Livro: Isla e o Final Feliz
Título original: Isla and the Happily ever efter
Autor (a): Stephanie Perkins
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
ISBN: 9788580577396

Sinopse: Tímida e romântica, Isla tem uma queda pelo introspectivo Josh desde o primeiro ano na SOAP, uma escola americana em Paris. Mas sua timidez nunca permitiu que ela trocasse mais do que uma ou duas palavras com ele, quando muito.Depois de um encontro inesperado em Nova York durante as férias envolvendo sisos retirados e uma quantidade considerável de analgésicos, os dois se aproximam, e o sonho de Isla finalmente se torna realidade. Prestes a se formarem no ensino médio, agora eles terão que enfrentar muitos desafios se quiserem continuar juntos, incluindo dramas familiares, dúvidas quanto ao futuro e a possibilidade cada vez maior de seguirem caminhos diferentes.
Com participações de Anna, Étienne, Lola e Cricket, personagens mais do que queridos pelo público apresentados em livros anteriores da autora, Isla e o final feliz é uma história de amor delicada, apaixonante e sedutora, um desfecho que vai fazer os fãs de Stephanie Perkins suspirarem ainda mais.

      Isla e o Final Feliz é o terceiro livro da trilogia Anna, Lola e Isla, escrito pela Stephanie Perkins e publicado no Brasil no ano de 2015. Apesar de Anna e o Beijo Francês e Lola e o Garoto da Casa ao Lado terem sidos publicados pela Editora Novo Conceito, o desfecho dessa série independente foi comprado pela Editora Intrínseca. Stephanie Perkins já foi vendedora de livros, bibliotecária e agora se tornou uma autora de grande renome dentre o gênero “chick lit”. 
      Isla é uma garota extremamente tímida que estuda na escola americana em Paris. Mas a sua vida nessa escola não está fácil. Além de sofrer bullying, ainda precisa auxiliar seu melhor amigo, Kurt, a sobreviver ao preconceito que as pessoas nutrem por sua deficiência (Síndrome de Asperger) e encarar, praticamente todo dia, Josh, sua paixão antiga que não parece notar a sua existência. 
      Porém, nesse terceiro ano as coisas estavam um pouco diferentes: Josh estava finalmente solteiro e o destino reservara, durante as férias, uma oportunidade de Isla se aproximar dele. Eles estavam coincidentemente na mesma lanchonete em Nova York quando nossa protagonista arriscou puxar assunto. Contudo, Isla havia acabado de extrair um dente e estava dopada por remédios, o que faz dessa experiência um tanto desastrosa. 
      De volta para a escola em Paris, Isla entra totalmente em pânico ao perceber que não se lembra dos micos que passou e que precisa encontrar Josh para pedir desculpas por aquela noite. A partir desse contexto, Josh começa a se aproximar de nossa protagonista, expondo sua vida reservada e confiando à ela seus segredos.


      E mais uma vez Perkins conseguiu me conquistar por completo, enfatizando novamente seu dom em transformar enredos clichês em histórias envolventes e especiais. Em Isla e o Final Feliz presenciamos a narrativa informal e super fiel à protagonista tomar conta da trama e nos encarnar nela. 
      Perkins foi muito esperta em optar em desenvolver Isla e Josh, personagens que já tinham um “pezinho” na série e que despertariam o interesse dos leitores; como ocorreu comigo. Através dessa nova protagonista, a autora mostrou o outro lado do colégio para americanos na França, apresentou outras problemáticas que ocorriam lá, como a falta de tolerância, por exemplo. Isso deixou todo o cenário mais real ainda. 
      Tenho que admitir que só desenvolvi meu amor pela França depois que li “Anna e o Beijo Francês”, obra que expôs com perfeição todas as belezas dessa cidade. Já nesse volume, senti uma vontade maior ainda de adentrar esse universo e visitar os locais que nossos personagens passaram, e viver cada detalhe que eles viveram na cidade das luzes.
       Esse é uma das consequências dessa leitura: a conexão que você cria com os personagens de Perkins. Gostei muito de conhecer a intimidade de Isla, que tem suas peculiaridades, suas qualidades e defeitos bem definidos. Isla é uma protagonista muito diferente de Anna, tanto em termos de pensamento quanto nas atitudes. Já Josh foi a grande sacada desse enredo. Ele é um elemento muito mais curioso nessa história; desde o começo Josh carregou muito suspense consigo e tem atitudes bem fieis à realidade, sem o romantismo exagerado que ocorre com alguns "mocinhos" dos romances. Perkins fez uma constituição psicológica dele bem ponderada e justificou todo seu caráter e sua construção moral. 
      Mas temos um personagem bem diferente em Isla e o Final Feliz: Kurt. Portador da Síndrome de Asperger, a autora arriscou em incrementar um personagem que segue características pré-determinadas pelo seu transtorno. Acredito ser um desafio muito grande lidar com personagens que carregam síndromes ou doenças que pouco entendemos. Kurt foi especial, apesar de me inspirar certa rejeição ao seu estilo sincero e extremamente direto nos primeiros capítulos. Além disso, achei legal a autora ter se preocupado em apresentar melhor essa síndrome e despertar empatia, simpatia, e, principalmente, compreensão em seus fãs.


A editora Paralela divulga a capa de Depois da Promessa, o quinto e último volume da saga After, da autora Anna Todd.  A previsão de lançamento aqui no Brasil ficou para outubro. Confira a capa e a sinopse!

Bem quando Hardin acreditava já ter enfrentado todos os fantasmas de seu passado, um terrível segredo sobre seus pais é revelado, despertando os seus piores demônios internos.Tessa sabe que só ela tem o poder de aliviar todos os sentimentos de raiva, traição e confusão que afligem seu amado badboy. Só ela sabe como salvá-lo de seu ciclo autodestrutivo. Mas dessa vez ela não pode. Porque, quando menos espera, sua vida é para sempre alterada por uma tragédia. Hardin e Tessa prometem lutar com todas as suas forças para que o destino não os separe para sempre. Mas o que acontecerá quando suas forças chegarem ao fim? Depois da promessa… qual será o desfecho dessa história?

           O que acharam? Conte-nos suas expectativas. Lembrando que que os dois primeiros livros da série já foram resenhados aqui.


A Scholastic agora resolveu lançar livros da adoradíssima série Harry Potter em livros para colorir e anunciou lançamento de Harry Potter:  The Official Coloring Book #1. Esse é o primeiro de uma série e o segundo está previsto para março de 2016.


Perfeitoooo né!? Aposto que, assim como eu, vocês devem está ansiosos para poder ter logo o seu. Conte-nos o que acharam!


Olá, leitores! A Editora V&R acaba de divulgar a capa de Visão Falsa, segundo volume da saga Falsa do autor Dan Krokos, mas a previsão de lançamento é só para o final de setembro. Confira a capa e a sinopse!

Miranda só queria ter uma vida normal. Ela está determinada a deixar para trás sua assustadora origem como clone. Tudo o que ela quer é curtir bons momentos com Peter, seu namorado, com seus amigos de equipe e colegas de escola. Logo, porém, ela aprende a difícil lição: não existe vida normal – não para uma garota concebida para ser uma arma letal. Quando um de seus colegas de equipe transforma-se naquilo que ela mais teme, inicia-se uma guerra que coloca o mundo inteiro em risco. Miranda precisará seguir seus instintos acima de qualquer sentimento, inclusive os do coração – só assim as duras batalhas e perdas do passado recente não terão sido em vão. Com a promessa de um futuro terrível, o sacrifício para salvar aqueles que ela ama é inevitável. Nesta impressionante sequência de Memória falsa, Miranda segue em sua busca pela verdade – e deve encarar as consequências fatais de suas novas descobertas.

