Livro: Auggie & Eu 
Autor (a):  R. J. Palacio
Editora: Intrínseca
Páginas: 326
ISBN: 9788580578416

Sinopse: A história de Auggie Pullman, o menino de aparência incomum que tem encantado milhares de leitores desde o lançamento do romance Extraordinário, em 2013, ganha agora novas perspectivas: Julian, Christopher e Charlotte, personagens da vida de Auggie, narram nos três contos reunidos no livro Auggie e eu seus encontros e desencontros com o amigo extraordinário.O capítulo do Julian dá voz a um personagem controverso: o menino que liderava o bullying contra Auggie na escola. Enfim temos a oportunidade de entender o que o levou a agir dessa forma e o que Julian pensa das próprias ações. Em Plutão, o narrador é Christopher, o primeiro amigo de Auggie. Os dois meninos compartilham lembranças da infância e, apesar de terem se distanciado, aprendem que boas amizades sempre valerão um esforcinho a mais. Shingaling mostra Auggie pelos olhos de Charlotte, a única menina entre as três crianças escolhidas para apresentar a Auggie sua nova escola. Com ela entramos no universo das garotas e vemos como a chegada de Auggie afetou as relações entre elas.
Para quem sente saudades do menino cativante de feições e personalidade extraordinárias e tem curiosidade em saber mais sobre sua história, Auggie & eu é um verdadeiro presente.

     Auggie & Eu foi escrito pela mesma autora de "Extraordinário", R. J. Palacio, e publicado no Brasil pela Editora Intrínseca. Trata-se de uma junção dos três contos "O Capítulo de Julian", "Plutão" e "Shingaling", disponibilizados, inicialmente, somente em e-book.



      Julian foi um personagem muito marcante, em Extraordinário, por trazer a maioria dos problemas que Auggie precisou enfrentar na escola. Mesmo sendo um personagem secundário, acabou tendo grande repercussão, principalmente porque é possível vê-lo em muitas crianças cruéis por aí. Entretanto, apesar de suas maldades e sua arrogância, o personagem traz, a partir desse conto, muitos fantasmas do passado e problemas que permite entender suas ações impensadas. 
      Já o conto "Plutão" apresenta a história de Christopher, que achei essencial para sabermos como foi todo o "passado" de Auggie. Através desse conto, há a capacidade de refletirmos sobre os problemas de Auggie, suas cirurgias, sua perda de amizades, sua tristeza...
      O conto "Shigaling", em contra-partida, exibiu a vida de Charlotte, a mesma garota que fez parte das "boas-vindas" ao Auggie, quando entrou na escola. Essa trama fala muito sobre altruísmo, sobre as influência de outras pessoas, da fama, da pressão social. É um conto extremamente emocionante e real, que mostra perfeitamente como as crianças se sentem hoje em dia.


   
      Mergulhei na leitura de "Extraordinário" depois das inúmeras indicações que recebi. A capa, apesar de bonita, dava-me uma impressão muito diferente do que realmente era. Acreditei que era uma obra infantil, com um tema  infantil qualquer. Mas R. J. Palacio se mostrou muito eficaz em arrebatar crianças, jovens, e, incrivelmente, adultos! "Extraordinário" foi considerado por muitos, um livro fundamental à qualquer publico, pela mensagem que carregava —  e pelo modo como ela foi apresentada. Contundo, foi bem clara a decepção do público ao saber que a autora não pretendia, e estava muito firme, em não fazer uma continuação.
      Surpreendentemente, Palacio nos trouxe outro presente, que foram os contos dos personagens que participaram de "Extraordinário", não mostrando nada à frente da história que já sabemos  visto que não se trata de uma continuação  mas acrescentando detalhes na mesma trama, por meio de outros pontos de vista.
      Auggie & Eu começa com uma nota da autora explicando o motivo de não ansiar uma continuação do enredo de Extraordinário; expondo perfeitamente bem o motivo dela ter preferido concretizar seus personagens secundários. Julian, por exemplo, estava sendo julgado pelos leitores, e Palacio quis, por esse motivo e outros mais, trazer mais algumas lições para nós: a de que as pessoas carregam motivos diferentes para serem quem são. Foi uma obra muito essencial para compreendermos sua história tão complexa. 



 Livro: O Livro Secreto
Autor (a):  Grégory Samak
Editora: Intrínseca
Páginas: 176
ISBN: 9788580578188

Sinopse: Ao fim da vida, Elias Ein decide se mudar para uma cidade isolada na Áustria, em busca de tranquilidade para aproveitar sua aposentadoria. Um tempo depois de se instalar em sua nova casa, ele descobre uma escada escondida que dá acesso a uma vasta biblioteca com obras incríveis. E entre elas, Elias descobre algo maravilhoso: o Grande Livro da Vida, uma obra sagrada em que Deus escreveu sobre o destino de cada ser humano.As citações extraordinárias do livro secreto possibilitam interferir no curso da história. Fascinado pelo poder da obra, Elias, que testemunhou a ascensão do nazismo ao poder e perdeu familiares durante o Holocausto, decide usá-la para mudar o destino. Ele vai tentar salvar aqueles que ama, mas, sabe que, acima de tudo, é o destino de todo um povo que está em jogo. Com um segredo em mãos e muitas decisões a tomar, Elias vai viver uma aventura que o levará mais longe do que podia imaginar. Uma história atemporal, cativante e sensível, que mistura elementos fantásticos e fatos históricos, O Livro Secreto fala sobre amizade e coragem, ódio e covardia.


