personagens que, com suas poucas participações, conseguiram chamar a atenção de muitos leitores: Daniel, o melhor amigo de Holder, que está presente por toda a história, mas pouco aparece, e a melhor amiga de Sky, a Six, que viaja no começo do livro para um intercâmbio na Itália. 
    Daniel me encantou desde o início com seu jeito brincalhão e divertido, sempre aliviando o clima, sendo exatamente o que os livros anteriores precisavam, por algumas vezes ficarem demasiadamente pesados. Six aparece pouco e apenas no início de Um Caso Perdido — ainda que faça algumas aparições por mensagens ao longo do livro —, mas, pelo que vi dela, preciso dizer que não gostei muito: Sky, afinal, foi "deixada" de última hora pela amiga, que partiu sem mais nem menos para o tal intercâmbio. Isso, é claro, era o que leitor pensava antes de Em Busca de Cinderela. 
    
   Daniel acredita que tirou a sorte grande; por um erro administrativo do colégio, seu quinto horário de aula não foi registrado, deixando-o com um período livre. Para que a administração não se dê conta do erro, ele decide que, durante o semestre no qual terá essa aula vaga, a melhor solução é se esconder em um armário de zeladores para aproveitar o tempo livre, e torcer para não ser descoberto. É em um desses seus descansos que uma garota misteriosa literalmente caí em seu colo: entrando, apressada em se esconder, no armário, ela tropeça em Daniel e os dois acabam enredados no chão. 
   Na completa escuridão, ele não consegue ver o rosto da menina, mas, de alguma maneira, sente uma intensa fascinação por ela. Sem revelar suas identidades um ao outro, eles conversam e acabam por encontrar pontos em comum;  os dois parecem detestar as pessoas mesquinhas que frequentam a escola, e têm a vontade de se apaixonar e realmente sentir algo por alguém. É por acaso, também, que um trato surge entre eles: os dois vão viver um intenso romance, mas um com prazo para acabar — eles podem usar um ao outro para expressar o mais desejam, e fazem de conta, por uma curta hora, que estão profundamente apaixonados. Depois desse intenso encontro, Daniel parece não conseguir tirar da cabeça a misteriosa garota, que fugiu dele às pressas, como a Cinderela depois do baile. Mas Daniel nunca mais tem notícias dela. 
    Um ano se passou, e Daniel acaba de sair de um relacionamento conturbado. Ao ir vistar seus amigos, Holder e Sky, ele conhece Six. uma garota que não tem nada de usual: com um nome esquisito e com uma personalidade mais estranha ainda, não demora muito para os dois se identificarem. É claro, a incrível atração que parece existir entre os dois apenas contribui para isso; e a sensação de que seus sentimentos por Six se igualam apenas ao que sentiu por algumas horas por sua misteriosa Cinderela é intrigante. 

   Sempre admirei Colleen Hoover pela sua habilidade de manter o leitor indescritivelmente preso a uma história que, genericamente, fosse previsível. Em Em Busca da Cinderela, desse modo, não posso dizer que foi diferente. O livro foi postado originalmente como um e-book para fazer um pequeno agrado aos fãs da série Hopeless, mas tomou proporções maiores do que as imaginadas pela autora: o público se interessou e, mais uma vez, suspirou e se se envolveu com a história dos personagens de Hoover. 
   Trata-se de um livro curto, de 160 páginas, mas que possui ainda menos do que isso de história, se levarmos em consideração as notas da autora e quando ela conta, em algumas páginas, como foi sua própria história de superação, que a motivou a começar a escrever seus livros. Achei essa parte, particularmente, muito doce e tocante, pois serve para mostrar a muitos dos leitores sobre como as coisas podem mudar em um piscar de olhos, especialmente entre esse público, no qual um bom número sonha em escrever seu próprio livro. 
   Em Busca de Cinderela é narrado pelo próprio Daniel, em primeira pessoa, e utiliza uma linguagem coloquial e de fácil compreensão. A leitura se passa de um modo incrivelmente rápido, sendo que, quando me dei conta, depois de umas poucas horas, já havia finalizado o livro.Também gostei bastante de o narrador aqui ser Daniel, e não Six, pois, em minha opinião, Hoover tem mais sucesso ao interpretar personagens masculinos do que femininos — fato que irei abordar mais para frente nessa resenha. 
    Como já afirmei aqui, sempre que leio um livro dessa autora me surpreende sua capacidade de prender o leitor de uma forma inexplicável: pegando Em Busca de Cinderela, por exemplo, se trata de uma história sobre um romance que, honestamente, todo o leitor sabe do que se trata, quem é quem, e também sabe como a história terminará. Ainda sim, desgrudar do livro até alcançar seu final parece ser uma ideia absurda enquanto a leitura está acontecendo. Não se trata de algo muito original nem inovador, mas Colleen Hoover tem o poder de fazer quem lê ansiar pelos próximos acontecimentos, como sempre fez em seus outros livros. 


   Outra coisa que sempre me deixa abismada com Hoover (e, sim, só consigo pensar em elogios para ela!) é a maneira com o qual ela consegue, meticulosa e perfeitamente, montar sua história, como um quebra cabeça. Isso não é assunto novo para quem já leu minhas resenhas de Um Caso Perdido e de Sem Esperança, mas sempre amo o modo como ela consegue pensar em cada pequeno detalhe, e, mais do isso, encaixar as coisas com fatos que o leitor nunca perceberia!
    Em relação aos personagens, Daniel foi um dos protagonistas mais divertidos e agradáveis que já tive o prazer de ler sob o ponto de vista — mais agradável, por exemplo, que o seu amigo Holder, geralmente o queridinho dxs leitorxs. Six também é uma personagem incrível, e confesso que achei o romance entre ela e Daniel muito mais dinâmico e real do que o vivido pelos protagonistas dos livros anteriores da série. Além disso, como citei anteriormente, creio que Hoover possui um talento a mais para narrar seus livros sob o ponto de vista masculino, que, em minha opinião, tem uma construção muito mais direta e real do que o livro narrado, por exemplo, por Sky.
   A edição do livro fica por conta da Galera Record, que também publicou o resto da série. A diagramação segue o padrão das outras, sendo simples, porém bonita, e a capa acabou sendo a mesma que a original americana, com as devidas modificações. O material é de ótima qualidade, e não encontrei, durante as cento e sessenta páginas da história, nenhum erro de ortografia ou revisão.
    Por fim, trata-se de uma história simples e singela, escrita especialmente para quem deseja passar o tempo e com o foco no público que já é fã da série, mas não é necessária a leitura dos livros anteriores para a leitura deste, ainda que o complementem em pequenos detalhes. Adorei Em Busca de Cinderela, que conseguiu me arrancar boas gargalhadas, suspiros, e me rendeu algumas horas de diversão. Super recomendado!

Primeiro parágrafo do livro:
"— Você fez uma tatuagem?"
Melhor quote:
"Nunca acreditei tanto em algo quanto acredito em nós dois."
 


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