Olha só a novidade! A Rocco finalmente pronunciou-se sobre a publicação de Harry Potter and the Cursed Child (Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, em tradução livre). A história se passa anos após o sétimo livro, e é baseada no roteiro de uma peça teatral organizada por J. K. Rowling, que tem data de estreia para o segundo semestre, em Londres. O livro segue as histórias dos filhos de Harry, Hermione e Ron, e terá duas edições, uma do roteiro, e outra definitiva e completa, que substituirá a primeira. Confira a capa abaixo e no post da Rocco tem link direto para maiores informações.


Sinopse: "Sempre foi difícil ser Harry Potter e isto não continua tão fácil para ele sendo agora um funcionário sobrecarregado do Ministério da Magia, um marido e pai de três filhos.Enquanto Harry luta contra um passado que se recusa a ficar onde pertence, seu filho mais novo, Alvo, deve lidar com o peso de um legado familiar que ele nunca quis. Conforme o passado e o presente se fundem perigosamente, ambos pai e filho aprendem a incômoda verdade: algumas vezes, a escuridão vem de lugares inesperados.”

Sim!!!!! Vai ter e é nosso!Harry Potter and the cursed Child partes I e II no Brasil!!Confere lá no blog! :)
Publicado por Rocco Jovens Leitores em Sábado, 26 de março de 2016


Gostaram da novidade? Nós amamos e aguardamos com ansiedade mais esse sucesso. A primeira edição sai em Outubro desse ano.


E a coluna Entre Páginas e Telas está de volta, dessa vez para falar de uma das séries mais comentadas do ano. Sim, isso mesmo, estamos falando de Shadowhunters, adaptação televisiva da série de livros Os Instrumentos Mortais, de Cassandra Clare, publicada no Brasil pela Galera Record. Shadowhunters vem dando o que falar desde a data de sua estreia, e desde lá tanto a audiência quanto as opiniões variam muito. Leia a crítica a seguir e descubra uma opinião diferente sobre essa série que na verdade está longe de ser o que a maioria das críticas dizem.

                                            Poster oficial da série.                Nova capa de Cidade dos Ossos,
                                                                                                   primeiro livro da série.    

   Shadowhunters estreou no dia 12 de Janeiro de 2016, nos Estados Unidos, uma produção do canal novato Freeform, um novo "selo" do grupo ABC, que produz séries como "How To Get Away With Murder" e "Once Upon a Time". Com uma ambientação mais ao estilo young adult e fantasy urban, a série conta a história de Clary Fray e o misterioso mundo das sombras. Mundo este que ela nunca imaginou fazer parte, mas que descobre que está inserida nele muito mais do que gostaria. Após descobrir que faz parte de um grupo de humanos nascidos com sangue de anjos, e que descende de uma linhagem de Caçadores de Sombras (shadowhunters), Clary terá que aprender a caçar demônios, ser aquilo a qual estava destinada. Mas logo após a descoberta de sua verdadeira identidade, mantida em segredo até os 18 anos, Clary descobre também que sua mãe guarda um importante artefato, O Cálice Mortal, um dos instrumentos mortais. Surge então a misteriosa figura do vilão Valentim Morgenstern, que acaba por sequestrar Jocely, mãe de Clary, na tentativa de recuperar o tão sonhado cálice, capaz de criar novos shadowhunters. Se Clary temia o mundo das sombras, agora ela precisa se aliar a ele, ou nunca encontrará sua mãe. 
   Sim, uma boa história, que, até o momento, vem sendo muito bem desenvolvida pelo canal Freeform e os roteiristas. Vale lembrar que essa não é a primeira vez que adaptam a série Os Instrumentos Mortais. Em 2013, a Sony Pictures adaptou o primeiro livro da série, Cidade dos Ossos, para uma longa metragem que recebeu o mesmo nome do livro. Contudo, foi um fracasso de bilheteria, obrigando a produtora a cancelar os outros filmes. Mas porque foi um fracasso de bilheteria, sendo que a série de livros figura-se entre uma das mais vendidas do mundo? Bem, eu particularmente, gostava do filme até ter lido os livros. Os produtores fizeram as "coisas" muito do jeito deles, com características um tanto quanto distintas da série de livros, o que não agradou de nenhuma forma os fãs da saga. Após dois anos, Cassandra Clare anunciou que Os Instrumentos Mortais viraria  uma série televisiva, e a animação dos fãs se ascendeu novamente. Não seria possível que iriam "errar" por uma segunda vez, certo?
T R A I L E R
Clary Fray acaba de se matricular na Academia de Arte do Brooklyn. Em seu aniversário de 18 anos, ela descobre que é uma Caçadora de Sombras, um ser humano meio anjo, que tem como tarefa proteger os humanos de demônios. Naquela noite, a mãe de Clary, Jocelyn Fray, é raptada por Valentim, um antigo Caçador de Sombras desonesto, que criou seu próprio "Círculo". Com sua mãe ausente, Clary se volta para Luke, antigo amigo da família, e a única pessoa na qual ela confiava, mas acaba sendo traída. Clary se junta com um bando de Caçadores de Sombras para salvar sua mãe e descobre poderes que ela nunca soube que possuía. Clary é lançada no mundo de caça aos demônios junto do misterioso Caçador de Sombras, Jace, que é acompanhado por Isabelle e Alexander Lightwood, e seu melhor amigo, Simon Lewis. Agora vivendo entre fadas, feiticeiros, vampiros e lobisomens, Clary começa uma jornada de autodescoberta enquanto aprende mais sobre seu passado e percebe como poderá ser seu futuro.


Olá, leitores! Na coluna de hoje, teremos músicas que combinam perfeitamente com o livro Uma História de Solidão, do aclamado John Boyne (vejam aqui a resenha da obra).

Abrindo com um Rock and Roll clássico da nossa MPB (Liberdade, de Raul Seixas), é possível se deparar com a revolta e rebeldia contida na letra. Algo que o protagonista Odran, nunca teve coragem para demonstrar. Porém, o que a música faz, é retratar exatamente o que se passa na consciência de alguém que calou-se por tanto tempo e, na oportunidade que tem para expressar-se, revela toda a sua dor.


A próxima é Help Me, do rei Elvis Presley. Foi considerada uma música gospel, portanto destoa um pouco do repertório deste ícone do Rock. Em sua letra, clama por Deus, para que não se sinta mais tão só. Para o enredo, que tem como protagonista um padre que vive no silêncio de sua solidão e de sua tão bem forjada ignorância, não poderia se encaixar melhor:


Bem, leitores, esse foi o repertório de hoje. Agora quero saber o que acharam! Já leram o livro? Há outras músicas que poderiam entrar na lista também? Comente conosco! 


Livro: Espada de Vidro
Título original: Glass Sword
Autor (a): Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 496
ISBN: 9788565765947
Sinopse: O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar.Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.