      O Livro Secreto foi escrito por Grégory Samak, jornalista formado pelo Instituto de Estudos Político de Paris, e publicado pela editora Intrínseca no segundo semestre de 2015. Sendo o livro de estreia do publicitário, apresenta um enredo polêmico relacionado ao nazismo e o genocídio judeu. 
      Elias Ein decide aproveitar sua aposentadoria mudando-se para uma cidade pacata no interior da Áustria.  Após receber uma carta informando que sua irmã morrera, Elias se vê refletindo sobre o desfecho de sua família. Descendente de judeus, ele era o único que restara de seu sobrenome e não deixaria herdeiros; já estava velho demais para reverter essa situação.
      É nessa situação que Elias encontra uma biblioteca no subterrâneo de sua nova casa onde estranhos livros falavam sobre a vida de cada indivíduo do mundo. Os livros tinham códigos complexos, datas, detalhes particulares e o mais surpreendente: as letras dele brilhavam, como se viesse de uma fonte sagrada.
      A partir disso Elias percebe que tem o poder de mudar a vida das pessoas através daquele livro, ou, talvez, até mesmo salvar todo um povo, garantindo, consequentemente, que sua família não fosse extinta. Elias, portanto, traça planos para ter o principal líder nazista morto antes que chegasse ao poder e acabasse com a maioria dos judeus. Mas para isso, terá que enfrentar muitos empecilhos e tentar encontrar uma brecha relevante na história, o acontecimento que definiu tudo.
  

      Mergulhei nessa leitura por dois motivos: porque livros de guerra — principalmente ligados a ideologias — me fascinam, e porque a premissa parecia prometer um história que poderia pender para os dois lados, o do fracasso ou do sucesso. A história que Grégory Samak criou era muito perigosa e pouco firme, e isso me deixou muito curiosa para ver até o onde o autor pretenderia chegar.
     Não é, contudo, uma trama extremamente criativa. Os filmes e livros já estão cheias de enredos semelhantes, onde protagonistas conseguem, através de algum objeto, modificar o passado. Mas Samak utilizou essa ideia "ultrapassada" para mostrar uma mensagem diferente.
      A obra começou de uma forma muito chamativa; o prólogo foi muito real e emocionante e me recordou de vários livros que li do mesmo assunto. Acredito que a fantasia misturada com a realidade foi a parte inovadora que Samak apresentou, visto que eu nunca tinha lido nada sobre o mesmo assunto que apresentasse uma ideia que saísse do esperado curso da história.  
      O Livro Secreto é escrito em terceira pessoa, tem capítulos muito curtos, e tem um protagonista interessante. Elias Ein mostrou ser corajoso e muito esperto, apesar de não ter uma personalidade forte e marcante. O final, no entanto, mudou muito sobre o que eu sentia em relação o protagonista; mudou tudo. Já os personagens secundários foram um ponto fortíssimo nessa trama. Tom, Marika e Sof me conquistaram e gostei da narrativa ter seguido os passos desses personagens por alguns momentos. Outro ponto positivo foi exatamente este: a narrativa ampla e alternativa, capaz de deixar o leitor a par de tudo que ocorria, mesmo nas mudanças de cenário e tempo.
      Samak nos apresenta a uma trama bem envolvente, curiosa, breve, e cuidadosa com os detalhes da história. Porém, um dos pontos negativos de O Livro Secreto é justamente o enredo rápido e com poucas minucias. Elias Ein estava mudando o percurso da história mundial, e fez isso em míseras 176 páginas! A impressão que tenho era que existia muito mais para acontecer, mais consequências que a imaginação do autor alcançou. Parecia que muitos acontecimentos haviam se perdido e que a obra poderia ter sido muito mais complexa e impactante.
      O clímax foi muito bom, apesar de ter sido apressado. O próprio caminho que a trama escolheu foi bem pensado e me fez admitir que o autor não fracassou em sua trama instável e, possivelmente, fatal. Já o desfecho me emocionou e deixou claro toda a mensagem que o Samak pretendia conceder desde o início. Não haveria como ter um final mais correto que esse.


      Quem lê a sinopse pode até esperar por uma obra cheia de ação e problemas, contudo, ficou claro que esse não é objetivo do livro, que tem uma narrativa mais cansativa e parada. É possível deduzir, a partir de sua especialidade e carreira, que Samak queria apresentar uma essência diferente dos livros juvenis. Entretanto, por ele ter seus estudos voltados para a política e jornalismo, seria possível desenvolver uma trama com mistérios, envolvendo fatos desconhecidos da história: quem sabe sociedades secretas, irmandades, personagens conhecidos que se envolveram com Hitler sem que soubéssemos. Se O Livro Secreto apresentava liberdade —  pela sua pitada de fantasia —  porque o autor não abusou dela? 



E 2015 foi tão cheio de boas leituras, que dividi o post dessa coluna em duas partes. Quem perdeu a primeira parte, confira aqui. Apresento agora, a vocês, mais uma série de 5 melhores livros que li em 2015. Não deixe de comentar sua opinião abaixo do post!