O que acharam desta capa linda, e da sinopse? Estou ansiosa, e quanto a vocês?


Olá, pessoal! A parceira Geração Editorial cedeu, muito gentilmente, um exemplar desse maravilhoso livro (veja sua resenha aqui.) para sortearmos aqui no blog! Para isso, é necessário cumprir alguns requisitos, confira abaixo.

a Rafflecopter giveaway

REGRAS E ESCLARECIMENTOS
1- Para participar é necessário ter endereço de entrega no Brasil.
2- Se inscrever utilizando o formulário Rafflecopter acima. (Dúvida? Leia esse tutorial no UMO Blog)
3- O ganhador receberá um e-mail, e deverá responder enviando seus dados em até 72 horas. Caso não haja resposta do ganhador, um novo sorteio será feito.
4- A entrada "Compartilhar a imagem no Facebook" pode ser feita mais de uma vez. Para compartilhar a imagem mais de uma vez, contudo,  é necessário compartilhar a imagem no mesmo dia em que preencher o formulário. Ou seja, o compartilhamento precisa ser feito no mesmo dia em que você fizer a entrada no Rafflecopter; se você voltar a dar entrada no sorteio em outro dia, precisa de outro compartilhamento.
5- O sorteio começa dia 24/09 e termina dia 31/10. O resultado sai nesse mesmo post. 
6- A Geração Editorial é responsável pelo envio do livro. O blog não se responsabiliza pelo envio, e nem pelo possível extravio dos correios.
7- Se o ganhador não cumprir devidamente as regras (que serão, sim, conferidas), será desclassificado sem aviso prévio. 
8- As entradas correspondentes a comentários em postagens só serão validadas se os comentários forem pertinentes ao conteúdo do post. Comentários como "gostei da capa" e "muito interessante" não serão validados.


"E que a sorte esteja sempre com você!"


Livro: Os Segredos de Colin Bridgerton
Autor (a): Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 336
ISBN: 9788580413076
Sinopse: "Há muitos anos Penelope Featherington frequenta a casa dos Bridgertons. E há muitos anos alimenta uma paixão secreta por Colin, irmão de sua melhor amiga e um dos solteiros mais encantadores e arredios de Londres. Quando ele retorna de uma de suas longas viagens ao exterior, Penelope descobre seu maior segredo por acaso e chega à conclusão de que tudo o que pensava sobre seu objeto de desejo talvez não seja verdade. Ele, por sua vez, também tem uma surpresa: Penelope se transformou, de uma jovem sem graça ignorada por toda a alta sociedade, numa mulher dona de um senso de humor afiado e de uma beleza incomum. Ao deparar com tamanha mudança, Colin, que sempre a enxergara apenas como uma divertida companhia ocasional, começa a querer passar cada vez mais tempo a seu lado. Quando os dois trocam o primeiro beijo, ele não entende como nunca pôde ver o que sempre esteve bem à sua frente. No entanto, quando fica sabendo que ela guarda um segredo ainda maior que o seu, precisa decidir se Penelope é sua maior ameaça ou a promessa de um final feliz. Em "Os segredos de Colin Bridgerton", quarto livro da série Os Bridgertons, que já vendeu mais de 3,5 milhões de exemplares, Julia Quinn constrói uma linda história que prova que de uma longa amizade pode nascer o amor mais profundo."

SÉRIE "OS BRIDGERTONS"
    1.  O Duque e Eu
    3.  Um Perfeito Cavalheiro
    4.  Os Segredos de Colin Bridgerton
    5.  Para Sir. Phillip, Com Amor
    6.  O Conde Enfeitiçado
    7.  Um Beijo Inesquecível
    8.  A Caminho do Altar


   Penelope Featherington aquela garota. Atrapalhada, um pouco acima do peso e muito tímida, ela sempre ficou às margens dos salões de festa, esperando por um cavalheiro, por piedade ou por coação, a tirar para dançar. Ela nunca foi o tipo de moça que era notada, e, com o passar dos anos, ela se acostumou a isso; para ela, era o suficiente ser alguém com pensamento próprio, e com amigos incríveis. Penelope sempre contou com a proteção da família Brigderton, sendo a melhor amiga de Eloise, e nunca se importou com o que a sociedade falava dela...  mas também nunca abandonou o sonho infantil de que Colin Bridgerton a visse como algo a mais do que a "pobre Penelope". 
   Colin Bridgerton não sabia exatamente o motivo, mas a aventura parecia sempre o chamar; e ele nunca ficava cansado dela. Com o passar dos anos, Colin viajou pelo mundo, e algum sentimento dentro de si o instigava, depois de alguns meses em casa, a fugir da rotina cansativa e conhecer mais lugares – não que ele não sentisse saudades da amada família, mas descobrir novos lugares e sensações era mais do que um desejo, e sim uma necessidade. Recém chegado de uma viagem à Grécia, Colin se surpreende ao perceber que, durante os meses em que esteve fora, algumas coisas mudaram... a começar por Penelope Featherington. 
   Ela sempre fez emergir dentro dele um misto de pena e simpatia, sendo a tímida e quase invisível garota que ele viu debutar, e, diversos anos depois, continuar solteira. Mas a surpresa de Colin é grande ao voltar da Grécia e encontrar uma mulher na qual ele nunca havia notado... mais segura de si, com menos medo de falar o que pensa e senhora de sua própria vida, na medida do possível a uma "solteirona" da época, Penelope nunca pareceu tão encantadora aos olhos de Colin... nem tão irresistível. 

   Creio que afirmo isso cada vez que discorro sobre algum dos livros de Julia Quinn, mas ainda creio ser válido repetir: romances de época me encantam, mas não são todos eles. Apesar de sempre com histórias que nos fazem suspirar, acho incrivelmente difícil encontrar um deles que tenha certo equilíbrio, balanceando o romance – que, claro, é o foco da história – com os outros elementos da leitura. É justamente pela falta de construção, e o tão comum desenrolar dos fatos rápido demais, que fiquei fascinada pela série Os Bridgertons, e ela tem sido, desde então, uma de minhas preferidas, assim que comecei o livro um. 
   Deliciosos de se ler, é fácil se perder na história dessa família tão querida e preciosa um ao outro. Desde a primeira vez que Colin apareceu, ainda do volume inicial da série, ele se tornou um de meus personagens favoritos, com seu charme, beleza e bom humor. Eu esperava ansiosamente por seu livro, tendo a certeza de que seria o meu favorito, ou chegaria muito perto dele; infelizmente, e talvez até mesmo pela grande expectativa, que me deparei com algo um tanto diferente. 
   O livro segue o padrão de narração dos anteriores, em terceira pessoa, alternando sob a perspectiva de seus personagens principais e, é claro, com os comentários da famosa e infame Lady Whistledown, a autora de um jornal de fofocas da alta sociedade. A narração é onisciente, dando ao leitor uma visão completa dos pensamentos de cada um dos protagonistas, algo que eu acho muito útil e clarificante ao leitor. A escrita de Quinn continua a mesma, com um vocabulário prazeroso de ler, nem tão rebuscado, mas nada perto do informal. 
   Como já disse, Quinn consegue realizar um feito que acredito ser muito bem vindo ao gênero romance de época: criar uma história que é, ao mesmo tempo que muito romântica e digna de suspiros, com cenas encantadoras, possui personagens que pensam por si e que têm uma história muito bem estruturada. Nos livros dela, nunca é apenas sobre o romance dos protagonistas da vez, ainda que, sim, ele tenha grande destaque – mas, ao mesmo tempo, existe toda uma história, toda uma personalidade e os arredores dos personagens, e isso traz muita realidade ao enredo que está sendo transmitido. 