SÉRIE "A RAINHA VERMELHA"
  1.5  Coroa Cruel
    2.  Espada de Vidro
    3.  (nome não divulgado)
    4.  (nome não divulgado)

Victoria Aveyard cresceu numa cidadezinha em Massachusetts e frequentou a Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles. Ela se formou como roteirista e tenta combinar na sua escrita seu amor por histórias, explosões e heroínas fortes. Seus hobbies incluem a tarefa impossível de prever o que vai acontecer em As Crônicas de Gelo e Fogo, viajar e assistir Netflix. A Rainha Vermelha, primeiro livro da série Red Queen, já vendeu milhares de exemplares no mundo e venceu prêmios como o GoodReads, que premiou os melhores livros de 2015

   Espada de Vidro começa no instante em que A Rainha Vermelha é finalizado, onde a vida de Mare Barrow foi modificada completamente, nos poucos meses em que ela passou no palácio da família real de Norta. Após ter descoberto que possuía poderes especiais, mesmo sendo uma vermelha, e de ser acusada de ataques rebeldes, Mare encontra refúgio na Guarda Escarlate, onde inicialmente os vermelhos não a tratam como uma igual. Apesar de seu sangue ter a mesma cor, ela é ao mesmo tempo temida e desprezada por ter poderes que nenhum outro vermelho tem — o quase nenhum. 
   Antes de fugir do palácio, Mare conseguiu uma lista com nomes de outros que tinham sangue vermelho e poderes prateados — e eram mais fortes que ambos. Sem se encaixar direito em nenhum desses dois mundos, Mare faz de tudo para encontrar seus semelhantes, já que formar um exército de sanguenovos será decisivo para que a rebelião triunfe. Enquanto parte em viagens arriscadas por vários cantos do país para recrutar cada um deles, Mare descobre vermelhos com poderes inimagináveis, como possuir um corpo indestrutível, mudar completamente a aparência ou até mesmo voar. 
   Mas ela não é a única atrás dos sanguenovosMaven, o rei, e a Rainha Elara não veem a hora de destruí-los e, por mais que se esforce, a garota não consegue salvar a todos, e chega até a cair em emboscadas do rei. Mare é a principal arma da rebelião, a garota elétrica, a Rainha Vermelha, mas será que ela vai se estilhaçar sob o peso das mortes que não pôde evitar, ou vai se tornar cada vez mais forte, vermelha como a aurora?

   Gente, se a Editora Seguinte não fosse puxar minha orelha, resumiria a resenha em apenas uma frase: leiam, porque é incrível. E não estou exagerando, estou sendo muito sincero, principalmente porque faz um bom tempo que uma distopia não me prendia como aconteceu com A Rainha Vermelha e Espada de Vidro. Já é de conhecimento geral que, quase sempre, os autores tendem a se perder quando transitam de um livro à sua continuação, certo? Mas, inacreditavelmente, não é o que acontece em Espada de Vidro. Acontece algo ainda mais inesperado: percebemos uma evolução significativa no estilo narrativo da Victoria, como se finalmente ela tivesse encontrado seu rumo, sua direção e estilo.
   A narrativa continua inteligente, só que bem melhor da que está presente no primeiro livro. Apesar da extensão do livro — digo em número de páginas — nada é absolutamente enrolado, tampouco excessivamente descrito. É meio a meio, e assim, num ritmo eletrizante, como Mare Barrow, as coisas são levadas, numa trama que pode ser nomeada de tudo, menos de lenta. Eu diria que, apesar de tudo, devorei Espada de Vidro.
   Distopia, que na verdade não é um gênero (viu, gente?), é um dos pensamentos filosóficos que mais admiro numa obra de ficção, e não poderia ser diferente dessa vez, principalmente porque Espada de Vidro, como toda a série A Rainha Vermelha, até então, é uma obra que se sobressai em meio a tantos clichês. E quando digo isso, não é simplesmente sem ter ou comprovar fatos. Já li centenas (sério!) de distopias e A Rainha Vermelha, apesar de inspirada em outros ícones literários, possui um estilo próprio, que vem a ser salientado melhor em Espada de Vidro.

“Antes, eu acreditava que o sangue era tudo no mundo, a diferença entre a luz e a escuridão, uma divisão irrevogável e intransponível. Tornava os prateados poderosos, frios e brutais, desumanos até, quando comparados aos meus irmãos vermelhos. Mas pessoas (…) me mostraram como eu estava errada. Os prateados são humanos como nós, cheios dos mesmos medos e esperanças. Não estão livres do pecado, mas também não estamos. Nem eu estou.”


A Fox Film (finalmente!) divulgou o trailer da tão esperada adaptação cinematográfica de O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, sucesso de Ransom Riggs. A adaptação é uma superprodução do renomadíssimo diretor Tim Burton, que dirigiu também Alice no País das Maravilhas e Edward Mãos-de-Tesoura, e é estrelado por Eva Green, da série de terror Penny Dreadful, no papel da Srta. Peregrine.



No Brasil, a Leya publicou o primeiro livro e a Intrínseca publicou recentemente Cidade dos Etéreos, segundo livro da série, que, inclusive, será resenhado muito em breve aqui no blog. Fiquem ligados! Ah, e quanto ao trailer? Gostaram? É, vindo de Tim Burton, só precisamos esperar boas coisas mesmo. A estreia é no dia 30 de Setembro. 


Olha mais um sorteio aí, gente!!! Já estavam com saudade, né? Temos uma notícia ótima para os amantes de sorteios. A Editora Intrínseca cedeu gentilmente um exemplar de "Depois de Você", novo livro da Jojo Moyes, para sortearmos entre nossos leitores. Ah, mas eu não conheço Depois de Você. Conhece, sim! Depois de Você é, segundo o PublishNews, um dos livros mais vendidos do momento, e é a continuação do sucesso Como Eu Era Antes de Você que ganhou uma adaptação cinematográfica que estreia este ano. Ah, mas eu não li o primeiro. Mas se você ganhar o segundo, já é um gasto a menos, hein? Anda, participe!

Sinopse: Em Depois de você, sequência de Como eu era antes de você, Lou ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do terraço. O terrível acidente a obriga a voltar para a casa de sua família, mas também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la.Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece estar se encaixando, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.


REGRAS E ESCLARECIMENTOS

1- Para participar é necessário ter endereço de entrega no Brasil.
2- Se inscrever utilizando o formulário Rafflecopter acima. (Dúvida? Leia esse tutorial no UMO Blog)
3- O ganhador receberá um e-mail, e deverá responder enviando seus dados em até 72 horas. Caso não haja resposta do ganhador, um novo sorteio será feito.
4- A entrada "Compartilhar a imagem no Facebook" pode ser feita mais de uma vez. Para compartilhar a imagem mais de uma vez, contudo, você precisa preencher a entrada  "Compartilhar a imagem da promoção no Facebook" novamente: essa opção é válida uma vez por dia, e é necessário compartilhar a imagem no mesmo dia em que preencher o formulário. Ou seja, o compartilhamento precisa ser feito no mesmo dia em que você fizer a entrada no Rafflecopter; se você voltar a dar entrada no sorteio em outro dia, precisa de outro compartilhamento.
5- O sorteio começa dia 21/03 e termina dia 20/04. O resultado sai dias depois nesse mesmo post. 
6- A Editora Intrínseca é responsável pelo envio do livro. O blog não se responsabiliza pelo envio, e nem pelo possível extravio dos correios.
7- Se o ganhador não cumprir devidamente as regras (que serão, sim, conferidas), será desclassificado sem aviso prévio. 
8- As entradas correspondentes a comentários em postagens só serão validadas se os comentários forem pertinentes ao conteúdo do post. Comentários como "gostei da capa" e "muito interessante" não serão validados.

"E que a sorte esteja sempre com você!"