1- NO MUNDO DA LUNA, CARINA RISSI.
Dizer que eu morri de rir ao ler esse chick-lit é um mero detalhe, perto do que realmente aconteceu. Como dito na primeira parte, Carina Rissi é minha autora preferida (e eu descobri ela ano passado) e ela não me decepcionou em mais esse livro de sucesso. Confesso que, apesar de meu gênero masculino, ler livros onde as heroínas são as mulheres e ver o modo como elas agem, como são inteiramente incríveis e tal mais, é sempre muito bom. Porque, convenhamos, as mulheres são fodas! E me desculpe a palavra. 

2- A GUERRA DOS TRONOS, GEORGE R. R. MARTIN.
Que livro! Que história! Que autor! Sempre quis ler A Guerra dos Tronos e assistir a série. Fiz isso em 2015 e, cara, foi genial, tanto o livro, quanto a série. A Guerra dos Tronos é um dos livros mais inteligentes que já li e um dos melhores também. Adorei a forma como foi escrito, o ambiente onde se passa e a estrutura dos personagens. Seria um erro grande não considerar George como um de meu autores preferidos e um dos melhores do mundo (se não o melhor!). Leia a resenha do livro aqui.

3- BRILHANTES, MARCUS SAKEY.
Bem, eu resenhei Brilhantes aqui (confira), então vou colocar um pedaço da resenha: Brilhantes é um livro realmente adorável e muito bem escrito. Acredito que os fãs de distopias, assim como eu, não vão só adorá-lo como morrer de ansiedade pelo segundo livro. A narração é genial e o desenvolvimento é ainda melhor. Prepare-se para rever seus conceitos e observar o mundo de outro ângulo. Com muita ação, aventura, terrorismo, conspiração, reviravoltas, inverdades, esse livro consegue ser mais que bom, consegue ser brilhante, nos dois sentidos da palavra. Altamente viciante e recomendado!

4- JACKABY, WILLIAM RITTER.
O que me encantou nesse livro foi a inovação e a simplicidade (e a capa, claro!). Nossa, eu gostei muito da história, que não tem nada de grandiosa, mas que é muito bem feita, estruturada e fluida. Sem contar na inovação do gênero. Jackaby é um romance policial com um toque de fantasia, sobrenatural e mitologia. O que não poderia ter dado um resultado melhor. Recomendo demais esse livro, principalmente pra quem acredita que o segredo está na simplicidade, e não no luxo. Tem resenha dele aqui no PL, confira aqui

5- CHAMPION, MARIE LU.
Último livro da trilogia Legend. Champion é um livro incrível. Foi um dos melhores finais distópicos que já li, não por sua estrutura, mas por sua impensável originalidade. Na verdade, toda a história é bem original, algo realmente louvável (já que hoje é bem comum o copia, cola, muda uma vírgula, lança, diz que é novo). Tem ótimos e cativantes personagens e uma trama ora simples, ora recheada de complexidades. É um misto de emoções. Me deixou, em meio as coisas boas, eternas saudades. Uma das melhores distopias já lidas.

E, vocês, gostaram? Não deixem de comentar!
Queremos muito saber a opinião de todos.




   2015 nunca mais, né, galera? Contudo não podemos nos esquecer de que foi um ano repleto de leituras, de ótimos lançamentos, de renovações no mercado de livros, de ótimos eventos e afins. Em suma, foi um ano muito bom pra muita gente. E comigo não foi diferente. No quesito livros, li vários, e a maioria deles entrou para a lista dos Favoritos. Nessa coluna, apresento um Top 5 com algumas das melhores leituras que li em 2015 (espero que 2016 seja ainda melhor, para todos nós!). Deixei seu Top 5 nos comentários, certamente temos algumas leituras em comum. Comente!

1- POR LUGARES INCRÍVEIS, JENNIFER NIVEN.
Ah, esse livro! Não é atoa que ele venceu o Goodreads Choice Awards na categoria Melhor Young Adult de 2015, e esteve presente na lista de melhores leituras de centenas de blogueiros. Por Lugares Incríveis é um livro inteiramente maravilhoso, não por sua escrita ou por seus fatos em si, mas pela trama, pelo modo como é conduzida e as coisas que podemos aprender através da leitura do livro. Eu conhecia o livro desde seu lançamento, mas só realmente decidi que iria ler após conferir a resenha dele aqui no PL (confira aqui) e, ah, eu não me arrependi de ter lido ele. Uma das melhores leituras não só de 2015, mas da vida inteira, certamente.

2- PROCURA-SE UM MARIDO, CARINA RISSI.
Carina Rissi é minha autora preferida, e não é sem motivos. Ela é simplesmente uma escritora muito competente em seu ofício, e um dos motivos que fazem com que eu a entronize, é o fato dela transformar histórias simples (comparadas a outras, por exemplo) em grandes histórias, que chegam a ter mais estrutura que algo mais complexo, cheio de floreios e etc. Procura-se Um Marido é um chick-lit incrível, muito bem escrito e um dos primeiros livros da autora. Quem já conhece o estilo dela, já sabe o que esperar de um de seus melhores livros.