   Em Os Segredos de Colin Bridgerton o leitor tem, além da expectativa pelo romance de Penelope e Colin, outra coisa muito esperada: a revelação de quem é Lady Whistledown. Não, você não leu isso errado. A ousada fofoqueira, anônima até o momento, será finalmente revelada, já que, junto a história do casal protagonista, é largada a bomba de que Senhorita Whistledown pretende se aposentar, o que desencarreta em uma busca louca da sociedade londrina por sua verdadeira identidade. 
   Ao mesmo tempo que tenho diversos elogios a tecer a este livro, contudo, não posso deixar de afirmar que, tristemente, o que geralmente mais me agrada nos volumes da série Os Bridgertons foi minha grande decepção nesse quarto livro: os personagens que o protagonizam.  
   Nem afirmo isso tanto por Penelope. Ainda que eu tenha ficado frustrada com suas atitudes tão inseguras e as vezes sem dar o devido valor a si mesma, não pude deixar de desenvolver um grande afeto em relação à ela. Por diversas vezes, a vontade de pegar a moça no colo e consolar a pobrezinha por todos os maus bocados que já passou, sendo que podemos ver como isso afetou sua fé em si mesma. Ela é uma personagem inteligente, mas que é puramente boa, ainda, no fundo, sonhando em ter seu próprio conto de fadas, ainda que seja uma "solteirona" para a época em que a história se passa, sem qualquer esperanças de casar-se.
   Meu grande problema foi, na realidade, com Colin. Não vou mentir: é fácil gostar do personagem pela sua bondade demonstrada, o jeito charmoso e a intensa beleza descrita por todos. É muito, mas muito fácil o leitor torcer para que ele finalmente note Penelope, para que ele veja o patinho feio que virou um cisne e eles vivam esse romance incrível que sempre esteve debaixo de seus narizes. Fácil demais, completamente induzido pela história e pelo Colin dos livros anteriores, o "irmão mais bonito que nunca sossegou". Mas, ao mesmo, assim que o leitor presta um pouquinho de atenção nas atitudes dele para com Penelope... é completamente errado. 
   E fico triste ao afirmar isso, mas ainda não deixa de ser verdade. O modo como Colin trata Penelope, já quando os dois estão se envolvendo, é lamentável e cheio de desconsideração. Sim, seu personagem passa por dilemas internos e dúvidas, mas isso não é, em momento algum, desculpa para usar Penelope da maneira com que ele a usa. São coisas sutis, algumas esporádicas atitudes... mas ainda sim, se o leitor deixar de ver a situação sob o "brilho do romance", creio que ficará tão decepcionado como eu fiquei. 


   A editora Darkside Books acaba de divulgar a capa do 2° volume da Trilogia The game, escrito por Anders De La Motte, a previsão de lançamento é só para 31 de outubro. Confira a capa e a sinopse!

Esse não é mais um jogo para iniciantes.
Como acontece num bom videogame, à medida que o jogo avança, a leitura  fica mais perigosa. [Ruído], volume dois da Trilogia The Game, traz o protagonista HP Peterson enfrentando uma nova fase do Jogo de Realidade Alterada que pôs sua vida em risco, no primeiro livro da série. HP poderia ter tudo: dinheiro, conforto, liberdade. Mas ele está disposto a arriscar tudo para sentir de novo a adrenalina correndo em suas veias. Enquanto isso, a policial Rebeca Normén começa a receber ameaças anônimas por um fórum de internet. O cerco começa a se fechar sobre os dois. Como se proteger de uma ameaça que você não tem certeza que existe. [Ruído] é o segundo livro da Trilogia The Game, de Anders de la Motte, o ex-policial e diretor de segurança de informação que se transformou no grande nome do suspense da Suécia após a morte de Stieg Larsson. O autor desenvolve uma série para a TV americana com o produtor executivo de Homeland e 24 Horas.
A Trilogia The Game conta a história de HP, um jovem que tem sua vida transformada num jogo emocionante quando encontra um celular no vagão de trem. Através de mensagens anônimas no aparelho, ele passa a receber instruções para realizar tarefas no mínimo instigantes. A detetive Rebecca Normén é sua irmã, diferente de HP como são opostos a água e o vinho.
Fenômeno em diversos países, a Trilogia The Game é surpreendente, divertida e assustadora na medida certa. Um thriller dos tempos de hoje, onde tudo o que acontece numa tela touchscreen já não pode mais ser considerado virtual.


Livro: A Tentação de Lila & Ethan
Título Original: The Themptation of Lila and Ethan 
Autor (a): Jessica Sorensen
Editora: Geração Editorial
Páginas: 376
ISBN: 978-85-8130-275-1

Sinopse: Aos olhos de todos, Lila Summers é a garota perfeita: linda, inteligente, ousada e rica, muito rica! Ela acabou de sair da casa dos pais para entrar na faculdade. Sua nova cidade? Nada menos que Las Vegas… Aos vinte anos, loira e provocante, ela vive o frisson das baladas, jogando-se nos ambientes tentadores dos shoppings e noitadas de sexo sem amor, porém, de forma cada vez mais compulsiva e selvagem. Há algo muito errado nisso tudo. Parece haver razões obscuras para os comportamentos autodestrutivos de Lila. E Ethan Gregory, seu melhor amigo, movido por uma força protetora e ciumenta que ele mesmo não entende, vai arriscar-se a tudo para tirá-la desse inferno, um inferno que se tornou seu também. Sensualidade, segredos e extremos são os elementos irresistíveis desse novo livro de Jessica Sorensen, uma das autoras contemporâneas mais cultuadas do gênero new adult nos Estados Unidos.

SÉRIE "O SEGREDO DE ELLA & MICHA"
    1.  O Segredo de Ella & Micha
    2.  O Para Sempre de Ella & Micha
    Spin-Off  A Tentação de Lila & Ethan

   Jessica Sorensen é autora de livros que figuram com destaque nas listas dos mais vendidos do The New York Times e dos principais jornais do mundo, tanto para livros impressos quanto para e-books. Ela vive com o marido e três filhos nas montanhas nevadas do Wyoming, nos Estados Unidos, onde já escreveu várias séries, das quais a Geração Editorial comprou os direitos de duas, que somam seis volumes.