Depois da ascensão do mercado literário, outro ponto que está em alta são as séries de TV. Elas vem inovando a cada ano, temporada e a cada nova ideia. Tem pessoas que curtem um bom drama, uma boa fantasia, um toque mais pesado, policial, enfim... tem pra todo tipo e para todo gosto. Eu entrei na vibe de assistir séries, fielmente, no final de 2015 e, de lá pra cá, me surpreendi muito pela capacidade que elas, as séries que vi, tiveram de me surpreender. Pensando nisso, o TOP 5 de hoje é em homenagem a elas, em especial as minhas preferidas.

1- UNDER THE DOME
Muita gente pode achar estranho que essa série seja a minha preferida, mas ela é minha preferida não por avaliação profissional (porque tem isso ou aquilo), mas por questão de afinidade. Foi uma série em que me vi preso, animado, elétrico e que me chamou muito a atenção, principalmente pela história, que acabou elevando o ordinário ao extraordinário. A trama é bem única, trabalha mais com o psicológico das pessoas que nelas estão inseridas e em cada temporada temos uma abordagem, trabalhada com firmeza até meados da segunda temporada. A terceira foi um pouco fraca, principalmente pela pressa da produtora em terminar tudo e cancelar a série. Mas, ainda assim, cada segundo foi melhor que o anterior, e pode parecer ridículo (muito ridículo!), mas eu chorei quando fiquei sabendo que iriam cancelar a série. 

2- AMERICAN HORROR STORY
Jesus, eu amo essa série! Na verdade, tudo que é preternatural, fantástico e que trabalha muito com a questão do horror, do psicológico e das ações humanas, me chama muita atenção. Nunca tinha gostado de terror, nem de nada, e na esperança de conhecer e me adentrar mais no ramo, comecei a ver essa série. Acabei descobrindo muito mais do que queria, principalmente o mais importante: American Horror Story não é uma série de terror, é uma série de horror, e existe muita diferença entre uma coisa e outra. Contudo, gostei muito, principalmente por ser uma série antológica, onde cada temporada é uma nova história, ainda melhor que a anterior. Resumindo, assisti, aprendi a deixar de ter medo de coisas assustadoras, aprendi milhares de outras coisas e sou “fãzaço” do horror. 

3- GAME OF THRONES
Ah, essa eu nem preciso falar, né? Foi uma série que amei (amo) desde o início, principalmente pela produção, que é muito bem feita e pela trama que é mais bem feita ainda. George Martin, autor da série de livro na qual a série é inspirada, é um verdadeiro ícone da literatura clássica e moderna, visto que seus livros atravessaram décadas e ainda são capazes de mover o mundo com todas as suas extraordinárias peripécias. Fãs de fantasia medieval não podem deixar de assistir. Quem leu os livros, também tem de ver

4- SHADOWHUNTERS
É a série, que saiu este ano, inspirada em Os Instrumentos Mortais, de Cassandra Clare. É uma fantasia urbana que me pegou de jeito desde que li os livros e talvez eu só tenha amado muito a série graças aos livros. Tipo, acredito que me apegaria a tudo que envolve Os Instrumentos Mortais, porque eu realmente gostei muito — foi a primeira fantasy urban que eu li. A série ainda está exibindo sua primeira temporada e já me agarrou de jeito, apesar de sua aparente simplicidade.

5- SUPERNATURAL
Foi uma das primeiras séries que vi na vida, e, claro, não poderia deixar de estar nessa lista de homenagens. Acredito que esta é mais uma que não preciso dizer nada, certo? Suas mais de 10 temporadas, por si só, já dizem a qualidade do material. Indico para todos aqueles que gostam de uma fantasia também urbana, só que com um pouco mais de ação, demônios e, claro, pra quem se interessa por coisas macabras e tenebrosas. Não é uma série de terror, mas você aprende muita coisa.

E aí, quais são suas séries preferidas? Temos alguma em comum?
Ande, comente. Queremos saber sua opinião.



Livro: U'Yara, Rainha Amazona
Autor (a): Margarida Patriota
Editora: Saraiva
Páginas: 141
ISBN: 9788502225138

Sinopse: Lugar de mulher é na... Tribo Og. Isso mesmo! Porque lá os homens servem apenas para serviços como varrer, limpar e catar piolhos. É nesse lugar que nasce U’Yara, uma garota destemida cheia de ideias pioneiras e boas intenções que, para se tornar rainha, vai ter de engolir muito sapo – ou outro animal qualquer lá da Amazônia.Haja ternura para lidar com os desmandos de Murumu’Xaua, com crenças imutáveis e ultrapassadas e planos terríveis para tirar-lhe o direito ao trono.U’Yara terá de aprender a lidar com o querer de um povo, a mudar tradições arraigadas demais em pensamentos acomodados e, principalmente, a equalizar diferenças promovendo a igualdade, porque, para isso, vale a pena ser a rainha amazona.

      U’Yara, Rainha Amazona foi escrito por Margarida Patriota, autora de ensaios, cantos, romances, e dirigente do programa Autores e Livros da Rádio Senado. Publicado pela editora Saraiva em 2015, foi vencedor do prêmio Jabuti.
     A princesa U’Yara finalmente nasceu na tribo amazônica Og, uma comunidade onde somente mulheres podem governar, lutar, caçar e manter postos importantes, enquanto os homens ficam encarregados de varrer o chão e tarefas mais compatíveis com sua fragilidade. A tribo acreditava no poder das mulheres por razão da natureza ser obras da “Fauna” e “Flora” e por terem o dom de gerar novas vidas, permitindo o descaso e a exclusão dos membros masculinos. 
     Por sua mãe ter morrido durante seu parto, o pai de U’Yara teve a obrigação de se exilar da tribo — segundo as tradições impostas — e entrega U’Yara aos cuidados da sua terrível tia, Murumu’Xaua, que arquiteta planos para usurpar seu trono, cria tarefas difíceis para prejudicar a sobrinha, além de manter crenças ultrapassadas e preconceitos. E, apesar do sofrimento que lhe era infligido, U’Yara gostava da companhia de seu amigo e de aproveitar a natureza.
      Mas, diferente da ideia que a tribo transmitia, U’Yara achava a presença de seu pai importante e essencial, e sentia muito pela sua ausência. Cansada de enxergar a desigualdade na tribo Og, a princesa chega a conclusão que a tradição deveria ser quebrada para o bem de todos, e a igualdade de gêneros perante os direitos, estabelecido.