3- CAIXA DE PÁSSAROS, JOSH MALERMAN.
Esse, sem dúvidas, é um dos melhores thrillers psicológicos já lançado. Caixa de Pássaros apresenta uma ideia totalmente original e a trama é levada numa intrínseca narração em terceira pessoa. Que não poderia ser melhor. Uma história cheia de emoção, terror, imaginação e suspense. Uma das melhores leituras de 2015 (pra muita gente!). O que me motivou a ler o livro foi a resenha da Le, aqui no blog. Confira a resenha aqui.

4- A RAINHA VERMELHA, VICTORIA AVEYARD.
Uma distopia das boas, é o que resume esse livro. Uma história cheia de aventura, ação e elementos típicos da ficção distópica. Esse é outro livro que esteve na lista de melhores leituras de centenas de blogs literários. Inspirado em Game of Thrones e X-Men, só poderia esperar coisas boas desse livro. E ele não me decepcionou. A Le resenhou ele aqui no PL, confira aqui.

5- ENCONTRADA, CARINA RISSI.
É, de novo Carina Rissi! Encontrada é o segundo livro da série Perdida, e, sem dúvidas, o melhor livro da série. Se Perdida foi bom, Encontrada lacrou! Um romance de época cheio de mistérios, surpresas, aventuras, humor e muito romance. A história de Ian e Sofia é incrível, e muito gostosa de se ler. Apesar das quase 500 páginas, devorei o livro em pouco menos de dois dias. Um dos melhores de 2015, sem dúvidas.

E vocês, o que acharam? Quais foram as melhores leituras de 2015? 
Conte-nos sobre seu próprio top 5!


Olá Leitores, depois de bastante tempo estamos de volta, com muitas novidades.
A Editora Arqueiro, confirmou que irá lançar o mais novo livro do nosso querido Nicholas Sparks
''See Me" e está previsto o lançamento ainda para este ano em Abril
Confira a capa internacional e a sinopse:


Sinopse: Colin Hancock é jovem mas já viveu mais violência e abandono do que a maioria das pessoas. Foi perante o abismo que tomou a corajosa decisão de começar de novo. Agora, o emprego num restaurante da moda pode não o satisfazer, mas o sonho de se tornar professor parece cada vez mais perto de se concretizar. Dar às crianças o carinho e a atenção que ele próprio não teve é o seu grande e único objetivo… mesmo que o preço a pagar seja a solidão.
Maria Sanchez também deseja, acima de tudo, uma vida calma. Filha de imigrantes mexicanos, aprendeu desde cedo o valor do trabalho árduo, da ética e da lealdade. Para ela, bastam-lhe o emprego num prestigiado escritório de advogados e uma noite tranquila em casa para repôr as energias. Nem a insistência da sua irmã surte efeito. Com uma profissão tão arriscada, Maria aprecia a segurança que o isolamento lhe dá.
Colin e Maria não foram feitos um para o outro. Ele representa tudo aquilo que ela despreza, é o típico meliante que ela está habituada a ver atrás das grades. E quando se cruzam numa noite de tempestade, o fosso que os separa é profundo e evidente. Mas, a partir desse momento fortuito, as suas vidas não voltarão a ser as mesmas.
Conseguirão eles ver para além das aparências? Ler nos olhos do outro o que de mais profundo lhe vai na alma? Ceder à persistente memória daquela noite?

Ansiosos? Eu estou ansiosissima, porque amo esse escritor. Conte-nos suas expectativas


Olá Leitores! A Arqueiro irá lançar o mais novo livro da Mila Gray "Volta para Mim" e o lançamento está previsto para fevereiro desse ano.
Confira a capa e a sinopse:




Sinopse: De volta de uma missão em Cabul, o marine Kit Ryan sente-se perigosamente atraído por Jessa, irmã do seu melhor amigo. Mas Jessa parece ser a única garota que ele não pode ter. Kit, porém, não deixa que nada se interponha entre ele e Jessa, e ela rende-se irresistivelmente.
E o que começou por ser um namoro de verão logo se transforma numa relação que altera radicalmente o mundo de ambos. Kit tem de partir de novo, mas está disposto a sacrificar tudo por Jessa. Ela quer esperar por Kit, aconteça o que acontecer. No entanto, para além da distância e do tempo, algo mais os separa…


Olá, leitores! A Editora Gutemberg selo do Grupo Autêntica, irá lançar ainda este mês o livro "Entre a ruína e a paixão 3° da Série da autora Sarah Maclean
Confira a capa e a sinopse:



Sinopse: Uma noiva desaparecida na véspera de seu casamento. Um poderoso duque acusado de assassinato. Uma noite que mudou duas vidas para sempre. Temple viu seu mundo desmoronar quando acordou completamente nu e desmemoriado em uma cama repleta de sangue. Destituído de seu título e acusado de assassinato, o jovem duque foi banido da sociedade. Doze anos depois, recuperado em sua fortuna e seu poder como um dos sócios do cassino mais famoso de Londres, sua redenção surge quando a única pessoa que poderia provar sua inocência ressurge do mundo dos mortos. Após doze anos desaparecida, Mara Lowe se vê obrigada a reaparecer quando seu irmão perde toda a fortuna da família nas mesas do cassino do homem cuja vida ela arruinou. Temple quer provar a todos que é inocente e, sobretudo, se vingar e destruir a vida daquela mulher, enquanto Mara precisa enfrentar o passado para recuperar seu dinheiro. Assim, os dois firmam um acordo obsceno que os une em um jogo de poder e sedução. Mas ambos descobrem que a realidade esconde muito mais do que as aparências revelam e eles se veem em uma encruzilhada na qual precisam escolher entre lavar a honra do passado e garantir o futuro ou ceder ao desejo de se entregarem de vez à irresistível atração que sentem um pelo outro, mas que pode arruiná-los para sempre.