   Lila, de apenas 20 anos, quer aproveitar a vida ao máximo, e para ela isso significa noitadas regadas a tequila, comprimidos, shoppings e sexo sem nenhum compromisso. Sem parar, pois deve existir algo incrível, um clímax extraordinário no auge dessas felicidades, não? Ela parece o tipo que sempre consegue o que deseja e tem qualquer coisa que quer. Mas a verdade, é que há uma coisa escondida dentro de Lila que ela tenta disfarçar com sexo, principalmente. É fácil perceber, basta olhar em seus olhos que verá tristeza e insegurança. Até mesmo um tipo de autotortura. 
   Mas, é pedir muito que uma pessoa criada como Lila seja feliz e consiga fazer suas escolhas. Seus pais não se importam com seus desejos ou necessidades, contando que ela seja perfeita e seja moldada as mãos do controle deles, tudo estará ótimo. Os problemas familiares somam ainda mais para piorar a situação da vida de Lila, e ela vai fazer de tudo para esconder o vazio dentro de si — o que a leva em situações que sempre acabam mal. Cada vez que ela chega ao fundo do poço, existe apenas uma pessoa que sempre está lá para pegá-la: Ethan Gregory.
   Ethan é um rapaz belíssimo que, diferente de outras pessoas, conhece uma Lila diferente. Uma pobre menina rica e frágil que esconde algo, provavelmente de seu passado, coisas que a perturbam fazendo com que ela afunde em hábitos cada vez mais nefastos. Ethan sente algo tremendamente forte por Lila. Mas ele também tem seus complexos, tendo feito um estranho juramento para si mesmo de que nunca teria um relacionamento, temendo tornar-se igual ao pai, um homem desprezível.
   Ethan, explosivo, musculoso — as vezes rude, grosseiro —, tem medo de saber como é o seu amor. Sua tentação às vezes parece um sério perigo, outras vezes soa como um tipo de salvação. Livrar Lila de suas enrascadas, virou tradição. Mas, é isso que os une: eles compartilham suas histórias e jamais julgam um ao outro, independente de quanto as histórias sejam ruins ou feias. Se Lila vier a cair, Ethan estará lá para levantá-la. Mas, quando Lila cai mais longe do que jamais caiu, Ethan continuará ajudando-a apenas como um amigo? Ou será que ele também está perto de cair... por ela?

   A Tentação de Lila & Ethan é uma spin off da série O Segredo de Ella & Micha, ou seja, o livro não é uma continuação, mas, sim, uma derivação. Para ser mais claro, em O Segredo de Ella & Micha, temos Lila e Ethan como amigos dos personagens principais. Agora, neste livro temos todo o foco narrativo na história dos dois  — Lila e Ethan — , e os eventos acontecem após o segundo livro da série de Ella & Micha. Sendo assim, não é necessário ler os outros livros para que haja compreensão neste. 
   Já tinha ouvido falar, há muito tempo, sobre os new adults de Sorensen, principalmente devido a série O Segredo de Ella & Micha, porém nunca tinha lido nada da autora. Quando surgiu a oportunidade de resenhar A Tentação de Lila & Ethan, não hesitei em lê-lo, pois a história tem uma premissa muito boa, e após lê-lo percebi que minhas expectativas não foram só boas, como se superaram, de uma forma que não achei, inicialmente, que seria possível. O gênero new adult — que representa aqueles livros na faixa entre o Young Adult e o Adult  —  não é novidade para mim, mas ler algo tão bem feito e que reforça bastante seu gênero, foi realmente maravilhoso.
   Narrado em primeira pessoa, A Tentação de Lila & Ethan tem uma trama muito bem focada e inteligente. Cada capítulo é narrado tanto por Lila, quanto por Ethan e nada fica vago. Esse tipo de estruturação nos permitiu ter uma visão mais ampla das escolhas, sentimentos, decisões e pensamentos dos personagens, contribuindo ainda mais para um excelente dinamismo do livro. A escrita de Jessica é do tipo que raramente encontramos: detalhada, com cenários bem descritos, ora formal, ora informal e muito bem trabalhada. Um ponto forte no livro, que acrescentou muito, sem dúvidas, foi a escrita da autora. Uma coisa é você ter uma ideia para um livro, outra é você saber desenvolver isso, e Sorensen soube desenvolver muito bem sua ideia


Eu já tive o cara supostamente perfeito antes, o que me deu o anel, falou que eu era linda, que me amava, que eu possuía sua alma e que ele faria qualquer coisa por mim. Tudo mentira. Irreal. Perfeição não existe. O que é existe é a realidade. É de realidade que eu preciso. E o Ethan é tão real quanto qualquer um que eu já tenha conhecido.

   É típico dos new adults retratarem o processo de transição, de mudança; momento no qual o jovem atinge a maior idade e começa a perceber as alterações que tal status acarreta, mas a forma como a autora fez isso em A Tentação de Lila & Ethan, a forma como trabalhou o drama adulto, foi realmente incrível. Jessica não fez apenas um livro que conta a vida de duas pessoas com problemas, ou coisa parecido, ela trata de fatos reais, que acontece com muitas pessoas. Mais que entretenimento, esse livro é uma poderosa fonte de conhecimento, principalmente sobre a vida, sobre problemas familiares, sentimentais, pessoais e de relacionamentos. É claro o quanto de pesquisa a autora deve ter feito para escrever o livro —  já que ele trata de problemas psicológicos, drogas e dramas familiares. Talvez tenha até um pouco de algo autobiográfico aí. 
   Como disse anteriormente, a trama de A Tentação de Lila & Ethan é muito focalizada nos dois personagens principais e os secundários são quase inexistentes. Lila é uma jovem rica, mas que sabe que dinheiro não é tudo. Prova disso é que sua vida é um completo infortúnio. Além dos problemas do presente, com os pais, com os comprimidos, ela é corrompida por fantasmas do passado, algo que é cravado em sua alma, que ela vai nos contando aos poucos, conforme adentramos na narrativa. Boa parte do livro é um mistério, sobre a vida de Lila. A personagem tem uma construção muito nítida e bem impactante, e isso, aliado a sua personalidade, é muito inspirador e mexe completamente com quem lê.
   Ethan é do mesmo jeito. Há alguns anos atrás passou por um sério problema, que também é um mistério que nos é revelado conforme lemos, e tem sua vida corrompida. Além desse "sério problema", ele tem medo de se relacionar com alguém, teme se tornar um homem como o pai: que bate e maltrata a mãe. Contudo, ele se tornou amigo de Lila há muito tempo e de um tempo para cá, vem salvando ela de muitas enrascadas. Há uma tensão forte entre eles e com a convivência eles acabam percebendo que são um a salvação do outro e o que era para ser água e óleo, acaba sendo café com leite, uma mistura incrível. Ethan tem uma personalidade as vezes rude e grosseira, mas na maior parte do tempo é apenas uma pessoa perturbada com seus problemas e decidido a cuidar dos de Lila.
   Além de Lila e Ethan, Micha e Ella aparecem na narrativa, apesar de por poucas vezes. Micha, namorado de Ella, é o melhor amigo de Ethan, e sua namorada é melhor amiga de Lila. No todo, os personagens são muito bem construídos, bem reais e com um desenvolvimento ora lento, ora rápido demais. 
   Contudo, apesar de ser um livro incrível, A Tentação de Lila & Ethan teve uma falha, a única que encontrei: há em determinadas parte do livro um desenvolvimento muito rápido, algo que não seria necessário, já que o livro tem uma excelente construção. Teve momentos em que eu virei uma página e já havia se passado duas semanas. Isso não foi frequente, mas aconteceu em algumas partes do livro. Acredito que não haveria necessidade de avançar rápido com as coisas, pois a história em momento algum é "chata" ou "besta" ao ponto de você querer largá-la ou avançar com as coisas. Embora tenha esse pequeno deslize, a trama em si é muito boa e totalmente instigante. O desenvolvimento rápido, embora não necessário, não atrapalhou ou deixou de explicar algo. 
   A edição da Geração Editorial ficou tão perfeita quanto o livro em si. A capa é inteiramente coerente com a história do livro, principalmente ao retratar Lila exatamente como descrita no livro. O mesmo acontece com Ethan, inclusive até a tatuagem que o garoto tem está presente na capa do livro. A diagramação ficou muito boa e cada capítulo se inicia em uma nova página, com um design interno bem caprichado. Encontrei alguns erros de revisão, mas nada que comprometa a obra em si. No todo, acredito que a edição merece todo tipo de parabenização
   Por fim, esse foi um livro que superou tudo que eu esperava e mudou completamente minha vida. Eu acredito que o propósito da literatura foi sempre isso: livrar-nos da ignorância e adicionar conhecimento ao nosso cérebro. Mais que me divertir, eu aprendi com esse livro e acredito que todos ao lerem, aprenderam algo também. Após uma pesquisa, vi que nenhuma pessoa que leu criou aversão com a história e eu sei o motivo disso: sua excelente trama e sua boa construção. Não foi só a ideia que foi atípica, mas todo o desenvolvimento em si. Um romance lindo, sofrido, inspirador e totalmente indicado. Todos deveriam ler, imediatamente. 