     Interessei-me por U'Yara, Rainha Amazona assim que li sua sinopse. Parecia mais um "daqueles livros" que são destinados ao público infanto-juvenil, que aparentam serem inofensíveis e simples, mas que carregam mais valores que muitos outros livros adultos. E eu não estava errada.
     Adorei ter contato com a narração de Margarida Patriota — que, aliás, eu não conhecia e acabei virando fã. Trata-se de uma narração em terceira pessoa, extremamente diferente e peculiar, muito detalhada e focada em minucias que a maioria dos escritores passam por cima. Entretanto, apesar da narrativa ter sido um ponto fortíssimo nessa trama, achei-a muito densa. O livro apresenta somente 144 páginas, mas demorei para lê-lo inteiro por causa de sua linguagem — que acredito ser pesada para crianças e adolescentes. É claro que é um prato cheio para enriquecer o vocabulário dos pequeninos, contudo, percebi que U'Yara, Rainha Amazona traria menos envolvência e incentivaria pouco interesse dos jovens por esse quesito. 
    O enredo traz inúmeros pontos a serem observados. Margarida nos presenteou com reflexões sobre assuntos importantíssimos como a natureza, por exemplo. Durante toda a leitura, observei a conexão dos personagens e da própria criadora desse universo com a natureza, a floresta, a essência vital. O respeito e a compreensão dos seres humanos perante a natureza foi um item bem desenvolvido. 
      Não obstante, temos o tema de "desigualdade de gênero" exposto de forma criativa, com o intuito de sensibilizar e promover a auto-critica. Achei genial Patriota ter invertido as funções do gênero e o modo como cada um é tratado. Desse modo, fica muito mais fácil para enxergar a desigualdade e o quanto ela é violenta e opressora. Parece que quando discutimos sobre a violência contra mulher, sua falsa fragilização, a "desimportancia" que recebe e a falta de direitos, fica difícil convencer as pessoas de que a desigualdade de gêneros é assustadoramente cruel e letal, pois foi naturalizada e ocorre há milênios, sem que muitos ergam suas vozes contra. Agora, quando se invertem os papéis, fica muito mais claro o quanto esse assunto é atual e precisa ser discutido.
      Mais importante ainda é perceber que a autora escolheu sensibilizar as crianças e jovens sobre essa temática, o que faz de U'Yara uma leitura fundamental, ainda mais no mercado editorial atual, que vem publicado inúmeros livros preconceituosos e sexistas. Além de ser uma história bonita, traz conteúdo e contribuições para sociedade.


   A Galera Record lança esse mês De Volta, terceiro livro da trilogia The 100, da autora Kass Morgan. A trilogia, de muito sucesso aqui e lá fora, já foi adaptada pela MTV para uma série de televisão, intitulada The 100, que já está em fase de lançamento da terceira temporada. Se eu fosse você não deixava de conferir. E um segredinho nosso: vai ter resenha do livro, em breve, aqui no blog. É um segredo, mas você pode espalhar, viu? Confira a capa e a sinopse:
Sinopse: Terceiro e último volume da série The 100, sucesso na MTV. Quando naves riscam o céu da Terra, os 100 sabem que mais pessoas estão deixando a colônia espacial. E esse pode ser o retorno definitivo da humanidade ao planeta. Glass sobreviveu à queda dos módulos de transporte. Ela experimenta as novas sensações de estar na Terra. Clarke, por sua vez, está comandando o resgate aos sobreviventes da colisão, mas não consegue parar de pensar em seus pais, que ainda podem estar vivos. Já Wells precisa encontrar uma forma de lidar com a nova ameaça à sua liderança. Os homens que detinham o poder na colônia estão decididos a manter a ordem na Terra segundo suas regras. Mas essa nova lei está longe de ser justa. Chegou a hora de os 100 lutarem por liberdade, em seu novo lar.

O que vocês acharam da premissa e da capa? Alguém acompanha a série e indica a leitura?  


Editora Suma de Letras publicará o terceiro livro da série "Na Companhia de Assassinos", intitulado "O Cisne e o Chacal". Escrito por J. A. Redmerski, famosa escritora de "Entre o agora e o Nunca", a obra está prevista para lançar em Abril. Confira: 



Sinopse: Meu belo cisne. Minha salvação e minha ruína.”
Fredrik Gustavsson nunca considerou a possibilidade de amar, ou que alguém viesse entender ou aceitar seu escuro e sangrento estilo de vida… até que ele conheceu Seraphina, uma mulher tão sanguinária e sedenta de sangue como o próprio Fredrik. Eles passam dois anos breves mas inesquecíveis juntos, cheio de luxúria, assassinato e o tipo mais escuro de amor que duas pessoas podem compartilhar.


Livro: Um Beijo Inesquecível 
Título Original: The Lost Sisterhood
Autor (a): Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
ISBN: 9788580414851
Sinopse: "Toda a alta sociedade concorda que não existe ninguém parecido com Hyacinth Bridgerton. Cruelmente inteligente e inesperadamente franca, ela já está em sua quarta temporada na vida social da elite, mas não consegue se impressionar com nenhum pretendente. Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga. Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele. Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há nada de tão simples – e de tão complicado – quanto um beijo."



   Em Um Beijo Inesquecível conhecemos, finalmente, a história de Hyacinth Bridgerton, a famigerada irmã mais nova dessa grande família. Conhecida por sempre falar o que pensa, sem quaisquer pudores, a moça é reconhecidamente inteligente e diferente do resto da sociedade da época. Prestes a estrear sua quarta temporada na sociedade – o período do ano no qual diversos bailes são promovidos, sendo a oportunidade perfeita e amplamente utilizada para arranjarem-se casamentos –, Hyacinth está sendo amplamente pressionada por sua mãe, Violet, para casar-se. As intenções de  casamento para com a jovem diminuem a cada ano, sendo ela conhecida por sua personalidade independente, espirituosa e excêntrica. 
    Hyacinth, contudo, está decidida a não casar-se com alguém que a faria "morrer de tédio", e não encontrou em nenhum homem qualidades que a chamassem atenção. Quando o neto de Lady Danbury – uma querida amiga da moça –, Gareth St. Clair, chega a cidade, herdando o título inesperadamente após a súbita morte de seu irmão mais velho, a situação começa a mudar. Gareth está em posse de um diário de sua avó paterna está certo de que tal diário possui informações e segredos que podem lhe revelar muito sobre sua própria vida. Ele pretende desvendá-las assim que resolver um maior empecilho: encontrar alguém que fale italiano e que esteja disposto a lhe auxiliar.

"Gareth não conteve o sorriso. Jamais conhecera alguém como Hyacinth Bridgerton. Era vagamente divertida, vagamente irritante, mas não se podia deixar de admirar o quanto era espirituosa."

   Assim começa uma parceria um tanto inusitada: ainda que Hyacinth esteja ciente da fama de libertino e inconsequente do rapaz, enquanto ela, por sua vez, seja conhecida por ser irritante e inoportuna, eles parecem possuir uma conexão intrínseca. Conversando, vão descobrindo-se cada vez mais e passando a criar consideração um pelo outro, ao mesmo tempo em que as histórias do diário da avó de Gareth transmitem a eles mensagens importantes. E, então, após um singelo, mas inesquecível, beijo, o casal começa a se dar conta da paixão florescendo entre eles...

   Sempre discorro abertamente sobre meu afeto pelos livros da Julia Quinn. São obras tão doces e românticas, uma grande preferência do público em geral, mas acredito que o diferencial dessa autora seja a maneira tão coerente e tão perfeitamente construída com a qual suas histórias se desenvolvem. Já li diversos romances de época e fiquei encantada por muitos deles, mas tenho um carinho especial pelos livros de Quinn, assim como pela série Os Bridgertons, a qual acompanhei desde seu lançamento.
   Definitivamente, posso afirmar que Hyacinth é a personagem mais singular entre os protagonistas da série. O livro é envolvente desde o começo, e, ainda que a premissa inicial não pareça tão inovadora, é difícil desviar a atenção da história sendo contada. A personalidade da protagonista, em minha opinião, é a principal causadora disso: adorei Hyacinth do começo ao fim, e entendi cada uma de suas atitudes, ainda que não concordasse com todas. Ela foi, afinal, uma personagem extremamente real.