Olá leitores! Este é o segundo post de reestreia da coluna Top 5 (confira aqui o último post!), e hoje ele está cheio de fofura! Aqui serão listados os cinco animais mais fofos (some-se a isso a importância, a personalidade e a coragem de cada um deles, além de suas capacidades de tocar nossos corações!), e disso a literatura está cheia, não é mesmo? 

1 - EDWIGES (SÉRIE HARRY POTTER)

Essa provavelmente é a coruja mais famosa do universo literário! E vamos combinar que não é para menos: seu dono é um dos maiores personagens da literatura infanto-juvenil, e também dos cinemas. Para ser a fiel companheira de Harry Potter, essa corujinha precisou ter muito mais que fofura — sua dose preciosa de coragem e perspicácia fez com que ela ocupasse o primeiríssimo lugar de nosso top.

2 - FANTASMA (AS CRÔNICAS DE GELO E FOGO)

Certo, certo, você pode até preferir o Verão ou a Nymeria ou outro dos "lobinhos" dos Starks, mas o Fantasma realmente tem o seu valor: é aquele diferente dos demais, cujo dono é um bastardo, mas ainda supera todas as expectativas enfrentando bravamente o inverno do Norte ao lado de Jon Snow. Temos que admitir que seu pelo branco em combinação com seus olhos vermelhos são a coisa mais atraente no lobo gigante – até ele entrar em ação!

3 - RIPCHIP (AS CRÔNICAS DE NÁRNIA)

Já esse ratinho pode se vangloriar de sua independência: não é o bichinho de estimação de ninguém. E ele realmente se vagloria – é a coisa que sabe fazer de melhor, depois de manejar uma espada, é claro. Todos subestimam Ripchip por conta de sua espécie e de seu tamanho, mas o ratinho falante não deixa para menos: é mais corajoso que vários guerreiros juntos e leal às suas causas até o fim!

4 - MARLEY (MARLEY & EU)

O que é mais incrível nesse cãozinho é que ele existiu mesmo, e o Best-seller em sua homenagem, "Marley e eu", de John Grogan (que foi o seu dono. A foto de ambos é a mostrada acima), retrata todas as aventuras e traquinagens desse cachorro sapeca, bagunceiro, desobediente e amoroso, que recebeu o título de "o pior cão do mundo". Ele pode nos fazer dar boas gargalhadas e também derramar muitas lágrimas. Sua história foi adaptada para o cinema com Owen Wilson e Jennifer Aniston no elenco.

5 - SINGER (O GUARDIÃO)

O título do livro de Nicholas Sparks já diz tudo sobre esse "cachorrinho". Depois da morte do marido, Julie recebe do mesmo um presente inesperado: um Dogue Alemão ainda filhote (que pode chegar a 1,12m!). Julie nunca foi fã de cachorros, mas Singer cresce, cresce, cresce – e cresce mais um pouco –, até conseguir conquistá-la, assim como consegue puxá-la pela coleira e derrubá-la o tempo todo e roer todas as suas coisas... enfim, Singer não é um animal muito fácil. Mas na verdade, ele se mostra um grande companheiro (fazendo até os olhos de leitores suarem...) e acaba cuidando mais de Julie do que ela dele.

E aí, o que achou desse Top 5? Algum desses animais te marcou de alguma forma? Qual o seu favorito? Conte para nós!




O segundo volume da série "A Rainha Vermelha", intitulado "Espada de Vidro" e escrito por Victoria Aveyard, teve sua capa nacional divulgada. A obra será publicada pela editora Seguinte, e tem previsão para chegar às livrarias no dia 12 de fevereiro desse ano.  A Universal comprou os direitos de adaptação de A Rainha Vermelha, sendo que seu roteiro já está sendo construído por Gennifer Hutchison e, provavelmente,  será dirigido por Elizabeth Banks. Confira:

Sinopse: Se sou uma espada, sou uma espada de vidro, e já me sinto prestes a estilhaçar. O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar. Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.

Estou mega ansiosa para esse lançamento! E vocês? Gostei da sinopse e da capa, apesar que eu esperava uma ilustração mais impactante!



Livro: Ligeiramente Maliciosos
Título Original: Slightly Wicked
Autor (a): Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
ISBN: 9788580413939

Sinopse: Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima. Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor. Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith. Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora? Neste segundo livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos conquista com mais um capítulo dessa família que, em meio ao deslumbramento da alta sociedade, busca sempre o amor verdadeiro.

SÉRIE "OS BEDWYN"
  2.  Ligeiramente Maliciosos
  3.  Ligeiramente Escandalosos

     Ligeiramente Maliciosos foi publicado pela Editora Arqueiro e escrito pela renomada escritora inglesa, Mary Balogh. Trata-se do segundo volume da série independente intitulada “Os Bedwyn”, sequencia de “Ligeiramente Casados”, que trabalha com o gênero “romance histórico”. 