Primeiro parágrafo do livro: “Beleza. Vaidade. Perfeição. Três palavras que a minha mãe adora. Significam mais para ela do que o marido, as filhas e a vida. Se ela não tivesse esses atributos, preferia estar morta. Se eu não tivesse esse atributos, ela me repudiaria. Ser impecável. Brilhar luminosamente. Nunca, jamais, fazer algo abaixo da excelência. Essas são as regras dela e a vaidade que constituem a minha vida. E o meu pai não é melhor. Na verdade, acho que ele pode ser até pior, porque, mesmo com beleza, perfeição e excelência, eu nunca sou boa o bastante.” 
Melhores quotes: “Mas uma coisa que aprendi depressa foi que você não consegue se desvencilhar da vida, não importa o quanto queira.”
"Desculpas são para os fracos. Se você admitisse que cometeu um erro, e que continua a cometê-los, então talvez fosse capaz de finalmente corrigir seus atos."

 

                Selo-vermelho


Foram divulgados o poster oficial e o trailer de "A Quinta Onda", adaptação do livro (publicado no Brasil pela Editora Fundamento) que foi escrito por Rick Yancey. O filme estreia em janeiro de 2016 e tem como diretor, J. Blakeson e como roteirista Susannah Grant. Confira!


Sinopse do Livro: Depois da primeira onda, só restou a escuridão. Depois da segunda onda, somente os que tiveram sorte sobreviveram. Depois da terceira onda, somente os que não tiveram sorte sobreviveram. Depois da quarta onda, só há uma regra: não confie em ninguém. Agora inicia-se A QUINTA ONDA. No alvorecer da quinta onda, em um trecho isolado da rodovia, Cassie foge deles. Os seres que parecem humanos, que andam pelo campo matando qualquer um. Que dispersaram os últimos sobreviventes da Terra. Cassie acredita que, estar sozinho é estar vivo, até que conhece Evan Walker. Sedutor e misterioso, Evan Walker pode ser a única esperança de Cassie para resgatar seu irmão — ou até a si mesma. Mas Cassie deve escolher entre a esperança e o desespero, entre a rebeldia e a entrega, entre a vida e a morte. Entre desistir ou contra atacar.

           

O que vocês acharam do poster? E do trailer? Já ouvi falarem muito bem desse livro e sua adaptação me deixou mais ansiosa ainda para apostar na leitura! 


Olá leitores! Foram divulgados a Capa e sinopse de "The Siren", que está previsto para ser lançado, através da Editora Seguinte, em 2016, no Brasil. O livro foi escrito antes mesmo da renomada série "A Seleção", porém, Kiera Cass o havia deixado "dentro da gaveta". Confira a capa internacional e a sinopse:



Sinopse: Uma sereia que possui a voz fatal. Seu dever é servir o Oceano, atraindo humanos para a morte nas águas. Akinli é humano, belo, gentil e é tudo que Kahlen sempre sonhou. O amor coloca os dois em perigo… mas Kahlen não consegue se distanciar. Será que ela vai arriscar tudo para seguir seu coração?

 O que acharam desta capa maravilhosa e da sinopse, estou muito ansiosa por este lançamento e vocês? Conte-nos!


Livro: Brilhantes 
Título Original: Brilliance 
Autor (a): Marcus Sakey
Editora: Galera Record
Páginas: 476
ISBN: 9788501052742

Sinopse: A partir de 1980, um por cento das crianças nascidas no mundo começou a apresentar sinais de inteligência avançada. Essa parcela da população, chamada de “brilhantes”, é vista com muita desconfiança pelo restante da humanidade, que teme a forma como esse dom pode ser usado. Nick Cooper é um deles, um agente brilhante treinado para identificar e capturar terroristas superdotados. Seu último alvo está entre os mais perigosos que já enfrentou: o responsável pelo maior ataque terrorista dos últimos tempos, na bolsa de Nova York, que pretende começar uma guerra civil. Para capturá-lo, Cooper precisa se infiltrar em seu mundo e ir contra tudo em que acredita. Brilhantes apresenta um universo ao mesmo tempo perturbador e incrivelmente semelhante ao nosso, onde um dom pode se tornar uma maldição.

SÉRIE "BRILHANTES"
    1.  Brilhantes
    2.  Um Mundo Melhor (sem previsão de lançamento)

   Nascido em Michigan, Marcus Sakey trabalhou como publicitário por dez anos antes de se tornar escritor. Seu trabalho já foi indicado a diversos prêmios, dentre eles o Strand Critics, o Reader's Choice e o ITW Thriller Awards. Também é roteirista e apresentador de Hidden City, um programa de turismo do Travel Channel. Atualmente, vive em Chicago com a esposa e a filha.

   O ano é 2013 e o presente é corrompido pelo passado. Desde 1980 tem nascido cada vez mais crianças com habilidades excepcionais: reconhecimento de padrões, captação de sentimentos e outras variedades de dons relacionados a super inteligência. Os cientistas embora não conheçam a completa extensão dos dons, sabem que algo notável está acontecendo: não está nascendo apenas um prodígio por geração, mas um a cada hora do dia, todos os dias. Essas crianças superdotadas são chamadas de brilhantes ou anormais, superdotados, esquisitos, como a maioria chama. Porém há uma questão mais importante, com implicações arrasadoras. Uma questão que está na ponta da língua de todos, e que, no entanto, as pessoas não discutem  —  talvez por temerem a resposta. O que acontecerá quando essas crianças crescerem?
   Os brilhantes em grande maioria ainda são muito jovens, por isso não oferecem muita ameaça. Contudo, o governo tem planos para eles: algo como domar ou exterminar, se necessário. O DAR (Departamento de Análise e Reação), também chamado de Agência de Controle de Anormais, visa controlar os brilhantes que geralmente oferecem um risco a paz coletiva. Além disso, todas as pessoas, ao completarem oito anos, devem passar por um teste que determinaram se elas são ou não brilhantes, e no caso de serem, de qual escalão. O escalão de um brilhante depende de seu dom. Após o teste, os brilhantes são designados a uma Academia, onde passarão por um processo  —  ou controle, se preferir  —  que os ajudaram a controlar seus dons e seus sentimentos, principalmente.
   No meio disso tudo está Nicholas Cooper, mais conhecido como Cooper. Nick, brilhante do primeiro escalão, reconhecedor de padrões, divorciado, é o melhor agente do DAR. Treinado para identificar e capturar brilhantes que causam problemas e levá-los para interrogatório, se vê perdido quando descobre que sua filha, de apenas quatro anos, será testada antes do tempo. Determinado a não deixar que isso aconteça e que sua filha não vá para uma academia, ele tenta negociar com o diretor do DAR para que Kate, sua filha, não passe pelo teste. Sem sucesso, Cooper vê no fato de ter que capturar o terrorista mais perigoso que enfrentou, uma oportunidade. Se ele conseguir capturar John Smith, que pretende começar uma guerra civil, sua filha estará livre do teste e, também, da academia. Para capturar Smith, Nick precisa se infiltrar no mundo do terrorismo, da rebeldia, da conspiração e ir contra tudo que acredita, mas quando se trata de proteger sua família, ele faz tudo que puder, mesmo que isso lhe apresente um mundo ordinário e falso, onde política, preconceito, conspiração e revolução se misturam e fazem pensar.