E, pelo resto da noite, não conseguia esquecer o perfume dela.
Ou, talvez, o som suave da sua risada.
Ou, talvez, nenhuma das duas coisas. Talvez ela, apenas ela.

   Em adição a isso, posso dizer o mesmo do outro protagonista: Gareth é um mocinho que possui um charme especial. Lembro de ficar tão encantada como fiquei pelo casal apenas no primeiro livro, mas, dessa vez, preciso afirmar que Hyacinth e Gareth superaram seus antecessores. É incrível acompanhar o desenvolver da paixão e da relação dos dois — ela, insegura e assustada, mas ciente da possibilidade de ter encontrado alguém que, finalmente, a compreenda, e ele, que pensa ter se aproximado da moça apenas para contrariar o seu pai, mas que vai descobrindo sua real e crescente vontade de estar com ela.
   Conseguindo formar um casal divertido e apaixonado, Quinn sai um pouco dos padrões antes estabelecidos — talvez pela personalidade única desses protagonistas — ainda que haja muito do gênero "romance de época" aqui. Gareth, que é o típico libertino que ainda não conheceu o amor, e Hyacinth, sincera e extrovertida, mas insegura sobre seus sentimentos, acabam de completando no decorrer da história de maneiras excepcionais, e tornando-se cúmplices e parceiros.


Convergente, o terceiro filme da saga "Divergente" estreou dia 10 de Março em todo Brasil. Trata-se de uma adaptação da trilogia de Verônica Roth, traduzidos e distribuídos no Brasil pela Editora Rocco. Anteriorizado por Insurgente, como a maioria dos filmes que carrega o mesmo gênero e público, optou-se em desmembrar o ultimo livro em dois filmes, sugerindo o lançamento da segunda parte - e ultima - "Ascendente" em 2017. 


Sinopse: Após a mensagem de Edith Prior ser revelada, Tris (Shailene Woodley), Quatro (Theo James), Caleb (Ansel Elgort), Peter (Miles Teller), Christina (Zoë Kravitz) e Tori (Maggie Q) deixam Chicago para descobrir o que há além da cerca. Ao chegarem lá, eles descobrem a existência de uma nova sociedade.

T R A I L E R    O F I C I A L


O que acharam do trailer? E da divisão do livro em dois filmes? Sinto em dizer que fiquei decepcionada com esse ultimo filme, foi muito longe do universo que eu imaginava. 


Livro: Diário de Um Zumbi do Minecraft: Confusões na Escola
Título original: Diary of a Minecraft zombie #5
Autor (a): Herobrine Books
Editora: Sextante
Páginas: 96
ISBN: 978854310329
Sinopse: São as últimas semanas antes das férias... e o nosso amigo zumbi mal pode esperar!Falta pouco para as férias. Chega de Escola Monstro! Chega de professores e livros! Serão semanas e semanas só jogando videogame, comendo bolo e aprontando todas com Steve, Esquely, Slimey e Creepy. Bem, essa era a ideia do zumbi, até ele descobrir que seus pais tinham outra coisa em mente... Agora tudo o que pode fazer é pedir ajuda a seus amigos mobs. Juntos, eles vão inventar os planos mais loucos, assustadores e divertidos para fugir desse “terrível destino”.Neste volume, descubra o verdadeiro nome do zumbi!

SÉRIE "DIÁRIO DE UM ZUMBI DO MINECRAFT"
    1.  Um Desafio Assustador
    2.  Parceiros e Rivais
   3.  Férias do Terror
    4.  Trocando de Corpo
    5.  Confusões na Escola

A série Diário de Um Zumbi do Minecraft é uma história não oficial, original de fanfiction, não sancionada nem aprovada pelos responsáveis pelo jogo Minecraft. Herobrine Books é, na verdade, um selo usado pela Herobrine Publishing Inc. para publicar a série Diário de Um Zumbi do Minecraft, uma alusão direta a Diário de Um Banana, best seller de Jeff Kinney.

   Zumbi, personagem que agora finalmente vamos saber o nome, só pensa em férias. Ele mal pode esperar pra fazer tudo que planejou. Chega de Escola Monstro, chega de assustar aldeões, chega de tudo. Como Zumbi mesmo diz: nada se compara à liberdade de se fazer o que quiser durante as férias. O que ele planeja, realmente, é ficar em casa, só jogando vídeo game e comendo bolo o dia inteiro. Mas tem um problema: seus pais. Eles certamente não vão deixar Zumbi se divertir tanto, afinal já sabemos que faz parte do trabalho dos pais zumbis estragar as férias dos filhos.
   Os pais de Zumbi querem mandá-lo para um acampamento, e se seu boletim não for bom o suficiente, as coisas irão piorar ainda mais. Na escola, o professor pede que os alunos façam uma redação sobre como seriam suas férias. É então que Zumbi tem uma ideia: se ele redigisse um texto falando sobre como gostaria de ir ao acampamentos, fazer artesanato e outros, certamente aconteceria o contrário do que ele redigiu. Mas as coisas tendem a piorar, ainda mais na vida dele. O professor resolve mostrar a redação para seus pais e a vida de Zumbi complica ainda mais. 
   Agora, decididamente, Zumbi vai para o acampamento e as férias de seu sonho foram literalmente para o espaço. Zumbi pede socorro a seus amigos, que sugerem que ele faça muita bagunça na escola, tire notas ruins e faça tudo de errado, para que seus pais o deixem de castigo, e resolvam cancelar sua ida ao acampamento. Então Zumbi tem de aprontar todas, e fazer muita confusão para que possa ter as tão desejadas férias. Mas as coisas não saem como planejado (mais uma vez!) e Zumbi tira vários 10, e as bagunças que tenta fazer, acabam virando o oposto do que queria.

   Quem me conhece, sabe que eu (apesar dos meus 16, quase 17 anos) sou fanático por Diário de Um Banana, e ter a chance de ler essa alusão, que tem uma junção de Zumbi e Minecraft, certamente é incrível e muito divertido. A narrativa é toda em forma de diário, em primeira pessoa e com notação dos dias, bem típico Diário de Um Banana. A escrita, em suma, é bem simples e feita, fazendo jus ao gênero, para o público infanto-juvenil — o que não impede, claro, que o público totalmente juvenil venha a gostar. A trama acontece de uma forma muito divertida. É como se o personagem conversasse com quem lê (na verdade ele conversa com o diário!), o que traz um ótimo dinamismo e torna a obra um passatempo divertido, fluido e instigante. Eu tinha boas expectativas, e, bem, elas foram muito bem sanadas.


Livro: A Garota Sem Passado
Título original: Before He Finds Her
Autor (a): Michael Kardos
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
ISBN: 9788580414912
Sinopse: Num domingo de setembro de 1991, Ramsey Miller deu uma festa em casa para os vizinhos. Depois, assassinou a esposa e a filha de 3 anos. Todo mundo na pacata cidade de Silver Bay conhece a história. Só que todos estão errados. A menina escapou. Sob o nome falso de Melanie Denison, ela passou os últimos quinze anos escondida com os tios numa cidadezinha remota. Nunca pôde viajar, ir a uma festa na escola ou ter internet em casa, porque Ramsey jamais foi encontrado e poderia ir atrás dela a qualquer momento. Mas, apesar das rígidas regras de segurança impostas pelos tios, Melanie se envolve com um jovem professor da escola local e engravida. Ela decide que seu filho não terá a mesma vida clandestina que ela e, para isso, volta a Silver Bay para fazer o que nem os investigadores locais, nem a polícia federal, nem o FBI conseguiram: encontrar seu pai antes que ele a encontre.