      Judith Law tem apenas 22 anos e é filha de um reverendo rígido, que sempre minimizou a beleza estonteante da sua filha, reprimindo-a sempre que podia. Para piorar, seu irmão gastara todo o dinheiro que a família tinha em futilidades, tentando levar uma vida que não tinha condições arcar.
      Agora Judith tivera que se sacrificar para ajudar a família: estava indo morar na casa da tia rica,  para se tornar uma serva sem futuro. Mas, durante sua viagem, a diligencia que usava acabou capotando e um cavaleiro que passava na região, lorde Rannulf Bedwyn, presenciou a situação e se dispôs a ajudar, convidando-a a acompanhá-lo até a cidade mais próxima. 
     Sabendo de seu futuro como solteira, Judith se permitiu fingir que era uma atriz e deixar a entender que também era um cortesã, se identificando como Claire Campbell. Em contrapartida, lorde Rannulf também inventara um nome para si e se apresentara como Rannulf Berdad. 
     Foi dessa forma que, rapidamente, sentiram-se atraídos, e, por apenas duas noites, se entregaram aos desejos. Entretanto, Judith sabia que precisava fugir antes que sr. Berdad descobrisse sua verdadeira identidade e posição social. 
     Imensamente triste, Judith retorna a sua realidade e desembarca na mansão de sua tia. O que ela não esperava era que Rannulf Bedwyn fosse aparecer alguns dias depois, para conhecer a pretendente que sua avó sugerira: Julianne, a prima de Judith. 
     Esse reencontro promete reacender chamas — não tão antigas assim — e Rannulf terá que decidir entre se entregar a paixão que sente pela pobre serviçal ou seguir suas funções sociais e se comprometer com uma noiva de seu patamar. 


     Ligeiramente Casados, o primeiro volume da série “Os Bedwyn”, acabou me surpreendendo muito. Foi uma leitura envolvente, que me deixou ansiosa para encontrar seu final e prosseguir na série, contudo, não conseguiu ultrapassar as qualidades de sua sequencia; Ligeiramente Maliciosos foi de longe melhor. 
     Melhor na construção história – apesar de apresentar também alguns traços clichês – , melhor na conquista do leitor, melhor na profundidade da família Bedwyn, além de ter personagens ainda mais interessantes. 
     A obra tem uma narrativa em terceira pessoa, que alterna o foco entre Judith Law e Rannulf Bedwyn, o que permitiu explicar melhor o comportamento de cada protagonista, seus valores, sentimentos e pensamentos. Judith foi uma personagem que me identifiquei muito; visto que acredito que agiria igual ela em muitos momentos. Apreciei sua espontaneidade e compreendi a sua falta de auto estima – consequência de seus pais rigorosos e religiosos.
     Já Rannulf é um protagonista que me incomodou de começo, por ter algumas atitudes machistas e mesquinhas, mas, no geral, se mostrou com potencial para o amadurecimento. Ralf, apesar de tudo, foi muito mais carismático que seu irmão e isso influenciou muito na leitura. Ralf é um contraste de Aidan – que é mais quieto e frio – pois tem um sorriso fácil e irônico e é provocador, o que deixa seus diálogos e ações mais chamativas. Achei que ele e Judith formaram um casal que combinava de todos os modos.
     Mary Balogh desenvolveu melhor a família Bedwyn nesse volume, ou, talvez, me familiarizei e acostumei melhor com a famosa e rica família. Gostaria de ter lido mais cenas envolvendo todos os irmãos, principalmente, envolvendo o duque Wulfric, o irmão mais velho, que é um personagem muito peculiar e que desperta a curiosidade de qualquer leitor. 
     O próprio enredo de Balogh me deixou extasiada e fixada na história até o fim. O livro, infelizmente, tem poucas páginas e percebi que a autora escreveu tudo muito corrido, como se tivesse a mesma pressa que o leitor em chegar ao seu fim. Todos os acontecimentos ocorreram em poucos dias, e os dias que não tinham cenas importantes eram descritos com rapidez e sem detalhes. Senti que a autora poderia ter incrementado mais o cotidiano de Judith e Ralf, como fez com Eve e Aidan, no primeiro volume, e, talvez, acrescentado alguns flashback – artimanha que Balogh não utiliza – para aprofundar Judith diante sua criação e os irmãos Bedwyn, que são o foco da série. 
     A narrativa de Balogh não é tão detalhista nessa continuação, porém, é formal e muito satisfatória. Descreve bem seus personagens, seja na característica física ou em termos de caráter. Não gosto de narrativas muito pesadas, cheias de detalhes e muito arrastadas, entretanto, senti um pouco de falta da descrição dos cenários, já que se trata  de uma época que eu gosto tanto.


Olá, leitores! Partiremos agora para mais um post da coluna que reestreou aqui no blog há pouco tempo (confira aqui a última postagem da coluna!), e que consiste em mostrar para vocês as diferentes capas de um mesmo livro, publicadas em diferentes países.
Hoje iremos viajar pelas capas do livro Zac & Mia, de A.J. Betts um sick-lit publicado aqui pela Editora Novo Conceito (confira a resenha aqui)!


Inicialmente, temos as edições brasileira e australiana (respectivamente), esta última publicada pela Editora Winner. São muito parecidas, as únicas diferenças foram o tom das cores e a posição dos textos e imagens. Acredito ser a capa que mais se encaixou com o enredo, e a mais atrativa.