   Quando achei que já tinha visto de tudo e encontrar coisas inovadoras seria difícil, aparece Marcus Sakey, com uma trama inteiramente inovadora e genial. Conheci Brilhantes quando a Galera divulgou a primeira capa — que foi modificada para essa, a atual — e criei grandes expectativas por abordar fatos que são geralmente vistos em filmes, como: ação, aventura, política, preconceito e revolução.  Posso afirmar que as expectativas não só se mantiveram satisfatórias, como se superaram. 
   Apesar de nunca ter lido algo de Sakey, o gênero não é novidade para mim, pois é algo que costumamos muito encontrar em distopias. Mas aí, a pergunta que não quer calar: Brilhantes é ou não distopia?  Bem, não diria que é inteiramente uma distopia porque não é uma trama futurista, porém tem todo o resto: mundo alternativo, guerras, ideia de mundo perfeito, opressivo controle da sociedade, preconceito nas classes, visão e discurso pessimista sobre o mundo e dezenas de outras características inerente a ficção distópica
   Narrado em terceira pessoa, Brilhantes tem uma trama bem difusa, que apesar de trabalhar mais o personagem Nick Cooper, nos deixa cientes de todo o resto. O fato de ter sido escrito em terceira pessoa acrescentou muito ao livro, pois trouxe um dinamismo incrível, aliado a uma boa construção de fatos e um excelente desenvolvimento das ideias propostas pelo autor. Sakey tem uma escrita maravilhosa e o que Michael Connely, autor de romances policiais, falou é inteiramente verdade: Marcus Sakey é um dos melhores narradores de todos os tempos. A narrativa acontece de forma bem detalhada, formal e dinâmica. O que não foi trabalhado, possivelmente, será desenvolvido no segundo livro, que ainda não tem data de lançamento no Brasil.


 — Se isso for verdade, significa que... que...
Cooper não conseguiu dizer as palavras, não conseguiu deixá-las flutuar no ar. Se isso fosse verdade, significada que todo o resto era mentira. Que ele não esteve lutando para evitar uma guerra. Que fez parte do estopim de uma guerra. Que as coisas que ele fez, os alvos que eliminou...
As pessoas que matou...
As pessoas que ele assassinou.
 — Não — falou Cooper.  — Não. 

   Possivelmente, muitos ao lerem essa resenha, pensarão que estou entregando muito do enredo, ou até mesmo contando tudo, mas a graça de Brilhantes é o fato dele te surpreender a cada página. Mesmo você sabendo o ideal da história, ela consegue te enganar perfeitamente, misturando suspense e aventura de uma forma nunca vista antes. Penso como coube tantos fatos em apenas 476 páginas! Apesar do excesso de informações, principalmente no início do livro, a trama é recheada de mistérios, conspirações, enganações e mesmo sabendo disso apenas pela sinopse, caímos muito bem na armadilha que o autor colocou na trama. E não adianta tentar, você também ficará surpreendido por Brilhantes
   Através dos agradecimentos, percebemos o quanto de ajuda e pesquisa o autor teve que se aliar. Percebemos também como ele soube dar vida a Brilhantes, usando de fatos verossímeis e possíveis, é claro. Acontece muito dos escritores "voarem" um pouco, mas em Brilhantes os fatos condizem inteiramente com a realidade e são plausíveis de possibilidades. O fato que mais chama atenção no livro é o fato de ser tão simples e ainda assim ser tão empolgante e envolvente, feito com personagens muito bem elaborados e idealizados na narrativa.
   Nick Cooper é o melhor agente do DAR, o que era, possivelmente, a organização mais poderosa do país. Com personalidade forte, com um dom incrível, ele tinha enormes recursos à disposição: podia acessar dados secretos, grampear linhas telefônicas, comandar agencias policiais e federais igualmente entre outras variedades de coisas. Contudo, Cooper também é pai de duas crianças e recém divorciado de Natalie, então tinha seus deveres para com a família, e era isso que ele mais priorizava. Tudo que fizera, tudo faz e ainda fará, ele faria em nome do bem da sua família. As atitudes de Nick, devido ao dom, são agradáveis e inteligentes, então é um personagem que em momento algum criamos aversão.
   Além de Cooper, a trama trabalha com outras variedades de personagens, como: John Smith, o terrorista mais perigoso do mundo, que apesar de ser sociopata — até onde sabemos —, é um mestre enxadrista, o equivalente estratégico de Einstein; Shannon, brilhante do primeiro escalão, principal agente de Smith e Drew Peters, diretor do DAR, que ajuda Nick com seus planos. No todo, os personagens são muito bem construídos, com um desenvolvimento fluido e um aspecto bem próximo do real. Como estamos nos tratando de policias, terroristas, agentes, e pessoas com dons, encontramos nos personagens personalidades fortes, vibrantes, revolucionárias, com uma visão de mundo ampla e inteiramente inspiradora.


    A única crítica negativa de Brilhantes que posso ressaltar são os diálogos confusos. Realmente, em algumas parte do livro, senti a necessidade de retornar na narrativa para entender quem estava falando. Isso foi um pequeno erro do autor, provocado pela falta de incisos em algumas conversações do livro. Apesar disso, como já deixei claro anteriormente, o livro é muito bom e não acho que esse pequeno "probleminha" comprometeu tudo. É uma coisa que acontece, apesar de ser extraordinário, Brilhantes também tem pecados, como qualquer livro, só que o único pecado que encontrei nele foi esse. 
   A edição da Galera Record, como sempre, é claro, ficou genial e inteiramente maravilhosa, profissionalmente falando. A capa passou por uma mudança inicialmente e acredito que ambas representam muito bem a história, porém a atual ficou muito boa e ainda melhor que a primeira. Acredito que essa capa reforçou mais o gênero do livro, em todos os aspectos. A diagramação em si, também ficou muito boa, com um design interno muito caprichado, sem contar os interlúdios que temos entre os capítulos como: trechos de editoriais, frases, panfletos sobre os brilhantes e etc. Encontrei alguns erros de revisão, mas que não comprometem o entendimento de nenhuma forma. O papel usado foi o off-white, quase amarelinho e o livro tem uma fonte muito agradável. Todas as parabenizações a Galera Record, ficou divina a edição brasileira de Brilhantes, melhor que a original. 
   Por fim, Brilhantes é um livro realmente adorável e muito bem escrito. Acredito que os fãs de distopias, assim como eu, não vão só adorá-lo como morrer de ansiedade pelo segundo livro. A narração é genial e o desenvolvimento é ainda melhor. Prepare-se para rever seus conceitos e observar o mundo de outro ângulo. Com muita ação, aventura, terrorismo, conspiração, reviravoltas, inverdades, esse livro consegue ser mais que bom, consegue ser brilhante, nos dois sentidos da palavra. Altamente viciante e recomendado!