   Michael Kardos é escritor de romances e contos, que já foram publicados em revistas especializadas e lhe renderam diversos prêmios literários. Cresceu em Nova Jersey, formou-se em música na Universidade de Princeton e foi baterista profissional por muitos anos. Depois que terminou o doutorado, tornou-se um dos diretores do programa de escrita criativa da Universidade Estadual do Mississippi.

   Em 22 de Setembro de 1991, um terrível assassinato mexeu com a cabeça dos moradores da pequena e pacata cidade de Silver Bay. Ramsey Miller, um caminhoneiro, convidou toda a vizinhança, até mesmo quem ele não tinha afinidade, para uma festa, onde ele tocaria com sua amadora banda de rock. Na ocasião, Ramsey assassinou sua esposa, jogou o corpo dilacerado na lareira, e sumiu com a filha de 3 anos. A polícia, após algum tempo sem encontrar a pequena menina, deduz que ela também foi morta. Mas como dizem, se não há corpo, não houve crime
   A garotinha não morreu, está viva e vive escondida em um trailer, num pequeno vilarejo na Carolina do Norte, com seus protetores tios. Sob o nome falso de Melanie Denison, a garota nunca viveu a vida que queria. Não ia a festas, não chamava atenção, não tinha amigos e nem saia de casa, exceto para ir a escola, algo que conseguira após muita insistência com os tios. Com 17 anos, Melanie não suporta ter que viver à sombra de seu passado, escondida, trancada, com medo e proibida de fazer tudo. E para piorar, escondida de seus tios, ela mantém um relacionamento com um de seus professores, Phillip, o que dá nascimento a uma gravidez inesperada e inoportuna.
   Após perceber que Phillip não é o cara que ela pensou que fosse, e que ele nunca seria capaz de protegê-la dos perigos que a cercam, Melanie decide fugir de casa e ir até Silver Bay, fazer o que ninguém fez: encontrar seu pai. Ela, pioneiramente, não tem um plano, e nem pretende formular um. Tudo que ela quer é ir à cidade, tentar encontrar pistas e achar seu pai. Sua primeira e mais viável ajuda vem deu um blogueiro de Silver Bay, com quem ela mantém contato logo que chega a cidade. Arthur Goodale possuí algumas informações, e elas ajudarão Melanie a desvendar alguns mistérios, como: porque seu pai vendeu seu caminhão dois dias antes do assassinato? Porque resolveu dar uma festa para toda a vizinhança? E o mais importante, porque assassinou sua mãe?

   Desde o sucesso de Garota Exemplar, da Gillian Flynn, os thrillers com pegada psicológicas passaram a ficar, digamos, na moda. É notório o quanto esse tipo de suspense inovador chama a atenção, e não poderia ser diferente com A Garota Sem Passado. Quando bati o olho na capa, tive certeza de que precisava lê-lo, e que ele, sem dúvidas, me chamaria bastante atenção —principalmente pelo gênero, que é um de meus preferidos. Em suma, eu tinha boas expectativas, e, apesar do livro não ser tudo que eu esperava, foi uma excelente leitura e fiquei satisfeito
   A Garota Sem Passado é narrado em terceira pessoa e com os fatos intercalados entre presente e passado, contando sobre a vida de Melanie, em 2006, e acontecimentos da vida de Ramsey, dias antes do homicídio. Não acredito que a narração em terceira pessoa tenha favorecido a obra, mas com certeza teve uma boa utilização, com um dinamismo bem bacana, um esmero na hora de detalhar as cenas e com utilização formal em todo o contexto do livro, dando a obra uma narração rápida, onde o autor vai revelando o mistério pouco a pouco até o brilhante desfecho.  

Esta era uma das grandes convicções que Ramsey havia adquirido na vida: era preciso passar a sabedoria à frente, caso contrário o mundo estaria fodido. Claro, um rapaz sozinho no mundo jamais procuraria conselhos de ninguém. 
“Leia a primeira página e dê adeus às próximas 24 horas. Sensacional!” Jeffery Deaver, autor de O colecionador de ossos
“Uma história bem-construída sobre uma mulher em perigo com uma premissa incomum e um final inimaginável.” – The New York Times.


E o Memória Musical de hoje tem tudo a ver com o livro, com os fatos, com músicas e todo o resto. Aqui, hoje e agora, Me Abrace Mais Forte, o musical de Tiny Cooper (de Will&Will), escrito por David Levithan. Quem perdeu a resenha, pode conferir aqui

1 - OVER THE RAINBOW, VERSÃO PAULA FERNANDES E MICHAEL BOLTON.

Essa é uma das músicas que toca no musical, e Tiny Cooper decididamente odeia Over The Rainbow, não importa qual seja a versão. Tanto por isso, quanto em pirraça a ele, dedico essa música aqui, no memorial musical. Será se Tiny curtiria Over The Rainbow numa versão samba, bem abrasileirada? Acredito que sim (ou não!).

2- I DON´T DANCE, HIGH SCHOOL MUSIC.

Essa é uma música que é citada em Me Abrace Mais Forte, como referência de inspiração para a produção de uma cena parecida. Acredito que é uma música/musical que super pode ser inserido no contexto do livro, além de, claro, ser muito bem animada. I Don´t Dance é uma ótima música para acompanhar a leitura de Me Abrace Mais Forte.

E aí? Você já leu Me Abrace Mais Forte? Concorda que essas músicas fazem jus ao livro?
Abaixo confira o book trailer fabuloso de Me Abrace Mais Forte.
Não deixe de nos contar sua opinião nos comentários.



Livro: Mulheres
Autora: Carol Rossetti
Editora: Sextante
ISBN: 9788543102276 
Páginas:160
Sinopse: "Em 2014, a ilustradora Carol Rossetti começou a desenhar mulheres diversas para testar seus lápis de cor. Nunca poderia imaginar que suas criações despretensiosas ganhariam o mundo e iriam viralizar na internet a ponto de se tornarem matéria na CNN. Com um traço característico e frases inspiradoras, Carol quebrou tabus e espalhou uma mensagem que ecoou em mulheres do mundo todo: somos fortes, merecedoras de respeito e especiais do jeito que somos, independentemente de opiniões e julgamentos alheios. Agora, essa mensagem ganha o formato de livro e inclui textos sobre os temas centrais abordados em suas ilustrações, como corpo, estilo, identidade, relacionamentos e superação. "



    É sempre difícil discorrer a respeito de um assunto, tema, ou, no caso, um livro, com o qual temos um ligação especial. Devo iniciar a seguinte resenha afirmando que o tema abordado por Carol Rossetti carrega um significado tão pesado para mim — mulher, jovem e feminista —, e condiz com ideias que, em minha vida pessoal, sempre busquei saber mais sobre, espalhar e incentivar. Mas, abordemos tal assunto por partes...
   Em 2014, imagens inspiradoras de incentivo feminino viralizaram na rede social mais popular da internet, o Facebook. Eram obras da ilustradora Carol Rossetti, que, a partir de sua própria experiência de vida, de relatos de amigas, conhecidas e desconhecidas, iniciou um projeto despretensioso, mas que despertaria a voz de milhares de mulheres. Através de seus desenhos, Carol reforçou e colocou em evidência o fato de que cada mulher — independentemente de sua origem, cor, credo, gênero, orientação sexual e afins — é merecedora de um respeito intrínseco, que lhe é devido e, muitas vezes, ignorado. 
   Contrariando padrões sociais, raciais, sexuais e religiosos, Rossetti conseguiu expor as dezenas de inseguranças femininas — fomentadas tanto pela sociedade patriarcal, quanto pela opressora indústria da "beleza" — e transmitir a mensagem, em alto e bom tom, de que nós, mulheres, somos, cada uma, seres especiais e únicos, e que padrões preconceituosos, historicamente pré-estabelecidos e recheados de preconceitos, não devem (e nem irão!) ser aceitos pela sociedade moderna. Abordando assuntos como corpo, estilo, identidade, relacionamentos e superação, a ilustradora é expressiva em sua arte, que se mostra um instrumento fortalecedor e emocionante. 
   