Esta é a edição espanhola da Editora Salamandra. Apesar da simplicidade em todos os aspectos, combinou com a obra, deixando em voga seu gênero.


A capa canadense, da editora HarperCollins, traz um visual mais simples e ao mesmo tempo interessante, reportando bem o sick-lit/young adult com as diagramações.


A versão da editora Feeria Young – Polonesa, foi a mais inovadora, e acredito que também foi a que mais se distanciou da história (aquela sensação desconfortável de que as pessoas que produziram a capa não sabem do que se trata o livro exatamente). Ficou bonita e atraente, mas talvez funcionasse melhor com um gênero mais focado no YA – que são as especialidades da editora.


Livro: Revival
Título Original: Revival
Autor (a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 376
ISBN: 9788581053103
Sinopse: Em uma cidadezinha na Nova Inglaterra, mais de meio século atrás, uma sombra recai sobre um menino que brinca com seus soldadinhos de plástico no quintal. Jamie Morton olha para o alto e vê a figura impressionante do novo pastor. O reverendo Charles Jacobs, junto com a bela esposa e o filho, chegam para reacender a fé local. Homens e meninos, mulheres e garotas, todos ficam encantados pela família perfeita e os sermões contagiantes. Jamie e o reverendo passam a compartilhar um elo ainda mais forte, baseado em uma obsessão secreta. Até que uma desgraça atinge Jacobs e o faz ser banido da cidade. Décadas depois, Jamie carrega seus próprios demônios. Integrante de uma banda que vive na estrada, ele leva uma vida nômade no mais puro estilo sexo, drogas e rock and roll, fugindo da própria tragédia familiar. Agora, com trinta e poucos anos, viciado em heroína, perdido, desesperado, Jamie reencontra o antigo pastor. O elo que os unia se transforma em um pacto que assustaria até o diabo, com sérias consequências para os dois, e Jamie percebe que “reviver” pode adquirir vários significados.

NOTA: Caro leitor, antes mesmo de iniciar a leitura, certamente você perceberá que essa resenha é bem extensa, certo? Quero deixar claro que não foi intencional, mas pura necessidade. Revival é um livro muito interessante e que apresenta essências além da compreensão humana, portanto seria mesmo necessário que eu explicasse as coisas direito, e ainda assim, com todo esse texto, apenas lhe falei o básico. A resenha também está livre de spoilers. Boa leitura!

   Stephen King é o autor de mais de cinquenta livros best-sellers no mundo inteiro. Os mais recentes incluem Revival, Mr. Mercedes, Escuridão total sem estrelas (vencedor dos prêmios Bram Stoker e British Fantasy), Doutor Sono, Joyland, Sob a Redoma (que virou uma série de sucesso na TV) e Novembro de 63 (que entrou no TOP 10 dos melhores livros de 2011 na lista do New York Times Book Review e ganhou o Los Angeles Times Book Prize na categoria Terror/Thriller e o Best Hardcover Novel Award da organização Internacional Thriller Writers). Ele mora em Bangor, no Maine, com a esposa, a escritora Tabitha King

   Parafraseando Machado de Assis, em Revival, Jamie Morton em seu fim evidente "pretende atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência" e tudo aquilo que o levou a incrível invasão do sobrenatural em sua vida. Jamie inicia sua narrativa relatando-nos sobre sua vida aos seis anos e o seu primeiro encontro com quem ele chama de "seu Quinto Personagem": Charles Jacobs, o novo reverendo que chegou a cidade, junto com sua esposa e o filho, para substituir o antigo reverendo e continuar o trajeto de fé na cidade. 
   Charles Jacobs poderia até ser chamado de um "reverendo normal", contudo, além da experiência religiosa, o pastor é fissurado nos segredos da eletricidade e em suas aplicações teóricas e práticas (o porquê disso nos é revelado de uma forma assustadora, ao final do livro) e desde que viu Jamie pela primeira vez, ambos perceberam que o destino poderia querer muito mais do que uma relação religiosa entre os dois. 
   O reverendo Jacobs fica na cidade durante três anos, até um acontecimento terrível que acaba por transtornar sua vida, o que o faz, posteriormente, perder a fé em Deus e na existência de um sentido humano (daí a presença de forte relação com o cosmicismo de H.P. Lovecraft). Em um episódio conhecido como O Sermão Terrível, Jacobs tenta convencer a todos os cristão da pequena igreja de Harlow sobre a não existência da fé, de Deus, de um céu, ou inferno, e sobre a completa insignificância humana. Após esse episódio, Jacobs é banido da cidade e de seu ofício religioso
   Após contar essa etapa de sua vida (desde o aparecimento de Jacobs, ao momento em que ele vai embora da cidade de Harlow), Jamie Morton continua contando-nos sua trajetória de vida, sobre os demônios que carrega, sobre sua vida com as drogas, sua experiência no mundo musical (como integrante de várias bandas de rock) e sobre seu reencontro, décadas depois, com Charles Jacobs. Jamie, em seu relato, diz que se soubesse o que lhe aguardaria, desejaria que a sombra de Jacobs nunca recaísse sobre sua vida, visto que ela nunca mais saiu de onde recaiu e lhe levou a um final inteiramente assustador, motivado pela estúpida curiosidade e fanatismo humano, e que lhe mostrou da pior forma que não está morto o que pode em eterno jazer e que em estranhos éons, mesmo a morte pode morrer.