Primeiro parágrafo do livro: "O apresentador de rádio disse que vinha uma guerra por aí, falou como se estivesse ansioso por ela, e Cooper, sentindo frio sem casaco na noite do deserto, achou que o cara do rádio era um babaca."
Melhores quotes:"Esse era o mundo. O único que eles tinham. Ninguém disse que seria perfeito."
"Para mim, é uma questão de geração. Uma geração nasce, amadurece, chega ao poder, e, no fim das contas, passa o poder para a seguinte. Essa é a ordem das coisas. E, no entanto, a ordem foi interrompida."
"As pessoas não querem a verdade, realmente. Querem vidas seguras, aparelhos eletrônicos bacanas e geladeiras cheias."



Olá, leitores! A editora Leya acaba de divulgar a capa de Devoção, terceiro volume da trilogia Surrender, da autora Maya Banks, o lançamento está previsto para o final de setembro. Confiram a capa e sinopse:


Chessy e Tate estão casados há anos. No início, o relacionamento deles era tudo o que Chessy queria. Ela oferecia ao marido a submissão e, em retribuição, ele cuidava para que ela se sentisse completamente segura e feliz. Porém, em alguns anos, Tate passou a dar menos atenção a Chessy, fazendo com que ela se sentisse em segundo plano. Cada vez mais infeliz em um casamento que havia sido, um dia, tudo o que ela tinha sonhado, Chessy sabe que algo de muito urgente precisa ser feito, antes que coloquem tudo a perder. Tate ama sua esposa.. Sentir-se provedor de Chessy sempre foi sua prioridade. Mas, ultimamente ela aparenta estar distante e infeliz, deixando-o preocupado. Tão preocupado que decide organizar uma noite muito especial, que pode reacender a chama que existia neles no começo. Mas, uma ligação no momento errado quase coloca tudo a perder: a segurança de Chessy, o plano de Tate, a crença no amor… Ao perceber que estava prestes a perdê-la, Tate prepara-se para o grande embate da sua vida. Decidido a reverter a situação a qualquer custo e conquistá-la novamente, ele vai mostrar a ela que nada é mais importante do que o amor que sentem um pelo outro.

O que acharam da sinopse e dessa capa maravilhosa? Gostei muito da sinopse e estou muito ansiosa para ler; e vocês?



Livro: Ovelha
Autor: Gustavo Magnani
Editora: Geração Editorial
Páginas: 227
ISBN: 9788587303253

Sinopse: Este livro, estreia impressionante de um jovem e talentoso escritor, é o relato pecaminoso de um decadente.  A história de um homem religioso e carismático, temente a Deus, mas amante insaciável de sua própria carne exótica, a carne de outros homens. Um pastor gay, casado com uma ex-prostituta, filho de uma fanática religiosa. Neurótico e depravado. E agora condenado. Internado num hospital, debilitado e com um segredo de uma tonelada nas costas, este personagem atormentado decide libertar-se de seus demônios e relatar seu drama. Num relato cru e sem censura, ele literalmente vomita seus trinta anos de calvário e charlatanice na cara da congregação (e de qualquer um que se interesse por um bom inferno). Sexo, paranoia, corrupção e destruição são os ingredientes tóxicos dessa obra provocante, polêmica e inovadora.

O jovem escritor paranaense Gustavo Magnani, também idealizador do maior blog literário do Brasil – Literatortura –, apresenta em primeira mão sua mais nova estreia no universo literário: Ovelha: memórias de um pastor gay, com a promessa de ser mais um best-seller nacional, enriquecendo nossa literatura brasileira contemporânea com um tema inovador para os dias atuais.
Todos sofrem dilemas ao longo do caminho que percorrem na vida. Mas algumas pessoas se deparam com peculiaridades vistas pelos olhos de muitos como sendo improváveis, ou como aberrações – visões que podem ser influenciadas por vários meios, como o religioso, por exemplo. E é exatamente essa a trama do livro, ao retratar as memórias de um pastor que, ao se descobrir homossexual, lutou contra tudo em que acreditava e contra si mesmo para aceitar-se como tal – o que, em momento algum, ocorre de fato, pois ele buscava todas as saídas possíveis para se ver "livre" do que sentia, mas, ao mesmo tempo, seus esforços acabavam sendo em vão quando ele não resistia a fazer o que considerava (e pregava) ser errado.
Enfermo, internado num hospital católico, o pastor, vendo-se a beira da morte, resolve escrever uma espécie de carta, que acaba se transformando em relatos aleatórios sobre sua vida e sobre seus pensamentos acerca do mundo religioso em comunhão com o resto do mundo. Medindo de acordo com o que fez ou viu enquanto tentava conciliar sua vida dupla: uma dentro de casa e da igreja, com seus filhos, sua mãe e sua esposa; e a outra, desregrada, marcada pelo adultério com homens e mulheres, com os quais, de certa forma, chegou a construir histórias que o marcaram.
Além disso, deixa claro que as memórias também servem para que ele peça perdão a todos aqueles a quem magoou ou enganou com a vivência dessa dualidade, a qual escondia muito bem. Dividido em quatro partes, o livro mostra a imagem de um homem decadente, covarde e infeliz, pressionado pela própria mãe e pelo peso que ele acatou que ela pusesse às suas costas, alguém que não soube aceitar a si mesmo por estar preso a dogmas ligados mais às outras pessoas do que à própria religião.

Aceitei ler o livro de bom grado por acompanhar o canal do YouTube e o blog literário do autor, que sempre citava o livro e quando ele seria lançado, fazendo com que me interessasse cada vez mais pela história. Sua peculiaridade em meio a outras leituras do tipo que já tive acesso, e sua promessa de polemizar a questão “homossexualidade vs. religião” era-me muito atrativa. O lado polêmico e provocativo não chegou a me afetar totalmente, mas a linha de pensamento me deixou satisfeita, tocando em assuntos pungentes para quem, como eu, segue a religião cristã.
A narrativa seguiu de forma aleatória, e, já no início, o autor utilizou-se da metalinguagem, fazendo com que o personagem explicasse para o leitor que em alguns momentos faria uma narrativa linear, e, em outros, apenas filosofaria, dissertaria sobre o que lhe viesse à mente — tão moribunda quanto o corpo. Uma linguagem muito bem trabalhada (imposta de um jeito a combinar com o que era narrado em seus capítulos curtos), ora polida, ora informal, cheia de vícios, símbolos cibernéticos fazendo menção à sexualidade e palavrões – esta segunda forma, dando um peso maior à história. Também captou perfeitamente a linguagem usada em cultos de adoração comuns em igrejas protestantes.

"O empirismo não é a base de todo raciocínio lógico... se fosse assim, silenciaríamos os estudiosos de leis gays porque são héteros? Parece-me tanto uma disputa de ego, meu pastor: quem está no privilégio de dizer? Quem tem as melhores articulações, não quem sofreu na pele".