   É válido esclarecer, primeiramente, que, apesar do livro de Carol Rossetti tratar sobre mulheres, não é um livro exclusivamente voltado a elas. Na realidade, suas obras têm como alvo todo o ser humano, incentivando uma desconstrução do modelo predominante na sociedade atual e buscando abrir a mente de todos às diversidades existentes — assim como cada possui possui o dever de respeitá-las. Para compreender essa obra é imprescindível que pré-conceitos, julgamentos e ideias provenientes do senso comum sejam deixadas de lado, assim como é necessária uma reflexão acerca desses julgamentos que, por estarem tão inseridos em nossa sociedade, acabamos reproduzindo sem maiores análises. 
    O livro é dividido em seis partes: Corpo, Moda, Identidade, Escolhas, Amores e Valentes. Cada página retrata uma personagem diferente, criada através das ilustrações de Carol, e uma situação vivenciada por ela — sendo, assim, uma reprodução de frases e situações pelas quais mulheres passam todos os dias. Tais situações, ainda que possam parecer banais a alguns e irreais a outros, retratam, com perfeição, as angústias de cada mulher: e ainda conseguem, de quebra, transmitir uma mensagem de incentivo a elas. É possível notar mensagens sobre racismo, intolerância religiosa e sexual, preconceito, homofobia, transfobia, gordofobia e anorexia, entre diversos outros. 

"São tantas mulheres diferentes no mundo que eu poderia continuar para sempre. Cada uma tem sua própria história, e acredito que todas elas merecem ser ouvidas e representadas."

    É impossível, sendo alguém que já passou por diversos (e sim, aqui falamos em um número incontável) dos relatos abordados, não se emocionar com o conteúdo do livro. Enquanto realizava a leitura, lembrava de diversas situações pelas quais já passei, e passo todos os dias, assim como relatos de amigas, conhecidas e irmãs. A autora foi feliz em mostrar a seu público como é necessária a  nossa libertação dessas amarras impostas pela sociedade e pelo próprio ser social.


A Galera Record lançou no mês de Fevereiro o livro Outro Dia, do David Levithan, a história
do sucesso Todo Dia, vista sob a ótica de Rhiannon. Confira abaixo a capa e a sinopse:

Um dos mais inovadores autores de livros jovem adulto e o primeiro a emplacar uma trama gay na lista do New York Times, David Levithan retoma a sua mais emblemática trama em Outro dia. Aqui, a já celebrada história de Todo dia é narrada sob o ponto de vista de Rhiannon. A jovem, presa em um relacionamento abusivo, conhece A, por quem se apaixona. Só que A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Mas embarcar nessa paixão também traz desafios para Rhiannon. Todos eles mostrados aqui.

E aí, alguém já adquiriu seu exemplar? A capa e a sinopse são bastantes promissoras, o que chama bastante atenção. E vocês podem adquirir o livro em qualquer um dos links abaixo:



Livro: Uma história de solidão
Título original: A history of loneliness
Autor: John Boyne
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 412
ISBN: 978-85-359-2672-9
Sinopse: Odran e Tom são amigos de longa data: se conheceram no seminário e foram ordenados padres na mesma época. Em uma Irlanda católica, os dois tomam rumos diferentes, mas se reencontram adultos, quando não têm mais nada em comum, exceto a profissão e as lembranças que permaneceram com o tempo. Ao narrar a história desses dois personagens, John Boyne traça o panorama de uma sociedade sufocada pelos ditames do catolicismo e do regime doutrinário das escolas, desvelando com muita habilidade o segredo mais bem guardado da Igreja.

  O irlandês John Boyne ficou conhecido mundialmente pela obra "O menino do pijama listrado", que o fez vencer o Irish Books Awards e depois recebeu uma adaptação para o cinema. É autor de vários outros romances — grande parte publicados no Brasil pela Companhia das Letras — e artigos de jornal. Conhecido pelas suas obras bem trabalhadas e ornamentadas, traz à luz um tema polêmico e impecavelmente produzido em suas mais recente publicação: Uma história de solidão.
    Odran Yates, nosso protagonista, teve sua vida alardeada pela vontade de terceiros pairando sobre suas decisões. Após uma terrível tragédia em seu meio familiar, as coisas mudaram da água para o vinho. Viveu o resto de sua infância ouvindo de sua mãe, que se tornou fervorosamente católica, que ele tinha vocação para ser padre. Convencido disso, sem sequer questionar, entrou para o seminário aos dezessete anos, deixando uma satisfeita mãe e uma irmã rebelde para trás.
    No seminário, Odran descobre que o sacerdócio é perfeito para ele. Começa a se adaptar à nova vida sem problemas. Mas o mesmo não ocorre com seu colega de quarto, que acaba se tornando seu melhor amigo — Tom Cardle: um rapaz que vive irritado, infeliz consigo mesmo e com o rumo que sua vida tomou, e que só está no seminário pela vontade (e brutalidade) de seu pai. Mesmo com tantas diferenças, uma relação duradoura se forma entre ambos. Odran sai do seminário para servir em Roma — literalmente o café da manhã e da noite para o Papa —, enquanto Tom é enviado para a vivência pastoral, mudando de paróquia em paróquia em pouquíssimos espaços de tempo.
    Após muitos anos, depois de ter saído da Itália, Odran retorna a sua amada Irlanda para ensinar inglês em Terenure College, o seminário onde se formou. Quando já havia se acostumado com o conforto que tinha por lá, ele é obrigado a sofrer uma mudança brusca: terá que pastorear na antiga paróquia de seu amigo Tom. Depois de substituí-lo. Odran nunca mais ouve falar dele. Então descobre, ao se envolver numa teia de intrigas e mistérios, que seu país fora contaminado pela Igreja da qual ele próprio faz parte. E se pergunta se tudo o que aquela sociedade passa é também culpa dele.