"A ideia para este livro está na minha cabeça desde que eu era criança. Frankenstein, de Mary Shelley, foi uma grande inspiração para mim. Eu queria criar uma história o mais humana possível, porque a melhor maneira de assustar o leitor é fazê-lo gostar dos personagens." - Stephen King em entrevista para a revista Rolling Stone.
"Ler Revival é ver um grande contador de histórias se divertindo ao máximo. Todos os elementos favoritos de King estão presentes: uma cidade pequena no Maine, o sobrenatural, o mal, o vício e o poder de se transformar uma vida." - The New York Times.
"O final deste livro foi considerado o mais assustador que Stephen King já escreveu - o que é impressionante, já que se trata do autor de Carrie, a estranha." - The Guardian.

   Não é de hoje que sabemos que Stephen King é um dos melhores autores do mundo, considerado o Mestre do Terror, contudo, Revival veio surpreendendo muita gente, principalmente por mostrar uma atmosfera que ao mesmo tempo em que ainda é típica de King, em momentos surge como algo totalmente inovador. Vale ressaltar que o livro é uma inspiração em Frankenstein, de Mary Shelley e tem essência no Cosmicismo ou Terror Cósmico, onde a filosofia declara que não há presença divina reconhecível, tal como um deus, e também exprime a ideia de que os seres humanos são particularmente insignificantes no esquema maior de existência intergaláctica, e que talvez não passem de uma pequena espécie projetando suas próprias idolatrias mentais ao vasto cosmos, estando eternamente susceptível à possibilidade de ser varrida da existência a qualquer momento (saiba mais sobre o assunto aqui).
   Então, dito isso, quero deixar algo inteiramente claro: todos que quiserem ler esse livro (que é muito bom!), e que não conhecerem as obras e o estilo de King, devem antes dar uma pesquisa sobre Frankenstein, sobre o Terror Cósmico e sobre H.P. Lovecraft, que desenvolveu esse tipo de literatura e que é uma grande inspiração não somente para King, mas para vários outros mestres do terror. 
   Quando recebi Revival, pensei que eu não iria gostar da história, principalmente por achar a sinopse não chamativa. Acontece que não é a sinopse que não é chamativa, mas a dificuldade de explicar esse livro que é muito grande. King se surpreendeu muito, principalmente por misturar realismo contemporâneo com terror cósmico, numa narrativa que, sim, lembra muito H.P. Lovecraft. Então, não é uma fantasia, nem um terror propriamente dito, mas uma ficção com um pé no Cosmisismo e outro na realidade
   A narração de King continua a mesma: firme e cheia de surpresas. Esse livro ainda tem uma particularidade intrínseca no que se refere ao narrador, que é o Jamie Morton. Ele narra o livro já na velhice, então vai contando pouco a pouco o que viu e viveu, como se deu tudo, de uma forma bem singular, principalmente no tocante ao tempo da narrativa. Jamie narra de uma forma a não seguir um tempo certo, uma ordem correta e é isso que nos prende ao livro. Ao mesmo tempo que ele está contando uma coisa do passado, ele já está tocando no futuro, retornando ao passado novamente e deixando-nos cada vez mais cientes e presos na narrativa. Esse tipo de construção realmente chama atenção e caiu muito bem na narrativa. 

– Muita gente viveu nessa época, mas não vai demorar a chegar o dia em que todas essas pessoas não vão mais existir... e, quando isso acontecer, ninguém vai se dar muita conta do milagre que é a eletricidade. E que mistério ela é. Nós temos uma ideia de como ela funciona, mas saber como uma coisa funciona é muito diferente de saber o que ela é.
   
   Dentre todas as coisas que chamam atenção em Revival, a que mais sobressaí é a inspiração de King em H.P. Lovecraft e o Cosmisismo, e a questão do reavivamento (um dos motivos do nome do livro) por meio da estimulação elétrica cerebral, como em Frankenstein. Além disso, como na maioria das obras de King, há um discurso pessimista, de caráter crítico, principalmente sobre a religião e a fé. É um livro muito estranho, por assim dizer, algo que supostamente não estamos acostumados a ter contato, mas que é interessante por mostrar pontos que sugerem uma desconstrução do que acreditamos, por meio da ficção, e tratar da inexistência e o que nos espera do outro lado da vida (que pode ser algo totalmente diferente do que esperamos).
   Claro que qualquer obra que aborde a religião, o senso comum, o ser humano em sua totalidade ficcional, pode receber muitas críticas, contudo, não devemos nos esquecer do respeito e nem de que se trata apenas de uma ficção, nada mais. Revival, além da questão do cosmisismo e da eletricidade, trata também dos pensamentos humanos, de nossas amizade, de nossa fé, de nosso sentido e entre outras coisas que certamente você perceberá ao ler. De modo geral, tenho que concordar que esse livro não é indicado para quem desconhece o gênero, o autor, ou seja um iniciante no geral. Contudo, se você primeiro der uma pesquisada no assunto, ler algumas resenhas, e já for fã, por exemplo, de King, certamente vai gostar muito do livro.


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