Alguns capítulos me chamaram atenção por serem reservados a uma opinião própria, sendo social e religiosa, fugindo, como sempre, da linearidade, e mostrando uma visão de mundo sincera e brutal. Uma alta dose de sarcasmo foi um ponto essencial da história, deixando de lado o politicamente correto que se faz presente (e isso pode ser visto com bastante frequência nos tempos atuais) em todos os âmbitos, especialmente sociais e religiosos. A quebra desse tabu na narrativa tornou tudo mais leve – e, em minha visão, não tanto provocativo como parecia propor (o que não significa que algumas pessoas não podem escandalizar-se).
Por momentos, pensei que o livro sofria de erros de revisão, pois o emprego de letras minúsculas nas iniciais de nomes próprios e em referências à Deus era muito frequente, mas, então apercebi que, quando outra pessoa citava os tais nomes, a inicial maiúscula era empregada. Então, provavelmente a diferença estava com o personagem narrador: como quando citava a sua mãe, por exemplo, era sempre como “Mamãe”, e um parentesco tratado com inicial maiúscula dá um significado de superioridade, o que faz todo o sentido ao decorrer da história.
   A mãe do protagonista era posta na berlinda em muitos capítulos, e, em alguns momentos, parecia mais superior que Deus na vida do pastor; pela sua autoridade que empurrara o filho pelos caminhos que ela achava que ele deveria seguir. O personagem afirma que não havia escapatória, que seu destino fora traçado por Deus e pela mãe, negando o livre-arbítrio que — pela religião que pregava — devia acatar. Foram personagens construídos com o mais alto grau de humanidade – com muitos erros, acertos, pecados, corrupções, hipocrisias, etc. — e, em cada um deles, o protagonista encontrava um refúgio, algo em que se apoiar para justificar suas falhas, desde seus “amores proibidos”, até seus filhos, a quem dedicou todo o amor e as melhores palavras das memórias.


Apesar da editora Novo Conceito ter publicado "Desafio de Ferro", o primeiro volume da série Magisterium, será a Galera Record que publicará a sua sequência. "A Luva de Cobre", das autoras Cassandra Clare e Holly Black está previsto para estrear em outubro no Brasil! Confira: 


Sinopse: Um universo repleto de intrigas, onde crianças aprimoram seus poderes em uma escola de magia chamada Magisterium, com Mestres que temem a volta do mago mais poderoso, e ambicioso, de todos os tempos, o Inimigo da Morte. Nesse volume, o aprendiz de mago Callum Hunt precisa encontrar uma antiga arma mágica roubada do Magisterium. A luva de cobre é capaz de arrancar a magia de uma pessoa e destruí-la completamente. Ao mesmo tempo, ele tem de decidir se conta aos amigos que, dentro dele, vive a alma do Inimigo da Morte, apenas à espera do momento perfeito para retomar sua escalada pelo poder.

O que vocês acharam dessa mudança de editoras? E da capa? Gostei muito da sinopse e pretendo apostar na série!



Livro: Encruzilhada
Título original: Pivot Point
Autor (a): Kasie West
Editora: Seguinte
Páginas: 304
ISBN: 9788565765718
Sinopse: "A vida de Addison Coleman é um grande “e se…?”, graças à sua habilidade especial: Investigar Destinos. Addie é capaz de prever duas possibilidades de seu futuro toda vez que precisa tomar uma decisão. Quando os pais dela anunciam o divórcio, a garota deve escolher se vai morar com o pai entre os Normais ou se prefere ficar com a mãe no Complexo Paranormal. Para ter certeza do que a espera, Addie resolve Investigar. Em uma alternativa, ela conhece Trevor, um Normal sensível com quem logo sente uma conexão. Na outra, se envolve com Duke, o garoto mais popular da escola Paranormal. E agora, em qual futuro Addison estará disposta a viver?"

   Addison Coleman tem uma vida relativamente comum para uma garota com poderes paranormais. Ela está no penúltimo ano do colégio, tem uma melhor amiga e vive a vida como qualquer garota... isto é, até seus pais anunciarem que estão se separando, e que ela precisa escolher com qual deles vai ficar: com a mãe, que tem um cargo importante na comunidade Paranormal, que é tudo que Addie sempre conheceu, ou com o pai, que irá se mudar do Complexo Paranormal e ir viver entre os Normais, os seres humanos sem poderes. 
   Apesar de não gostar de usar sua habilidade em excesso, Addie sabe que dessa vez trata-se de algo grande. Ela começa uma Investigação — o seu poder de, quando entre duas escolhas, ver como sua vida se desdobraria em cada um dos caminhos que ela poderia seguir, para, depois, decidir qual caminho irá trilhar. Mas é quando tanto um, quanto outro futuro, parecem bons demais para ser verdade, que ela se encontra frente a uma decisão maior do que ela jamais poderia sonhar. 

   A primeira vez que me deparei com Encruzilhada foi por acaso, ao me familiarizar com os lançamentos da Seguinte para o mês. Desde o início, o livro me chamou atenção pela sua proposta ousada, e, pelo meu conhecimento, inédita: me pareceu um incrível desafio para um autor contar duas histórias ao mesmo tempo. Não apenas duas histórias, mas sim duas versões do mesmo enredo, de modo alternado. Fiquei muito empolgada, e, assim que recebi o livro, é claro que minhas expectativas eram altíssimas – e, posso dizer com felicidade, Encruzilhada fez jus a cada uma delas. 
   Trata-se de um enredo que é, em sua essência, bastante juvenil – e confesso, geralmente esse não é um gênero que me agrada. O modo como a autora resolveu dar andamento a sua obra, contudo, foi, para mim, a grande magia do livro. Foi a maneira simples, porém instigante, que Kasie West escolheu para narrar os fatos que me deixaram mais e mais presa ao universo de Encruzilhada, e, quando me dei conta, já estava terminando o primeiro volume. 
   A narração do livro é dada em primeira pessoa, pela própria Addie. Apesar de, pessoalmente, preferir a narração onisciente, estou certa de que a primeira pessoa foi, aqui, extremamente necessária e benéfica à história, dando ao leitor aquele empurrãozinho que faltava para mergulhar de cabeça no universo narrado. E isso funcionou perfeitamente: como estamos dentro da cabeça da protagonista, é deveras mais fácil entender suas habilidades e como elas a afetam, já que, para Addie, tudo o que ela vive durante as Investigações são como lembranças reais. 
   Utilizando de uma linguagem mais coloquial, preocupando-se em adotar o uso de algumas gírias e de um vocabulário mais teen, justamente pela idade de seus personagens, trata-se de uma narração agradável e fluída. Como já afirmei, é extremamente fácil ler diversas páginas e, durante esse ínterim, não notar a quantidade; a facilidade de compreensão e escrita dinâmica de Kasie West, sempre se preocupando em adicionar acontecimentos interessantes ou criar expectativas, contribuem tremendamente para isso. 
    Em relação aos personagens, tive, durante boa parte do livro, minhas dúvidas sobre como eu me sentia para com eles. Acabou que somente ao final dessa obra pude ter certeza do que pensava, e não poderia ter ficado mais feliz. A autora foi muito capaz ao criar personagens principais verdadeiros, com suas diversas qualidades, mas também diversas faltas, agindo passionalmente, de modo coerente ao comportamento humano. 
   Em relação a Addie, ela foi uma personagem que me confundiu um pouco quanto a suas atitudes, mas que acabei gostante bastante com o transcorrer da história, apesar de ela ser notavelmente imatura no início. O que achei mais interessante foi como a autora acabou criando “duas Addies”, com os dois cenários diferentes: deu para ver as reações e pensamentos divergentes dela, com, por exemplo, as mesmíssimas situações, e isso era fascinante. 
   Creio que a única crítica que eu tenha a fazer em relação a história foi que, diversas vezes, senti como se a autora estivesse tão focada em desenvolver o casal protagonista – tanto de um lado da Investigação, quanto do outro –, que esqueceu um pouco de desenvolver restante das pessoas que Addie convivia. Assim, deu para notar que os personagens secundários tiveram pouco espaço pelo foco tão grande em Addie e um dos meninos, e algumas de suas atitudes acabaram muito mal explicadas. 


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