    O primeiro e único contato que tive com John Boyne foi através de "O menino do pijama listrado", como tantas outras pessoas. Porém, diferente da grande maioria, não gostei muito da obra, pois achei excessivamente rasa. Muitas pessoas que haviam lido mais que um livro apenas, exaltavam Boyne, e isso me intrigava. Não se pode julgar um autor analisando uma só obra, e com Uma história de solidão tive a oportunidade de conhecer um pouco mais desse escritor. Dessa forma, pude traçar uma nova imagem a respeito da escrita de Boyne.
    O gênero é primordialmente o drama. Livros polêmicos que tratam dos mistérios da Igreja Católica — quando soube que essa era a trama, não pude deixar de recordar Dan Brown com "Anjos e demônios" e "O código da Vinci". Porém, o foco foi na sociedade irlandesa, predominantemente católica, traçando uma linha do tempo (desde a década de 1970 até os dias atuais) e tratando de algo que normalmente não sei ouve falar no centro de debates religiosos: a pedofilia praticada por padres. Apresenta uma forte crítica embutida em todo o enredo — e isso foi suficiente para me cativar.
    O narrador em primeira pessoa foi o próprio Pe. Yates, que conseguiu transportar todas as suas reflexões e experiências através de uma narração que mais parecia um diálogo espontâneo com o leitor. Senti-me como uma terapeuta, diante de um padre no divã. A escrita de John Boyne é perfeitamente “limpa” – aquele tipo que não é cheio de neologismos nem onomatopeias, apenas clara e objetiva –, coisa que notei também em “O menino do pijama listrado”, então não foi nenhuma surpresa eu ter me encantado mais uma vez com os talentos para escrever deste autor.




Livro: A Irmandade Perdida
Título Original: The Lost Sisterhood
Autor (a): Anne Fortier
Editora: Arqueiro
Páginas: 528
ISBN: 9788580414523

Sinopse: Diana Morgan é professora da renomada Universidade de Oxford. Especialista em mitologia grega, tem verdadeira obsessão pelo assunto desde a infância, quando sua excêntrica avó alegou ser uma amazona – e desapareceu sem deixar vestígios.
No mundo acadêmico, a fixação de Diana pelas amazonas é motivo de piada, porém ela acaba recebendo uma oferta irrecusável de uma misteriosa instituição. Financiada pela Fundação Skolsky, a pesquisadora viaja para o norte da África, onde conhece Nick Barrán, um homem enigmático que a guia até um templo recém-encontrado, encoberto há 3 mil anos pela areia do deserto.
Com a ajuda de um caderno deixado pela avó, Diana começa a decifrar as estranhas inscrições registradas no templo e logo encontra o nome de Mirina, a primeira rainha amazona. Na Idade do Bronze, ela atravessou o Mediterrâneo em uma tentativa heroica de libertar suas irmãs, sequestradas por piratas gregos.
Seguindo os rastros dessas guerreiras, Diana e Nick se lançam em uma jornada em busca da verdade por trás do mito – algo capaz de mudar suas vidas, mas também de despertar a ganância de colecionadores de arte dispostos a tudo para pôr as mãos no lendário Tesouro das Amazonas.
Entrelaçando passado e presente e percorrendo Inglaterra, Argélia, Grécia e as ruínas de Troia, A irmandade perdida é uma aventura apaixonante sobre duas mulheres separadas por milênios, mas com uma luta em comum: manter vivas as amazonas e preservar seu legado para a humanidade.

       A Irmandade Perdida é o segundo livro de Anne Fortier, renomada autora que teve sua fama em cima do livro "Julieta", também publicado pela Editora Arqueiro. Estreado em 2015 no Brasil, já entrou para a lista dos mais vendidos do New York Times.
     A Irmandade Perdida apresenta duas histórias. Na atualidade, encontramos Diana Morgan, uma filóloga que sempre concentrou a sua vida acadêmica em pesquisar e defender a existência das Amazonas. Essa paixão pelo tema foi influenciada por sua avó, que dizia ser uma Amazona e era veementemente  reprimida pelo pais de Diana. 
      Repentinamente, Diana é interceptada, quando saia da academia, por um homem que lhe ofereceu um cargo, caso ela aceitasse viajar para decifrar códigos que ele afirmava vir de civilizações amazônicas. Diana fica intrigada com a imagem criptografada e relembra, ao mostrar para Rebecca — sua amiga de infância — que sua avó já lhes mostrara aquela imagem quando eram crianças. 
   A partir dessa descoberta, Diana decide mergulhar nessa aventura, enfrentando inúmeros empecilhos, e buscando entender a história de sua avó, e a sua própria. Será que a prova da existência das Amazonas estava prestes a ser encontrada?
    Já centenas de anos atrás, encontramos a história de Mirina, que acaba precisando abandonar a tribo com sua irmã, Lilli —  que ficou cega durante o percurso, por resultado de uma febre —  e decide procurar o Templo da Lua, com a finalidade de que sua irmã pudesse ser curada. Logo, elas são chamadas integrar a irmandade regional e Mirina inicia um treinamento de batalha com as cultuadoras da Deusa da Lua. O que Mirina não esperava era que o perigo estava extremamente próximo, e que o destino reservava muitas surpresas.



        A Irmandade Perdida foi uma experiência de leitura muito agradável. Trata-se do típico livro que te envolve desde o começo, sem um motivo aparente. Contudo, é conforme a leitura se segue que percebemos algumas características marcantes que fazem o livro especial. 
       A narrativa é em terceira pessoa e não traz muitos detalhes. Apesar disso, ela apresenta duas protagonistas e duas histórias diferentes, de épocas igualmente distintas. Temos contato primeiramente com Diana Morgan, uma personagem que chamou muito minha atenção, por ser determinada e ter fome pelo conhecimento. Já Mirina, a rainha das Amazonas, inspirou-me muito mais empatia e me manteve mais firme na leitura. O próprio enredo ao redor dessa personagem é muito mais criativo e interessante, além de me agradar particularmente —  visto que sou uma grande fã da cultura greco-romana.       
       Mirina é muito mais forte —  até porque sua situação exigia isso —  e o cenário que ela estava inserida acabou fazendo "A Irmandade Perdida", independente de algumas falhas, uma leitura marcante. Não que Diana não tenha me prendido em nada, mas a sua história era muito mais simples e relativamente menos empolgante. Além disso, os flashbacks constantes acabou atrapalhando um pouco a leitura, pois, ao meu único ver, acrescentaram pouco à história e à personagem, e interromperam momentos de "êxtase".
      Os personagens secundários acabaram sendo um problema na primeira parte da obra. Poucos deles me conquistaram, enquanto na segunda parte, fui arrebata por inúmeros deles, inclusive Lilli, a irmã enferma de Mirina.    
       Mas outro fator que me gerou estranheza foi o relacionamento quase abrupto entre Diana e Nick. Foi como se a autora tivesse pressa demais para amadurecê-los antes. Mas o fato da Anne Fortier ter demonstrado seu conhecimento e pesquisa em cima de geografia, história, mitologia, arqueologia, filologia, acabou compensando várias falhas e potenciais não alcançados.
      Aprecio muito o tema "Amazonas" e os períodos da Grécia antiga, e esse livro só me instigou ainda mais sobre o assunto. Além disso, Anne Fortier traz muito sobre a força feminina — assunto que está tomando o mundo atualmente —, e defende que as mulheres conseguem lutar pelo que amam e prezam, e que não são, de modo algum, incapazes.

"Não importavam quais fosses as histórias tristes dos peregrinos nem o valor de suas oferendas, dia após dia, semana após semana, a seca não terminava nem os rios voltavam. Tampouco Lilli, apesar de todas as suas súplicas silenciosas, recuperava a visão. Mas a Deusa da Lua, no alto de seu pedestal, continuava a sorrir."

      Achei brilhante, também, essa alternância temporal entre os enredos. Acredito que esse foi um dos pontos mais positivos nesta história —  que também mostrou a destreza da autora e seu empenho em fazer de sua história, bem estruturada. 


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